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Meta Platforms reforça restrições de conteúdo para adolescentes no Instagram e Facebook

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Na terça-feira (9), a Meta Platforms (NASDAQ:META) anunciou que tomará medidas adicionais para ocultar conteúdo potencialmente prejudicial para adolescentes no Instagram e no Facebook, em resposta à crescente pressão de reguladores globais preocupados com a segurança das crianças em suas plataformas.

A Meta Platforms também é negociada na B3 através da BDR (BOV:M1TA34).

A empresa planeja implementar configurações de controle de conteúdo mais rígidas para todos os adolescentes nos aplicativos e limitar os termos de pesquisa no Instagram. Essas mudanças visam dificultar a busca por conteúdo sensível, como automutilação, transtornos alimentares e suicídio, quando os adolescentes usam recursos como a função de pesquisa e a seção “Explorar” no Instagram.

A Meta enfatiza que essas medidas serão implementadas nas próximas semanas para proporcionar uma experiência online mais adequada à faixa etária dos usuários adolescentes.

A empresa tem enfrentado pressões significativas nos Estados Unidos e na Europa devido às alegações de que suas plataformas são viciantes e têm contribuído para uma crise de saúde mental entre os jovens. Procuradores-gerais de 33 estados dos EUA, incluindo Califórnia e Nova York, entraram com um processo contra a empresa em outubro, alegando que ela enganou repetidamente o público sobre os riscos de suas plataformas.

Na Europa, a Comissão Europeia também está investigando as medidas de proteção de crianças da Meta contra conteúdo ilegal e prejudicial.

O escrutínio regulatório aumentou após o depoimento no Senado dos EUA de um ex-funcionário da Meta, Arturo Bejar, que alegou que a empresa estava ciente do assédio e dos danos enfrentados por adolescentes em suas plataformas, mas não tomou medidas adequadas. Bejar pediu mudanças no design do Facebook e do Instagram para promover comportamentos mais positivos e melhores ferramentas para que os jovens gerenciem experiências desagradáveis.

No entanto, Bejar afirmou que as mudanças anunciadas pela Meta não abordam completamente suas preocupações e que a empresa ainda está avaliando seu próprio papel na definição de danos. Ele também observou a falta de um mecanismo fácil para que adolescentes denunciem avanços indesejados.

As crianças têm sido historicamente um público-alvo atraente para anunciantes no Facebook e Instagram, buscando conquistá-las como consumidores em uma fase de vida em que são mais influenciáveis e propensos a construir lealdade à marca. A Meta enfrenta uma forte concorrência do TikTok por usuários jovens, à medida que o uso do Facebook entre os adolescentes continua diminuindo, como indicado por uma pesquisa do Pew Research Center de 2023, que revelou que 63% dos adolescentes norte-americanos usam o TikTok e 59% usam o Instagram, enquanto apenas 33% ainda usam o Facebook.

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