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Santander (SANB11): lucro líquido recorrente de R$ 2,204 bilhões no 4T23, alta de 30,5%; ações caem

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O Santander Brasil registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,204 bilhões no quarto trimestre de 2023, abaixo do consenso LSEG, que prévia lucro de R$ 2,87 bilhões. Em um ano, o resultado do banco teve alta 30,5%, mas em relação ao segundo trimestre deste ano, teve queda de 19,2%.

No comparativo anual, a recuperação judicial da Americanas, iniciada em janeiro do ano passado, explica o salto no resultado do banco. O Santander provisionou cerca de 30% da exposição que tinha à rede no balanço do quarto trimestre de 2022, o que pressionou os resultados daquele período.

A margem financeira bruta do banco, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, foi de R$ 14,055 bilhões, alta de 12,3% em um ano.

A margem com clientes foi de R$ 14,318 bilhões, com alta de 0,5% na comparação trimestral e de 3,9% na relação anual. Dentro dessa linha, a margem com produtos subiu 1,5% no trimestre, a R$ 13,747 bilhões. O volume médio ficou em R$ 561,895 milhões, com alta trimestral de 1,1%, e o spread subiu 0,04 ponto porcentual, para 9,71%.

Por outro lado, o Santander voltou a ter margem negativa nas operações com mercado, de R$ 263 milhões. A perda foi 80% menor que a observada um ano antes, diante da queda da taxa Selic e da reprecificação da carteira do banco.

O Santander encerrou o ano com uma carteira de crédito ampliada de R$ 643 bilhões, um avanço de 2,8% no trimestre e de 9% em relação ao fim de 2022.

A carteira de pessoas físicas, que é a mais relevante para o Santander, cresceu 3,1% no trimestre e 6,0% em 12 meses, para R$ 239,880 bilhões no fim de dezembro.

O financiamento para o consumo registrou um aumento de 5,5% em comparação com setembro e de 2,6% em relação a dezembro do ano passado, atingindo um total de R$ 69,725 bilhões.

No final de dezembro, a carteira de grandes empresas estava avaliada em R$ 138,757 bilhões, indicando uma leve redução de 0,1% em relação a setembro, mas apresentando um crescimento de 4,5% em comparação com dezembro do ano anterior.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado ficou em 12,3% no quarto trimestre, de 13,1% no terceiro e 8,3% no quarto trimestre do ano passado. O índice de Basileia ficou em 14,5%, de 14,3% e 13,9%, na mesma base de comparação.

O Santander divulgou que suas despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) atingiram R$ 6,837 bilhões no quarto trimestre, representando um aumento de 21,7% em relação ao terceiro trimestre, mas uma redução de 7,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Excluindo um caso específico no segmento atacado, não revelado pelo banco, as provisões do Santander teriam totalizado R$ 6,105 bilhões. Esse resultado líquido resulta de despesas no valor de R$ 6,924 bilhões e um ganho de R$ 820 milhões proveniente da recuperação de créditos anteriormente registrados como prejuízo.

No ano de 2023, o montante total de PDD foi de R$ 25,200 bilhões, apresentando um aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.

As receitas do banco com serviços aumentaram 7,9% em 12 meses, para R$ 5,480 bilhões.

O presidente do Santander Brasil, Mario Leão, afirma no release de resultados que o banco está pronto para continuar crescendo no País. “Estamos construindo um portfólio sólido, duradouro e com capacidade de gerar resultados sustentáveis”, diz ele.

Ainda de acordo com o executivo, a inadimplência de curto prazo chegou ao melhor patamar desde o primeiro trimestre de 2022, o que reforça a trajetória positiva no crédito.

O vice-presidente de Finanças, Gustavo Alejo, diz que o banco encerrou 2023 com boas perspectivas para 2024, e com um balanço sólido e diversificado. “Seguimos construindo um balanço de melhor qualidade, expandindo nossos negócios e vinculando nossa base, com o objetivo de sermos o banco mais utilizado pelos clientes nas suas decisões financeiras.”

O índice de cobertura do Santander diminuiu para 222% no quarto trimestre, em comparação com os 230% registrados no terceiro trimestre e também no quarto trimestre de 2022.

O índice de inadimplência acima de 90 dias na carteira do banco subiu 0,1 ponto percentual no trimestre e atingiu 3,1%, mesmo patamar de dezembro de 2022. O índice de Basileia ficou em 14,5%, de 14,3% e 13,9%, na mesma base de comparação.

O banco fechou 2023 com R$ 1,153 trilhão em ativos, alta de 10% em um ano. Em um trimestre, a variação foi negativa em 0,8%. O patrimônio líquido, por sua vez, aumentou 4,9% em um ano, para R$ 86,084 bilhões.

