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Petrobras nega que KPMG tenha pedido afastamento de diretores para realizar apurações sobre o contrato com a Unigel

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Em comunicado divulgado na última sexta-feira (1), a Petrobras negou que a auditoria KPMG tenha pedido o afastamento de diretores para realizar apurações sobre o contrato com a Unigel, e que a divulgação do balanço da companhia, prevista para a próxima quinta (7), está mantida.

Mais cedo, no mesmo dia, o mercado repercutia a notícia do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, que dizia que a auditoria havia recomendado o afastamento dos diretores William França e Sergio Caetano Leite dos processos de certificação dos balanços, além da apreensão de seus celulares após investigação de irregularidades no contrato entre a Petrobras e a Unigel.

De acordo com Jardim, o processo é um desdobramento do pedido de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou indícios de irregularidade e prejuízo potencial de R$ 487,1 milhões à Petrobras no contrato de industrialização sob encomenda (“tolling”) de fertilizantes firmado pela estatal em dezembro com a Unigel.

Ainda de acordo com o colunista, além da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) ter aberto uma auditoria interna sobre o caso, o presidente do comitê de auditoria estatutário da Petrobras, Francisco Petros, representante dos minoritários no conselho, contratou a empresa de auditoria KPMG para apurar.

Ao mesmo tempo, conforme a coluna, os canais de denúncias da Petrobras receberam três acusações de que França, diretor de processos industriais, e Leite, diretor financeiro, teriam pressionado equipes técnicas a acelerar a aprovação dos contratos com a Unigel.

O que diz a Petrobras

No comunicado divulgado no fim da tarde de sexta (1), a Petrobras esclareceu que o contrato de “tolling” com a Unigel respeitou o sistema de governança da estatal e todos os trâmites e procedimentos pertinentes, “inclusive quanto ao limite de competência previsto nas normas internas vigentes para aprovação dos contratos de serviço”, disse.

A estatal informou também que o “valor do contrato citado está dentro do limite de aprovação do responsável pela área e passou por todas as instâncias prévias de anuência e validação. Portanto, o sistema de governança foi integralmente respeitado”.

Segundo a Petrobras, a KPMG é uma empresa que realiza auditoria independente da Petrobras desde 2017 e contratada pela companhia para auditar as demonstrações financeiras. “Não é verdade que a KPMG foi contratada pelo Comitê de Auditoria Estatutária ou por qualquer de seus membros para realizar apuração sobre o contrato da Unigel”, escreveu.

Ainda de acordo com a estatal, não procede a informação de que a KPMG teria recomendado que os diretores sejam afastados do processo de certificação das demonstrações financeiras. “O calendário de divulgação das demonstrações financeiras está mantido”, explicou.

Por fim, a Petrobras ressaltou que, conforme já informado ao mercado, esse contrato tem caráter provisório e visa permitir a continuidade da operação das plantas localizadas em Sergipe e Bahia, que pertencem à Petrobras, por oito meses, sem prorrogação.

“A operação de tolling (serviço de processamento de gás com vista à produção de ureia e amônia) ainda será ativada, não tendo havido até o momento nenhum desembolso por parte da Petrobras. A intenção das partes signatárias, é, durante a vigência desse contrato, trabalhar conjuntamente na discussão e execução de um modelo de negócios sustentável para essas duas plantas no longo prazo”, finalizou.

Dividendos da Petrobras (PETR4) estão em risco? Veja a opinião de Tiago Reis

Na semana passada, o mercado penalizou drasticamente os papéis da Petrobras por causa das declarações do atual CEO, Jean Paul Prates, falando em “cautela” com os proventos e citando metas substancialmente relevantes em termos de geração de receita com energia renovável.

As declarações, a uma semana de divulgação do resultado da petroleira, assustaram o mercado – ainda mais levando em consideração as grandes expectativas de que sejam anunciados dividendos extraordinários da Petrobras junto com o balanço.

“Isso gera uma preocupação porque historicamente, quando a Petrobras sai do seu core business, não performa muito bem. O que ela fez de muito bom foi distribuir os seus lucros de forma relevante”, observa Tiago Reis, fundador e chairman da Suno.

“A política atual é 45% da geração de caixa ao ano, que pra mim deveria ser o mínimo. A tendência é de que seja mais do que isso. A condição da Petrobras é de gerar cerca de R$ 8 por ação em caixa, implicando em cerca de R$ 4 por ação. Para uma ação de R$ 40, são cerca de 10% de dividend yield, mas é daí pra cima, podendo ser de 15% a 20%”, completa.

Sobre as declarações de Prates acerca das metas ambiciosas de energia renovável, Tiago Reis observa que dificilmente a estatal terá sucesso em entrar em um mercado já muito explorado por players bem estabelecidos com uma expertise prévia.

“Quando o presidente da Petrobras fala que vai ser metade da receita gerada em 10 anos virá de energia renovável, é diferente do que a gente viu no plano estratégico da companhia, e não sei se é alcançável, é um setor com players privados fazendo isso com maestria”

Para efeito de comparação, em um cenário que a Petrobras feche 2023 com R$ 470 bilhões de receita, alcança metade disso em 10 anos com energia renovável equivaleria a mais de seis vezes a atual receita da Eletrobras.

Em se tratando dos movimentos do governo em relação à estatal, o fundador da Suno aponta que os riscos de interferência sempre existem, mas que foram feitas melhorias num passado recente que fizeram com que a segurança aumentasse.

“O Brasil não tem segurança jurídica, mas acho que muito foi feito de melhorias nas estatais, como a própria lei das estatais, que deu um respaldo para que os erros do passado não sejam cometidos novamente. Agora, pode ser que a lei das estatais seja jogada para cima? Não sabemos”, comenta.

“É difícil de cravar. Quando indicamos PETR4 estava tão barato que achamos que valia correr esse risco. Na medida que o papel foi subindo, a margem de segurança foi diminuindo”, conclui.

Informações Terra

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