ADVFN Logo ADVFN

Não encontramos resultados para:
Verifique se escreveu corretamente ou tente ampliar sua busca.

Tendências Agora

Rankings

Parece que você não está logado.
Clique no botão abaixo para fazer login e ver seu histórico recente.

Hot Features

Registration Strip Icon for default Cadastre-se gratuitamente para obter cotações em tempo real, gráficos interativos, fluxo de opções ao vivo e muito mais.

Petrobras (PETR4): lucro líquido de R$ 31,043 bilhões 4T23, queda de 28,4%

LinkedIn

A Petrobras lucrou R$ 31,043 bilhões de forma líquida no quarto trimestre de 2024, baixa de 28,4% no ano. Além disso, o número, divulgado na noite desta quinta-feira (7), ficou aquém do consenso LSEG, que era de R$ 35 bilhões.

Segundo a estatal, o lucro líquido foi impactado negativamente em R$ 9,9 bilhões, principalmente devido a despesas com impairment e abandono de áreas, embora parcialmente compensado pelo efeito líquido na apuração do imposto de renda.

Já lucro líquido recorrente foi de R$ 41 bilhões no 4T23, queda anual de 6,3%.

A receita líquida da petroleira estatal foi de R$ 134,258 bilhões, queda de 15,3% no ano e dentro do consenso, que era de R$ 133 bilhões. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 66,852 bilhões, queda de 8,5% no ano e abaixo do consenso, que era de R$ 76,3 bilhões.

Com os números de produção e vendas já divulgados – e sugerindo um resultado positivo, em combinação com o preço do petróleo -, analistas, mais uma vez, aguardavam com mais ansiedade a divulgação dos dividendos.

A atenção quanto a esse assunto ganhou força após as recentes declarações do presidente da estatal, Jean Paul Prates. Em entrevista no fim de fevereiro para a Bloomberg, Prates afirmou que a Petrobras “será mais cautelosa no pagamento de dividendos extraordinários”, à medida que se move para se tornar uma potência de energia renovável, direcionando mais investimentos – e caixa – para esse braço.

Na frente de investimentos, o capex da Petrobras no quarto trimestre foi de US$ 3,6 bihões, alta de 5% na base trimestral.

O retorno sobre o capital empregado (ROCE) atingiu 11,2% no 4T23, uma redução de 4,6 p.p. na comparação anual.

O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 72,6 bilhões no quarto trimestre de 2023, uma redução de 5,2% na comparação com igual etapa de 2022.

As despesas operacionais somaram R$ 32,655 milhões no 4T23, um crescimento de 79,6% em relação ao mesmo período de 2022.

O fluxo de caixa livre totalizou R$ 39,854 bilhões no trimestre, uma dminuição de 14,7% na base anual.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de US$ 44,698 bilhões, um crescimento de 7,7% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,85 vez em dezembro/23, alta de 0,22 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

Os resultados da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 07/03/2024.

  • Petrobras aprova proposta de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões

A Petrobras informou que seu Conselho de Administração (CA), autorizou o encaminhamento à Assembleia Geral Ordinária (AGO), prevista para 25 de abril de 2024, da proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões.

Caso haja aprovação da AGO, considerando os dividendos antecipados pela companhia ao longo do exercício, ajustados pela Selic, os dividendos totais do exercício de 2023 serão R$ 72,4 bilhões.

Segundo a companhia, a distribuição proposta está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas aprovada em 28 de julho de 2023, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.

Teleconferência

O CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta sexta-feira (8) que aqueles investidores que continuam com a empresa sabem que a petroleira segue o rumo certo, em teleconferência que aconteceu no fim da manhã em paralelo à derrocada das ações com a decepção do mercado sobre a proposta relacionada a dividendos.

Prates destacou que o resultado da Petrobras em 2023 foi o segundo maior da história e que, segundo ele, o lucro mostra que os investidores que acreditaram na atual gestão da empresa, que tomou posse no ano passado, tiveram retorno. “E este é um resultado que de fato orgulha a todos os brasileiros e deve orgulhar a todos os acionistas e investidores também, porque acreditar na Petrobras, confiar na nossa gestão deu resultado”, afirmou Prates.

“Este é um resultado para quem fica conosco, sabe que nós estamos no rumo certo e sabe que nós vamos acertar mais à frente.”

