A AMC Entertainment Holdings Inc. (NYSE:AMC), conhecida por sua rede de cinemas, enfrenta uma queda acentuada em suas ações, distanciando-se dos picos alcançados em 2021, quando se tornou um ícone dos estoques de memes. As ações da AMC (AMC) registraram novas baixas, continuando uma tendência de declínio que se estende por seis dias consecutivos. Com queda de 2,1% durante as negociações de quarta-feira, as ações estão sendo negociadas em torno de US$ 4,12, aproximando-se de um novo mínimo histórico de US$ 4,01, segundo dados do Dow Jones Market Data desde 18 de dezembro de 2013.

A AMC Entertainment Holdings Inc. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:A2MC34).

Este declínio representa uma redução drástica de mais de 98% em relação ao pico histórico de fechamento de US$ 339,05 em 2 de junho de 2021. Tom Bruni, redator do Daily Rip & Markets newsletter da Stocktwits, disse que o rápido declínio no valor das ações da AMC desde meados de 2021 causou receio entre investidores institucionais e de varejo.

Apesar da conversão de suas unidades de ações preferenciais, conhecidas como APEs, em agosto passado, e da remoção do risco de falência, a AMC ainda luta para revitalizar seu negócio principal, que inclui a venda de ingressos de cinema e concessões. Segundo Bruni, esses esforços ainda não conseguiram gerar lucros consistentes, apesar do sucesso de filmes como “Barbie” e “Oppenheimer”.

A AMC reportou lucro líquido positivo pelo segundo trimestre consecutivo no terceiro trimestre, mas os investidores esperam mais, conforme apontado por Bruni. A empresa vem se esforçando para cortar custos e diversificar as receitas, incluindo seu programa de associação AMC Stubs e uma parceria exclusiva para pipoca caseira com o Walmart. No entanto, essas iniciativas ainda não foram suficientes para garantir rentabilidade constante.

A atual sequência de perdas da AMC é a mais longa desde 29 de agosto de 2023. A situação contrasta com a da rival Cinemark Holdings Inc. (CNK), que viu suas ações subirem 1,5% na quarta-feira.

Alicia Reese, analista da Wedbush, destacou os desafios atuais da indústria cinematográfica, incluindo uma escassez de conteúdo devido a atrasos na produção e uma redução no número de títulos em 2024. Ela observa que a AMC está particularmente vulnerável devido à sua alta carga de dívida e ao vencimento significativo de dívidas em 2026. A empresa pode continuar a diluir suas ações, mesmo a preços baixos, para gerenciar sua dívida e manter liquidez.

Embora o ambiente teatral deva melhorar a partir do quarto trimestre, e 2025 seja projetado como um ano forte para a indústria, a AMC ainda enfrenta um caminho desafiador. Três anos atrás, a empresa se beneficiou de um aumento impulsivo de suas ações, mas agora trabalha para administrar sua dívida, que ultrapassou US$ 5 bilhões em 2022.