O dólar à vista fechou perto da máxima do dia perante o real nesta terça-feira, acompanhando a recuperação da moeda americana frente aos pares no exterior. O mercado se mostrou mais cauteloso hoje, reduzindo posições em ativos de risco e corrigindo o câmbio e os juros dos Treasuries, diante da perspectiva de que o Fed não iniciará a redução dos juros já neste trimestre, como se acreditava.

A diretora do Fed Michelle Bowman disse no fim da tarde de ontem que a política monetária do Fed já está restritiva o suficiente para levar a inflação de volta à meta de 2%. Porém, ela disse que está disposta a apoiar uma nova elevação dos juros caso a queda da inflação perca força. Por essa razão, o mercado aguarda com expectativa os novos dados do CPI americano, nesta quinta-feira.

Por aqui, o impasse em torno da MP da reoneração da folha também justificou maior cautela nos negócios. Após reunião com líderes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que vai conversar primeiro com o ministro Fernando Haddad, antes de decidir se devolve ou não a MP. Ele comentou que uma possibilidade é “trocar” a MP por um projeto de lei, o que daria maior autonomia ao Congresso para regulamentar o tema.

O dólar à vista fechou em alta de 0,74%, a R$ 4,9061, após oscilar entre R$ 4,8769 e R$ 4,9091. Às 17h01, o dólar futuro para fevereiro subia 0,69%, a R$ 4,9180. Lá fora, o índice DXY ganhava 0,39%, aos 102,608 pontos. O euro recuava 0,21%, para US$ 1,0927. E a libra perdia 0,35%, a US$ 1,2702.

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(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)