Ibovespa sobe 0,09%, pressionado pela queda da Petrobras em meio a notícias envolvendo o comando da estatal

O Ibovespa ficou estável nesta quinta-feira (4), distante da máxima da sessão, quando superou os 129 mil pontos, sendo impactado pela queda da Petrobras (-1,41%) após as ações experimentarem forte volatilidade com o noticiário envolvendo o comando da estatal e a distribuição de dividendos.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O índice subiu 0,09%, fechando a 127.427,53 pontos. Na máxima do dia, alcançou os 129.627,13 pontos, enquanto na mínima atingiu os 127.177,66 pontos. O volume financeiro somava R$ 29,6 bilhões antes dos ajustes finais.

Os ministros da Fazenda, Minas e Energia e da Casa Civil chegaram a um acordo sobre o pagamento de dividendos extras da Petrobras. Agora, a decisão deve ser submetida à aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme reportagem do jornal O Globo.

Além disso,  a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é provável nos próximos dias, de acordo com duas fontes do governo ouvidas pela Reuters. Aloizio Mercadante é o nome cogitado para ocupar a vaga.

No exterior, os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos contribuíram para minimizar ainda mais a pressão. O Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em nove mil na semana encerrada em 30 de março, para 221 mil em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 214 mil pedidos na última semana. Ao mesmo tempo, os anúncios de demissões nos EUA aumentaram 7% em março, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2023. Esses números favoreceram a leitura de que o Fed poderá cortar os juros ainda este ano.

Os principais índices acionários de Nova York encerraram em queda, revertendo todos os ganhos obtidos pela manhã, às vésperas da divulgação do Payroll de março, e com duras falas de membros do Federal Reserve pela tarde, que chegaram a questionar a viabilidade de um corte de juros na economia local caso a inflação mantenha-se, continuamente, em patamar elevado.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 recuaram 1,35%, 1,23% e 1,40%, respectivamente. Ao fim do dia, os rendimentos das Treasuries de dez anos recuavam 5,2 pontos-base, a 4,303%, e as de dois anos cediam 3,8 pbs, a 4,639%.

Investidores também digeriram, pela tarde, duras falas de membros do Fed acerca da trajetória de juros na economia local. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, sugeriu a possibilidade de não cortar os juros neste ano, caso a inflação siga estagnada na economia local, em duro tom que lançou luz sobre uma eventual permanência dos juros em patamares restritivos por horizonte mais longo.

Também mais cedo, os pedidos semanais de seguro-desemprego para a semana encerrada em 30 de março avançaram a 221 mil, ante consenso de 214 mil, aumentando momentaneamente a esperança, entre investidores, de que o Federal Reserve poderia lançar mão de cortes de juros neste ano.

Investidores acompanharão amanhã, às 9h30, a geração líquida de postos de trabalho nos EUA, medida pelo Payroll, referente ao mês de março. Consenso Mover aponta para criação líquida de 200 mil postos de trabalho, em desaceleração ante o dado de fevereiro, que mostrou criação líquida de 275 mil postos. A taxa de desemprego deverá permanecer em 3,9% no período.

Após sustentar leves perdas durante a maior parte do dia, o dólar à vista fechou em leve alta ante o real, em uma sessão marcada por números mais fracos que o esperado do mercado de trabalho dos EUA. A moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,05 na venda, com alta de 0,21%.

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

MGLU3: +4,73% a R$ 1,77
TIMS3: +3,16% a R$ 18,60
RENT3: +3,01% a R$ 53,41
AZUL4: +2,79% a R$ 12,90
CVCB3: +2,59% a R$ 2,77

• BAIXAS IBOVESPA

BHIA3: -4,37% a R$ 6,78
ARZZ3: −2,93% a R$ 57,03
PCAR3: −2,49% a R$ 2,74
SOMA3: −2,31% a R$ 6,77
PETZ3: −1,22% a R$ 4,06

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Azevedo & Travassos (AZEV3/AZEV4)

   A Azevedo & Travassos informou que a Companhia assinou na data de hoje o contrato de aquisição da totalidade da participação detida pela Phoenix Óleo e Gás Natural nos seguintes blocos e campos (Polo Periquito): Bloco POT-T-565, Bloco POT-T-610; Campo de Periquito, Campo de Periquito Norte, Campo de Periquito Nordeste; Campo de Concriz; e Campo de Rio do Carmo. Saiba mais…

   Boa Safra (SOJA3)

   A Boa Safra celebrou acordo para a aquisição de um terreno na cidade de Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso. Saiba mais…

   Cogna (COGN3)

   A Cogna e a Universidade Presbiteriana Mackenzie fecharam uma parceria em cursos de pós-graduação on-line, modalidade que ainda não era ofertada pela instituição de ensino. Saiba mais…

   Eletrobras (ELET3/ELET5/ELET6)

   A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quarta-feira ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques uma extensão, por mais 90 dias, do prazo das negociações entre o governo federal e a Eletrobras sobre o peso do voto da União. Saiba mais…

   Kepler Weber (KEPL3)

   A Kepler Weber, líder das áreas de armazenagem e soluções para pós-colheita de grãos na América Latina, tem um novo CEO. Bernardo Nogueira, que era diretor comercial, foi alçado ao comando e substitui Piero Abbondi, que renunciou mas continua no conselho de administração da empresa. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras recebeu solicitação de acionistas minoritários pela substituição de dois candidatos às vagas de membros titular e suplente do conselho fiscal, além da indicação de acionista minoritário de um nome ao conselho de administração. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A Vale anunciou que está em discussões avançadas com o Ministério dos Transportes sobre as condições para a otimização dos planos de investimentos dos Contratos de Concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), que hoje são regularmente executados pela mineradora. Saiba mais…

   A Vale tomou conhecimento sobre decisão do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) que suspendeu a liminar que autorizava o funcionamento da mina de Onça Puma. Saiba mais…

   (Com informações da Forbes Money, TC Mover e Momento B3)