Em 2023, o lucro líquido da Petrobras caiu 33,8% ante o recorde registrado no ano anterior, para R$ 124,6 bilhões de reais, diante de um recuo de 18% do valor do Brent. Já o dividendo anunciado para o quarto trimestre de 2023 foi de R$ 14,2 bilhões, sem o pagamento extraordinário. A companhia afirmou ainda que o lucro remanescente do exercício, após os dividendos e formação de reservas legais e estatutária, totaliza R$ 43,9 bilhões.

O diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano, reiterou que a reserva de remuneração tem como finalidade o pagamento de dividendos. “Algumas dúvidas surgiram, de se isso poderá ser usado para investimentos. Não poderá ser usado para investimentos. A finalidade desta reserva é distribuição de dividendos”, frisou Caetano.

  • Transição energética

Prates reiterou ainda que a empresa trabalha para avançar na transição energética de forma gradual, investindo na exploração e produção de petróleo e gás, segmento no qual a companhia obtém os maiores retornos, além de buscar integração com atividades de downstream.

Prates destacou que a gestão atual implementou mudanças que aumentaram a competitividade da companhia, que conquistou mercados, e trouxe mais flexibilidade ao processo decisório e mais estabilidade para os consumidores e em sua política de dividendos, “aperfeiçoada para considerar maiores investimentos e a absoluta necessidade de manter a nossa saúde financeira”.

VISÃO DO MERCADO

Os resultados da Petrobras divulgados na noite da última quinta-feira (7) foram em linha com o esperado, mas as atenções do mercado estarão todos voltados para o fator que mexeu com os ADRs (American Depositary Receipts, recibo de ações da companhia negociados em NY) antes mesmo dos números forem revelados: o não-pagamento de dividendos extraordinários.

Bank of America

O Bank of America rebaixou a recomendação da petroleira brasileira de compra para neutra e reduziu o preço-alvo de PETR4 de R$ 48 para R$ 38. Para os ADRs, o corte no preço-alvo é de US$ 20,20 para US$ 16. O banco diz que a decisão de não pagar dividendos extraordinários eleva a percepção de risco na empresa, “particularmente na influência do governo em relação às principais decisões de alocação de capital”. Também sugere que a Petrobras pode estar migrando para agenda mais voltada para crescimento, com mais capex, fusões e aquisições.

Itaú BBA

O Itaú BBA classificou a decisão de não pagamento de dividendos extraordinários como a “notícia que ninguém gostaria de ouvir”. “Os investidores esperavam que a empresa fosse cautelosa em relação ao pagamento de dividendos extraordinários, mas o consenso era que os dividendos extraordinários fossem entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões. Prevemos uma reação negativa do mercado, dada a grande decepção por conta dos dividendos extraordinários, que também deverão aumentar preocupações entre os investidores sobre o futuro da alocação de capital da empresa”, apontaram os analistas do banco.

O Goldman Sachs, que via espaço para um dividendo extra de até US$ 8 bilhões, enquanto via o mercado projetando entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, apontou esperar uma reação negativa do mercado e que a administração da empresa aborde tal decisão na teleconferência, às 11h30, “quando tentaremos entender se é possível para parte das reservas se tornarem dividendos extras durante o ano”, avalia.

XP

A Petrobras reportou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) em linha com o consenso e uma diferença de 5% em relação às expectativas da XP ao levar em conta itens não recorrentes.

Conforme destaca a XP, contudo, as atenções quanto ao 4T23 da Petrobras estavam voltadas para os dividendos, notadamente para a expectativa de pagamentos extraordinários (muito mais do que para o desempenho financeiro). A casa esperava entre US$ 3,9 bilhões para o mínimo somado a US$ 5,5 bilhões para o extraordinário. Devido a um fluxo de caixa operacional inferior ao que estava prevendo, os dividendos mínimos totalizaram US$ 2,9 bilhões (ou 2,7% de yield).

“Ao contrário de nossas expectativas e da maioria dos investidores com quem conversamos, o Conselho de Administração da Petrobras optou por manter os dividendos de acordo com a fórmula mínima, propondo direcionar o lucro remanescente do ano (US$ 8,9 bilhões) para ser totalmente alocado na recém-criada reserva de remuneração de capital”, ressaltam os analistas da XP, que citam que houve uma grande decepção com os dividendos.

Os analistas esperam uma reação negativa do mercado à decisão do Conselho de Administração, pois isso fará com que os investidores repensem sua visão sobre os riscos da Petrobras. “Vemos a tese de investimentos agora como uma questão de avaliar a probabilidade de grandes movimentos de M&A ocorrerem no curto prazo (o que pode fazer com que o caixa armazenado seja devolvido aos investidores no futuro)”, aponta.

 

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

Deixe um comentário