Durante três dias em agosto, uma falha em uma válvula de uma instalação da Phillips 66 (NYSE:PSX) no Texas resultou na liberação de toneladas de gás natural, um dos principais contribuintes para o aquecimento global, diretamente na atmosfera. Surpreendentemente, esse incidente só foi comunicado às autoridades reguladoras meses depois, quando imagens de satélite identificaram a ocorrência.
A Phillips 66 também é negociada na B3 através do ticker (BOV:P1SX34).
A divulgação da liberação de 9,5 milhões de pés cúbicos de gás natural, que é composto principalmente por metano, ocorreu recentemente, chamando a atenção para uma tendência preocupante: empresas de energia frequentemente não divulgam eventos de poluição, mas pesquisadores externos acabam identificando esses incidentes.
O metano, devido ao seu potencial de aquecimento global, está no centro das discussões na cúpula climática COP28 em Dubai. Os líderes políticos veem a redução do metano como uma das maneiras mais eficazes e econômicas de combater o aumento das temperaturas globais. Nos Estados Unidos, a administração Biden implementou regras que exigirão que as empresas substituam equipamentos defeituosos, enquanto a União Europeia fechou um acordo que obriga as empresas de energia a realizar verificações regulares em sua infraestrutura para evitar vazamentos.
Satélites equipados para detectar emissões desempenharão um papel fundamental em responsabilizar os poluidores por seu impacto climático. O Enviado Presidencial Especial dos EUA para Mudanças Climáticas, John Kerry, enfatizou na COP28 a importância de identificar e expor aqueles que poluem, ressaltando que “você pode fugir, mas não pode se esconder.” O metano tem um potencial de aquecimento mais de 80 vezes maior do que o dióxido de carbono nos primeiros 20 anos em que está presente na atmosfera.
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA anunciou novas regras na COP28 que imporão um escrutínio mais rigoroso sobre as emissões de metano por parte dos operadores de petróleo e gás nos EUA. Essas regras também exigirão que os operadores realizem verificações regulares para evitar vazamentos, estimando-se que elas possam evitar a liberação de cerca de 58 milhões de toneladas de metano entre 2024 e 2038.
A Phillips 66, em resposta ao incidente, afirmou seu compromisso com as regulamentações ambientais e está investigando o ocorrido para evitar recorrências e fornecer relatórios oportunos às agências reguladoras.
A revelação deste vazamento de metano no Texas, detectado graças à tecnologia de satélite, destaca a necessidade urgente de controlar as emissões de metano, que estão contribuindo significativamente para as mudanças climáticas. A indústria de energia enfrenta desafios crescentes para evitar vazamentos e cumprir as regulamentações, enquanto governos em todo o mundo intensificam seus esforços para limitar as emissões de gases de efeito estufa.