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A Fitch Ratings anunciou na quarta-feira sua revisão da perspectiva do IDR (Issuer Default Rating – Rating de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira da China para negativa, de estável, ao mesmo tempo em que afirmou o IDR em A+.
A Fitch apontou os “grandes défices fiscais e o aumento da dívida pública” como factores que impactaram negativamente os amortecedores fiscais do país, provocando a revisão das perspectivas, ao mesmo tempo que justificou a afirmação da classificação A+ da China afirmando que o país é apoiado pela sua grande e diversificada economia, “perspectivas de crescimento do PIB ainda sólidas” quando comparadas com os seus pares, o seu papel vital no comércio global de bens e finanças externas fortes. A agência previu que o défice das administrações públicas do país aumentará para 7,1% do PIB em 2024, acrescentando que espera que a dívida das administrações públicas atinja 61,3% do PIB em 2024.
Além disso, a Fitch vê o crescimento do PIB do país moderado para 4,5% em 2024 devido à “persistente fraqueza do setor imobiliário”. O relatório também alertou para os riscos deflacionários, sem prever um período prolongado de deflação.
China critica rebaixamento da perspectiva da Fitch
O Ministério das Finanças da China criticou na quarta-feira a revisão da Fitch Ratings da perspectiva do IDR (Issuer Default Rating Rating) de Longo Prazo em Moeda Estrangeira da China, de estável para negativa .
“Lamentamos ver a Fitch rebaixar a perspectiva para a classificação de crédito soberano da China… Os resultados mostram que o sistema de indicadores da Metodologia de Classificação de Crédito Soberano da Fitch não consegue refletir de forma eficaz e prospectiva o efeito positivo da política fiscal na promoção do crescimento econômico e estabilização da alavancagem macro”, disse um representante do ministério aos repórteres.
A Fitch Ratings, uma agência de classificação de crédito sediada nos EUA, rebaixou a perspectiva de longo prazo da China para negativa, mantendo ao mesmo tempo a sua classificação de crédito A+, citando a transição do país de um modelo de crescimento que depende fortemente do sector imobiliário como uma razão para o aumento da incerteza e “ampla défices fiscais e aumento da dívida pública.”
