O dólar fechou em alta frente ao real nesta quinta-feira acompanhando o movimento de valorização da moeda americana no exterior, após os números de inflação no atacado nos EUA acima do esperado colocarem alguma incerteza no ar sobre os próximos passos do Fed. Investidores prefeririam reduzir posições de risco na bolsa e buscar proteção no dólar e nos juros futuros, diante do cenário inflacionário instável nos EUA, o que pode levar o Fed a ser mais cauteloso em seu ciclo de afrouxamento monetário.

As apostas de que os cortes começarão em junho praticamente não mudaram, mas o mercado ficará de olho no gráfico de pontos da reunião da próxima semana, que pode apontar menos cortes de juros neste ano do que o mercado imagina por causa da resiliência da inflação (veja reportagem às 15h24).

Por aqui, crescimento das vendas ao varejo em janeiro bem além das estimativas também trouxe dúvidas sobre o ritmo de cortes de juros pelo Copom, que pode encerrar o ciclo mais cedo diante da economia ainda aquecida para evitar um repique da inflação. Se confirmada a atitude mais cautelosa do BC brasileiro, o “carry trade” permaneceria atraente por mais tempo, favorecendo o fluxo de capital estrangeiro.

Hoje, o BC revelou que o fluxo cambial total ficou positivo em US$ 2,747 bilhões na semana passada (4 a 8 de março), com destaque para a conta comercial (US$ 2,007 bilhões), mas com entrada também pela conta financeira (US$ 740 milhões), o que não acontecia há algumas semanas.

O dólar à vista fechou em alta de 0,22%, a R$ 4,9870, após oscilar entre R$ 4,9538 e R$ 4,9940. Às 17h02, o dólar futuro para abril avançava 0,35%, para R$ 4,9920.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,51%, para 103,303 pontos. O euro caía 0,55%, para US$ 1,0889. E a libra perdia 0,35%, a US$ 1,2754.

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🇧🇷 – US$ 1 = R$ 4,98

🇪🇺 – US$ 1 = €$ 0,91

🇬🇧 – US$ 1 = £$ 0,78

(Com informações da Reuters, BDM Online e Uol)