Os resultados da Santander  (BOV:SANB3) (BOV:SANB4) (BOV:SANB11) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 30/01/2024.

Teleconferência

O Santander Brasil está trabalhando para alcançar mais de 2 milhões de clientes de alta renda nos próximos anos após cumprir objetivo de atingir mais de 1 milhão em 2023, disse o presidente-executivo, Mario Leão, em apresentação a analistas nesta quarta-feira.

“Cerca de 27% da carteira de pessoa física já são Select… A base de clientes cresce mais de 50% ano contra ano”, disse Leão, se referindo à marca do Santander Brasil de serviços para clientes de renda elevada.

O banco teve um lucro líquido recorrente de R$ 2,204 bilhões nos últimos três meses do ano passado, 23% abaixo da projeção do consenso LSEG de R$ 2,87 bilhões

Na outra ponta, de “varejo massificado”, o executivo comentou que o Santander Brasil seguirá com estratégia de simplificação de sua oferta de produtos para conseguir focar em engajamento dos clientes.

“É um segmento que tem gerado resultado negativo para o Santander (Brasil)… A gente não quer ter banco em que um segmento financia outro. A oportunidade de rentabilizar o segmento massivo é enorme”, disse o executivo, acrescentando que o banco reduziu em 31% seu portfólio de produtos no segmento.

VISÃO DO MERCADO

O Santander Brasil deu o pontapé inicial na temporada de resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23) não trazendo notícias tão positivas para os investidores e dando sinais, segundo analistas, de que o ponto de virada (ou turnaround) do “bancão” deve demorar a acontecer, o que reforça a cautela de muitos deles sobre o papel. Às 10h33 (horário de Brasília), as units SANB11 caíam 2,64%, a R$ 28,43.

Bradesco BBI

Para o Bradesco BBI, os resultados foram mistos, com destaque para uma aceleração no crescimento do crédito e melhores tendências em seus resultados de tesouraria, mas com deterioração na formação da inadimplência, que se deveu à sua carteira renegociada, enquanto as despesas de provisão foram impactadas por um caso específico e outras empresas atacadistas.

“As despesas operacionais sofreram pressão devido ao acordo coletivo e ao processamento de dados relativos a projetos estratégicos e publicidade”, avalia o BBI, que tem recomendação underperform (desempenho abaixo da média, equivalente à venda), com preço-alvo de R$ 32 (upside de 10%).

Leonardo Piovesan, analista da Quantzed, ressalta que o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) está em 12,3%, ainda longe do patamar pré-pandemia em que o banco chegou a entregar um ROE de 20%, o que reforça o longo caminho que o Santander ainda tem para elevação da rentabilidade.

Citi

O Citi, por sua vez, destaca que o lucro antes de impostos (EBT) ficou ainda mais abaixo de suas projeções, em 46%, ao totalizar R$ 1,9 bilhão no período. O crescimento da carteira do crédito reacelerou (+9% na base anual versus +8% no 3T23), mas a margem de juros líquida (NIM) ficou estável em 9,6%. As tendências subjacentes à qualidade dos ativos deterioraram-se, avalia o banco, com a formação de inadimplência aumentando de 4,3% no 3T23 para 5,5% (os empréstimos renegociados diminuíram de 6,8% do total para 6,3% em termos trimestrais).

O índice de cobertura de inadimplência – que representa a proporção que a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir os créditos inadimplentes – teve deterioração de 230% para 221%, apesar do aumento de 22% em termos trimestrais nas provisões.

“Embora o Santander tenha feito esforços para ajustar o seu perfil de risco e tenha demonstrado um maior apetite ao risco, parece que as tendências subjacentes da qualidade dos ativos poderão levar mais tempo do que o esperado para melhorar, com discretas NIM e melhorias de eficiência que poderão limitar uma reclassificação por enquanto”, avalia o Citi, que tem recomendação neutra para SANB11, com preço-alvo de R$ 27, ou queda de 7,5% frente o fechamento da véspera.

Em 2023, o lucro do Santander no País caiu 27,3%, para R$ 9,383 bilhões. Além do caso Americanas, o banco manteve um viés conservador na concessão de crédito, o que reduziu o ímpeto das margens. Ao mesmo tempo, os patamares de provisões contra a inadimplência continuaram altos, para fazer frente aos atrasos de operações concedidas até o final de 2021.

Goldman Sachs

Após os resultados, o Goldman Sachs reiterou a recomendação de venda para as units, com preço-alvo de R$ 27 (assim como o Citi), enquanto o JPMorgan tem recomendação neutra para os papéis. De acordo com compilação LSEG, de 13 casas que cobrem o papel, 11 possuem recomendação neutra e 2 têm recomendação de venda, com target de R$ 28,66, ou baixa de 1,85% frente o fechamento da véspera.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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