O Itaú BBA reduziu a recomendação para as ações da B3 (BOV:B3SA3) de outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para marketperform (desempenho de mercado, equivalente à neutro), com redução de preço-alvo de R$ 17 para R$ 16, ou potencial de valorização de 19% frente o fechamento da véspera.
A visão positiva anteriormente mantida pelo banco se baseava em esperanças de melhores volumes e disciplina de custos rigorosa. No entanto, as condições consideradas ainda difíceis para hedge funds locais e para ações combinadas com a volatilidade nos fluxos internacionais sugerem adiamento da recuperação de volume. A divisão de análise do banco considerou, então, que o momento leva ao rebaixamento dos papéis da companhia.
O BBA reduziu também estimativas de lucros para 2024 em 3% para R$ 4,9 bilhões, enquanto o volume médio de negociações diárias (ADTV, na sigla em inglês, métrica utilizada para acompanhamento de companhias do setor) foi para R$ 27 bilhões.
Para o quarto trimestre de 2023, o lucro foi ajustado para baixo em cerca de 10% na comparação trimestral, para R$ 965 milhões, uma vez que há expectativa de que as receitas mais fracas do trimestre coincidam justamente com custos acumulados no orçamento anual.
Negociada a múltiplos de 15,6 vezes o preço sobre lucro (P/E, na sigla em inglês), a companhia não é considerada “uma pechincha” na análise.
A preferência do banco para o setor segue sendo BTG Pactual (BOV:BPAC11), combina potencial de aumento nos múltiplos com expectativas de mais crescimento e menos dependência do mercado de ações em 2024.