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O que pode ocorrer com as ações do GPA, após companhia virar alvo de gestoras?

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As ações do GPA, dono da marca Pão de Açúcar, tiveram forte alta na última terça-feira (23), subindo 11,69%, o maior destaque de alta do Ibovespa. O avanço, segundo notícias, se deu pela movimentação das gestoras SPX e a GTF Capital, que aumentaram sua participação na companhia.

Segundo o Valor Econômico, a SPX adquiriu um bloco de quase 20 milhões de ações. A gestora já havia no follow on recente adquirido papéis da empresa e segundo estimativas já deve possuir ao total algo entre 7% a 8% do capital da empresa.

No caso da GTF, gestora de Rafael Ferri, ex-sócio do TC, a perspectiva é de que ela já possua cerca de 6% das ações do GPA, pretendendo chegar a 10%, a depender do preço dos papéis e da participação do conselho, a ser definida na próxima semana.

O Casino, grupo europeu antigo controlador da companhia, vem desmontando sua posição no GPA (BOV:PCAR3), em um esforço para diminuir sua alavancagem. Hoje, segundo o RI do próprio Grupo Pão de Açúcar, a holding francesa tem algo próximo a 22,5% das ações ordinárias emitidas.

“Após o Casino falar que está saída, acionistas menores entendem que podem ter uma influência maior na empresa e, com isso, alguns grupos começam a se posicionar”, explica Paola Mello, analista de ações e sócia da GTI. “A marca do Pão de Açúcar é a maior do setor de mercados premium do Brasil, com um valor enorme, e tem pontos irreplicáveis. Só que está mal gerida…”.

Posicionamento para mudanças

Para a especialista, o que as duas gestoras pretendem é aproveitar o vácuo para ganhar mais espaço – e influência – no comando da empresa, optando um pouco mais nos planos de gestão e com foco na recuperação futura da rentabilidade do grupo – e decorrentemente do seu valor de mercado. Apesar da alta de ontem, as ações do GPA ainda caem mais de 27% no ano.

Atualmente, Mello menciona que o GPA está com sua rentabilidade impactada. A companhia passa por uma reestruturação, que se arrasta desde fevereiro de 2022, quando o atual CEO, Marcelo Pimentel, assumiu. No foco das mudanças, que no quarto trimestre trouxe sinais positivos, está o modelo de proximidade, venda de ativos não essenciais e redução de despesas.

“Existem algumas dúvidas do quanto essa pressão de margem é estrutural ou conjuntural. No setor, há a competição com os atacarejos, que trabalham com preços extremamente baixos. Tem também a questão da internet”, fala Mello. “O mercado se divide sobre se é possível essa empresa voltar a ter uma margem bruta de 28%, 29%, que já teve no passado, sendo que hoje esse número está mais próximo dos 25%. Para mim, há espaço para trabalhar, principalmente nos custos”, fala a analista da GTI.

Enrico Cozzolino, analista da Levante, já prega uma maior cautela. Segundo ele, o posicionamento das gestoras, principalmente da SPX, considerada por muitos investidores “lendária”, acaba gerando fluxo por si só. “Há sempre aquele fluxo de investidores que querem se posicionar junto de uma gestora. É algo auto-realizável. Fica parecendo a oportunidade da vez. Mas vale a gente mencionar que são movimentos que dependem de fatores macro. Não é só gestão”, pondera.

Ele reforça que, hoje, o GPA hoje vive um momento adverso, “sem apresentar resultados tão favoráveis”. “Como ele se encaixa na posição entre seus pares? Será que vale acompanhar o fluxo? Será que a montagem de posição dessas gestoras foca em prazo. Por enquanto, não sabemos”, diz.

Informações Infomoney

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