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Fed mantém juro, retira alusão a possível aperto adicional, mas ainda não sinaliza corte

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O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) manteve os juros inalterados no intervalo entre 5,25% e 5,50% nesta quarta-feira, em linha com o consenso dos investidores, ainda sem dar indícios de quando começará um esperado ciclo de cortes nas taxas, mas retirando de seu texto trecho que há algum tempo vinha fazendo alusão a possíveis novas altas de juros na economia americana.

Embora cerca de metade do mercado aposte em chances de leve queda de 25 pontos-base nos juros já na próxima reunião, em março, o FOMC não deu sinais nesse sentido no comunicado divulgado junto à decisão. O colegiado também apontou acreditar que “não espera ser apropriado” reduzir a taxa-alvo até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação esteja avançando de forma sustentável em direção à meta perseguida, de 2,0%.

O comunicado anterior, de 13 de dezembro, estabelecia condições nas quais o FOMC consideraria “a extensão de qualquer aperto adicional” da política monetária – menção que acabou excluída na reunião desta quarta.

O colegiado também pontuou, no documento, que a inflação registrou alívio ao longo do ano passado, embora permaneça “elevada”. De acordo com o comunicado, as autoridades do FOMC seguem “altamente atentas” aos riscos inflacionários. Na leitura do comitê, a geração de postos de trabalho tem moderado desde o início de 2023, embora permaneça forte.

Também de acordo com o colegiado, os riscos para alcançar os objetivos de política monetária da autarquia – de emprego e inflação – “estão evoluindo para um melhor equilíbrio”. “Ao considerar quaisquer ajustes à taxa-alvo para as Fed Funds, o comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio dos riscos.”

Foi a quarta vez consecutiva que o Fed manteve os juros inalterados e a quinta desde o início deste ciclo de aperto monetário, em março de 2022. É também o mais longo ciclo de aperto desde 1980, quando o Fed fabricou uma recessão para controlar a inflação nos EUA. A taxa de juros encontra-se no maior nível desde 2001.

A decisão de hoje do FOMC foi “unânime”.

Powell, do Fed, minimiza perspectivas de corte de juro em março; mercados desabam

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, minimizou fortemente nesta tarde chances de um corte de juros na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) de março, em fala que contrasta com a visão de muitos investidores acerca de um alívio monetário já no primeiro trimestre. Os mercados acionários dos Estados Unidos testaram mínimas intradiárias após as declarações do chair do Fed, e no Brasil o Ibovespa reduziu ganhos.

Em coletiva de imprensa após a mais recente decisão de juros do FOMC, o presidente do Fed apontou que, baseado na reunião desta tarde, o comitê provavelmente deverá manter a taxa-alvo Fed Funds inalterada em sua próxima reunião. Segundo ele, um corte de juro em março não é hoje o “cenário base” do colegiado.

De acordo com Powell, o FOMC não deverá ter “confiança suficiente” para lançar mão de um corte de juros da taxa-alvo Fed Funds até a próxima reunião. Ele reiterou, em diversos momentos da coletiva, que antes é necessário “ganhar mais confiança” no processo de desinflação reportado pela atividade econômica.

Segundo ele, os recentes dados de inflação reportados são “bem-vindos”. No entanto, é necessário “mais confiança”. Em sua leitura, o banco central observou até o momento seis meses de bons dados de desinflação, e segue confiante de que as pressões de preços caminham para a meta perseguida pelo banco central, de 2,0%.

Powell também notou – em linha com o comunicado – que a inflação reduziu-se de forma notável ao longo de 2023, embora siga acima da meta. Ele descartou projetar quantos meses seriam necessários com bons dados de inflação até que houvesse conforto em cortar juros.

No entanto, o presidente do Fed reconheceu que “certamente será apropriado” reduzir o juro em algum momento neste ano. Ele alertou, porém, que o FOMC está preparado para manter o juro atual por mais tempo, se necessário.

Powell reconheceu, em seu discurso, os riscos que enfrenta: de um lado, reduzir a restrição monetária muito cedo poderia reverter o progresso de desinflação observado até o momento. De outro, reduzir o juro tardiamente poderia enfraquecer, indevidamente, a atividade econômica.

Questionado sobre se o Fed já alcançou um “pouso suave” para a economia americana, Powell disse que ainda não, e que as autoridades do Fed ainda têm longo caminho a percorrer. Ele também disse na coletiva que os dirigentes apresentaram, na reunião deste mês, discussões sobre eventual fim do processo de redução do balanço patrimonial.

De acordo com ele, o processo de redução do balanço patrimonial “tem ido muito bem”, e o banco central caminha para um momento no qual o foco começa a se voltar para o fim da medida. Embora as discussões ainda estejam em “início de processo”, Powell crê que as autoridades expandirão as conversas na reunião de março.

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