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Copel (CPLE6): lucro líquido de R$ 942,8 milhões no 4T23, alta de 51,2%

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A Copel reportou lucro líquido de R$ 942,8 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 51,2% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022 e acima dos R$ 539,6 milhões previstos pelo cosenso LSEG.

A empresa disse que “constribuiu para o crescimento do resultado a reversão de impairment na UEGA no montante de R$ 258,6 milhões”.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 1,482 bilhão no 4T23, um crescimento de 10,1% em relação ao 4T22.

A receita líquida somou R$ 5,567 bilhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 5,8% na comparação com igual etapa de 2022.

De acordo com a Copel, o resultado é reflexo, principalmente, do acréscimo de R$ 429,4 milhões na receita de fornecimento de energia elétrica, em função, essencialmente, do crescimento de 9,0% no mercado cativo faturado e do reajuste tarifário aplicado na componente de Tarifa de Energia (TE) da distribuidora em junho de 2023, com efeito médio de 17,4%.

Os custos e despesas operacionais das operações continuadas totalizaram R$ 4,445 bilhões, redução de 6,7% em comparação aos R$ 4,765 milhões registrados em 4T22.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 305,7 milhões no quarto trimestre de 2023, uma elevação de 9,3% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida ajustada da Copel era de R$ 8,922 bilhões.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,9 vez em dezembro/23, queda de 0,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Copel (BOV:CPLE3) (BOV:CPLE6) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 29/02/2024.

Teleconferência

Em teleconferência nesta sexta após os resultados, Daniel Slaviero, CEO da companhia elétrica, disse que a Copel não venderá sua participação na distribuidora de gás se o processo junto a interessados não chegar a um valor considerado “adequado”.

O executivo ressaltou que a companhia não fará o desinvestimento a qualquer preço, por considerar que se trata de um ativo “super premium”. “Nossa prioridade não é o prazo, mas sim a maximização do valor desse ativo. Até porque, se não chegarmos a um valor que consideramos adequado pela empresa, nós simplesmente não iremos vender a Compagás.”

Slaviero disse que a companhia está “dando espaço” para que o mercado possa apresentar mais propostas vinculantes pelo ativo e que deverá tomar uma decisão sobre venda ou não até o fim de junho.

“Agora ela (Compagás) está com campo fértil para poder crescer e gerar valor. O que nos leva a discutir a questão da (alienação da) Compagás é sempre a agenda estratégica, de descarbonização, de que podemos ganhar muito mais escala em geração renovável e eventualmente distribuição, expandindo para fronteiras além do Paraná”, afirmou o CEO.

A Copel detém 51% do capital social da Compagás, com o restante das ações distribuídas entre Commit Gás (24,5%) e Mitsui Gás e Energia do Brasil (24,5%).

Ao comentar sobre aquisições, Slaviero disse que a empresa não está participando do processo de aquisição de ativos da AES Brasil, uma vez que está focada agora em outras frentes de trabalho após sua privatização. Ele notou, porém, que a companhia voltará a avaliar aquisições com mais afinco a partir de 2025 e que buscará ativos renováveis, não descartando hidrelétricas.

VISÃO DO MERCADO

Bradesco BBI

O Bradesco BBI ressalta que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado (excluídos efeitos pontuais) foi de R$ 1,359 bilhão (aumento anual de 6%), em linha com o estimado pelo BBI de R$ 1,369 bilhão e 2% menor do que o consenso. Já o Ebitda ajustado de distribuição de R$ 579 milhões foi cerca de R$ 30 milhões acima do esperado pelo BBI, impulsionado pelo maior volume de vendas, enquanto PMSO + provisões foram cerca de R$ 520 milhões, em linha com o que esperava.

Quanto ao segmento de geração e transmissão, o Ebitda ajustado foi de R$ 670 milhões, 10% maior do o número projetado pelo BBI. A melhora, no entanto, foi compensada por resultados fracos dos parques eólicos (curtailment, ou seja, a redução na produção geralmente involuntária, teve um impacto negativo de aproximadamente R$ 30 milhões no trimestre).

O lucro líquido de R$ 943 milhões (versus estimativa do BBI de R$ 700 milhões) foi impactado positivamente pela reversão na usina termelétrica a gás UEGA em cerca de R$ 260 milhões.

Outros destaques principais incluem: (i) a relação dívida líquida/Ebitda da Copel que caiu de 2,3 vezes para 1,9 vez no 3T23 (em linha com o esperado pelo BBI), (ii) anúncio de dividendos adicionais de R$ 131 milhões (aproximadamente 0,5% de dividend yield, ou dividendo sobre o preço da ação), totalizando 50% de payout (dividendo sobre o lucro) para 2023; (iii) a aplicação de capex de R$ 614 milhões veio 5% maior do o esperado pelo BBI principalmente em investimentos em distribuição.

“Para os investidores mais ansiosos, notamos que as iniciativas de redução de custos da Copel ainda tiveram pouco impacto nos resultados do 4T23. Por exemplo, a redução do quadro de funcionários em 2023 foi de apenas 70 empregados, mas outros cerca de 1.400 empregados (25% do quadro de funcionários) já aderiram ao programa de demissão voluntária e deixarão a empresa até agosto de 2024. O custo da demissão foi por volta de R$ 600 milhões e já foi provisionado no 3T23. Com a saída dos funcionários, esperamos uma melhora gradual no opex”, avalia o banco, que aponta que “o melhor está por vir”.

A Copel destacou que ainda está buscando alienar sua participação de 51% na Compagas. Segundo o BBI, o processo não deve demorar muito e um resultado positivo é provável. “Em nosso valuation de soma das partes (SOTP), avaliamos a Compagas em cerca de R$ 800 milhões (2,5% do SOTP ou R$ 0,30/ação), mas acreditamos que há possibilidade de um ajuste para cima em nosso número”, aponta.

Após os resultados, o BBI reforçou recomendação de compra para CPLE6, com um preço-alvo de R$ 12,50 por ação para o fim do ano.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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