Quem será o novo presidente da Vale?

Em um jogo de alternância de expectativas, o atual CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, voltou a ser cotado para ser reconduzido ao cargo, o que daria fim a um turbulento processo de sucessão no comando da empresa. Outrora dado como carta fora do baralho, o CEO em fim de mandato conseguiu obter apoio da Cosan e da Mitsui, dois dos principais acionistas com direito à voto na mineradora. Luis Henrique Guimarães, conselheiro que se absteve na última reunião, pode dar o voto de minerva a favor de Bartolomeo e que colocaria panos quentes no impasse.

Henrique Guimarães, representante da Cosan no conselho e que já foi cotado para suceder Bartolomeo, estaria inclinado a apoiar a recondução do atual CEO da mineradora agora — ele faz parte do conselho há quase um ano. Coincidentemente, a mudança na postura acontece em meio à avaliação da Vale para embarcar no projeto do porto de São Luís, no Maranhão, hoje de propriedade da Cosan. O assunto foi discutido em reunião do comitê de projetos da mineradora na última quarta-feira (21) e a decisão caminha para um desfecho favorável para a Cosan, que busca uma sociedade para tirar o projeto do papel.

A construção do Porto de São Luís demandará investimentos da ordem de US$ 650 milhões numa primeira fase. Com 200 hectares de área licenciada, o terminal ficará a seis km da Estrada de Ferro Carajás (EFC), com potencial de movimentação de até 115 milhões de toneladas ao ano.

O conselho de administração da Vale (BOV:VALE3) volta a se reunir nesta quinta-feira (22), onde o assunto da sucessão pode ser tema, mas não será colocado na pauta do colegiado, que cuidará da aprovação do balanço financeiro de 2023 a ser publicado no início da noite.

Informações Infomoney