O Departamento de Justiça dos Estados Unidos deu início a uma investigação criminal relacionada a um incidente aéreo envolvendo uma aeronave da Alaska Air (NYSE:ALK), onde um buraco do tamanho de uma porta se formou na fuselagem durante um voo, segundo informações divulgadas pelo Wall Street Journal. A notícia, que se baseou em documentos consultados e fontes próximas ao caso, repercutiu negativamente no mercado financeiro, levando a uma queda nas ações da Boeing (NYSE:BA) de 3,2% na segunda-feira (11), cotadas a US$ 192,16 cada, além de impactar os índices S&P 500 e Dow Jones, que registraram quedas de 0,25% e 0,27% respectivamente.
A Alaska Air e a Boeing também são negociadas na B3 através das BDRs (BOV:A1LK34) e (BOV:BOEI34), respectivamente.
O episódio ocorreu no dia 5 de janeiro, quando um voo foi forçado a realizar um pouso emergencial após a explosão de um plugue da porta em um Boeing 737 MAX 9, minutos após decolar. Apesar de não ter resultado em feridos, o incidente intensificou as preocupações quanto à segurança das aeronaves da Boeing. Inspeções adicionais revelaram a ausência de parafusos em outros aviões da fabricante.
Este novo inquérito surge em um contexto delicado para a Boeing, que em 2021 concordou em pagar uma multa de US$ 2,5 bilhões por crimes relacionados a dois acidentes fatais com o 737 MAX, ocorridos em um intervalo de cinco meses e que levaram à suspensão global do modelo de março de 2019 a novembro de 2020. Estes acidentes não estavam relacionados a falhas estruturais, mas a um software de controle de voo defeituoso.
A multa imposta à Boeing pelo Departamento de Justiça enfatizou a importância da transparência junto aos órgãos reguladores. Uma recente auditoria de seis semanas realizada pela Administração Federal de Aviação revelou diversas falhas no cumprimento dos padrões de controle de qualidade de fabricação por parte de empresas.