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Pague Menos (PGMN3): lucro líquido de R$ 126,1 milhões no 4T23, ações caem

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A rede de farmácias Pague Menos reportou lucro líquido de R$ 126,1 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 23,7% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2022. Já o lucro líquido ajustado consolidado foi de R$ 62,8 milhões, alta anual de 16,9%.

Segundo a companhia, o bom desempenho foi reflexo do crescimento de Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização), melhoria sequencial no resultado financeiro e ramp-up resultado da Extrafarma, que atingiu, pela primeira vez desde o início da integração, o breakeven (equilíbrio entre receitas e despesas) de resultado líquido, totalizando R$ 7,9 milhões no trimestre.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 241,7 milhões no 4T23, um crescimento de 4% em relação ao 4T22.

A margem Ebitda ajustada atingiu 7,9% entre outubro e dezembro do ano passado, baixa de 0,3 p.p. (ponto percentual) frente a margem registrada em 4T22.

A receita bruta somou R$ 3,062 bilhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 7,7% na comparação com igual etapa de 2022, combinando bom desempenho de vendas em ambas as bandeiras, parcialmente compensado pelo efeito negativo de lojas fechadas ao longo do ano, relacionadas principalmente ao processo de integração com a Extrafarma.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 893,4 milhões no quarto trimestre de 2023, um aumento de 4,5% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 29,2% no 4T23, baixa de 0,9 p.p. frente a margem do 4T22.

As despesas com vendas somaram R$ 691,6 milhões no 4T23, representando 22,6% da receita bruta do período, incremento de 0,1 ponto percentual sobre o quarto trimestre de 2022.

No trimestre, foram realizadas 20 inaugurações e 34 fechamentos. Com isso, a companhia encerrou o período com 1.632 lojas.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 1,192 bilhão, um crescimento de 2,1% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,4 vezes em dezembro de 2023, queda de 0,2 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Pague Menos (BOV:PGMN3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 05/03/2024.

VISÃO DO MERCADO

Desaceleração de receita, pressão nos níveis de rentabilidade e alavancagem ainda considerada alta: esses três pontos marcaram os resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23) divulgados pela Pague Menos (PGMN3) na noite de segunda-feira (4). Como esperado por analistas, o balanço impactou as ações, que, nesta terça-feira, caiam 10,23%, às 13h45 (horário de Brasília), cotadas a R$ 2,72.

Bradesco BBI

O Bradesco BBI tem a mesma visão e ressalta a forte pressão nas margens ainda observada no balanço divulgado. No lucro líquido, a companhia reportou números 8% inferiores ao consenso e o crescimento da receita desacelerou para 7,7% ao ano. A queda foi causada pela queda de desempenho de Pague Menos, ainda que a melhoria em Extrafarma pudesse ter ajudado. O BBI ainda considera o nome como neutro, com preço alvo estabelecido em R$ 3,40, e sustenta que o nome oferece limitado potencial de valorização, em especial considerando os riscos dos resultados mais fracos apresentados, além de alta alavancagem e maiores riscos de tributação dos benefícios fiscais do ICMS.

JPMorgan

De acordo com o JPMorgan, os resultados operacionais vieram mais fracos que o esperado, em especial considerando a diminuição de 3% (na comparação anual) no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado. Com a queda, o Ebitda ficou 9% abaixo das expectativas (14% abaixo das projeções do JPMorgan). Outro ponto destacado como negativo pelo banco americano em sua análise foi o crescimento de 4,1% nas vendas “na mesma loja” na bandeira Pague Menos, considerando robustos investimentos realizados para sustento do canal digital. Pelo lado positivo, a Extrafarma acelerou o crescimento de vendas em 6,7%.

Ainda assim, as preocupações recaem sobre a – considerada ainda elevada – alavancagem ajustada, que segue alta em 3,9 vezes a relação entre dívida líquida sobre Ebitda, graças ainda à aquisição da Extrafarma e altas despesas financeiras. O JPMorgan destaca que a companhia negocia a 20 vezes o preço sobre lucro (P/L) para fim de 2024 e classifica o nome como neutro.

XP

A XP destacou que os resultados foram considerados fracos, em especial considerando a desaceleração da receita e os níveis de rentabilidade pressionados.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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