Ibovespa fecha com leve alta, impulsionado pelos papéis da Vale, mas com Petrobras pressionando negativamente

O Ibovespa fechou em leve alta nesta quinta-feira, com os papéis da Vale dando a maior contribuição para o índice, após sessão positiva do minério de ferro na China, o que limitou marginalmente o peso negativo desencadeado pelos papéis da Petrobras, ainda na esteira da saída de Jean Paul Prates do posto de CEO da companhia.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O Ibovespa fechou em alta de 0,20%, aos 128.283 pontos, com volume de negócios de R$ 23,4 bilhões, considerado mediano. Os vértices da curva de juros tiveram desempenho misto, com trecho longo subindo até 4,0 pontos-base, em linha com os rendimentos das Treasuries yields, na esteira dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos EUA.

Em um dia esvaziado entre indicadores econômicos no cenário local, operadores seguem atentos às notícias principalmente em torno da Petrobras, com os desdobramentos da troca do comando da companhia.

O Goldman Sachs reiterou recomendação de ‘compra’ das ações da estatal, apostando que a governança deve dificultar mudanças significativas na alocação de capital e destacando projeções de forte fluxo de caixa livre e dividendos nos próximos anos. De outro lado, BB Investimentos rebaixou o papel para ‘neutro’, citando maior cautela com a futura gestão e preocupações justamente com a alocação de capital.

No âmbito corporativo, investidores ainda seguiam de olho na temporada de balanços, e reagiram a uma série de resultados que foram divulgados na noite de ontem, como Marfrig, Equatorial, Gafisa, entre outras.

Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as ON da Vale, da JBS e da Raia Drogasil, que avançaram 0,73%, 4,63% e 2,18%, na sequência.

Entre as maiores altas percentuais do índice, destaque para as ON da Minerva, da Marfrig e da Vamos, que subiram 9,38%, 4,44% e 4,21%, respectivamente.

Na ponta negativa, destaques para as ON e PN da Petrobras e as PN do Itaú, que recuaram 1,82%, 2,84% e 0,30%, respectivamente.

Fora do Ibovespa, destaque para a Auren, que recuou 1,66%, e para a AES Brasil, que saltou 13,80%, após a Auren Energia anunciar a aquisição da AES na noite de ontem, em transação que cria a terceira maior geradora de energia do País e oferece até R$11,55 por ação para os investidores da AES Brasil.

Como geralmente ocorre no curto prazo em operações como essa, os papéis da AES Brasil, comprada, tiveram a maior valorização desde seu IPO, enquanto os da Auren, parte compradora, recuaram, com preocupações de analistas com o aumento de alavancagem da empresa após a transação.

Em Nova York, os principais índices acionários encerram em leve queda, em movimento de correção na sequência da máxima recorde tocada pelo Dow Jones mais cedo, acima dos 40 mil pontos, com tendência positiva observada ao longo deste mês com dados econômicos, que seguem apontando para uma economia resiliente, embora em ligeira desaceleração. O movimento eleva confiança de queda do juro pelo Federal Reserve neste ano.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 recuaram 0,10%, 0,21% e 0,26%, respectivamente. Ao longo da sessão, todos renovaram patamares recordes, com destaque para o Dow Jones, que foi ao nível dos 40 mil pontos, região nunca atingida antes. Ao fim da sessão, os rendimentos das Treasuries de dois anos subiam 5,9 pontos-base, a 4,795%, e as de dez anos, 2,5 pbs, a 4,381%.

No caso do Dow Jones, o mais antigo dos três índices acionários de Wall Street, a perspectiva de corte de juro ainda este ano e lucros trimestrais robustos de companhias não somente tecnológicas impulsionaram o índice ao patamar dos 40 mil pontos. O Dow Jones levou 872 sessões de negócio para alcançar esse nível, desde que atingiu os 30 mil pontos, em novembro de 2020.

De acordo com os derivativos negociados na CME, o mercado voltou a precificar dois cortes de 0,25 ponto percentual na taxa de juros este ano, sendo o primeiro em setembro e o segundo em dezembro. O Bank of America, no entanto, segue apostando em corte apenas em dezembro, e reforçou que o dado positivo do CPI, nesta semana, é apenas um dentre outros de uma série de indicadores.

Hoje, investidores também reagiram a dados divulgados de pedidos semanais de auxílio-desemprego, que atingiram 222 mil, acima do consenso de 220 mil, para a semana encerrada em 11 de maio, reforçando a resiliência do mercado de trabalho americano.

Em um dia marcado por falas de dirigentes do Fed, operadores observaram manutenção nas perspectivas, entre formuladores, sobre a condução da política monetária nos EUA. O presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse não ver indicador, no momento, que denote motivo para mudar a postura da política monetária.

Já o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou acreditar que os EUA estão “no caminho certo” e que a inflação esteja caindo, embora seja necessário “um pouco mais de tempo” para que alcance 2% de forma sustentável. Em tom mais duro, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, afirmou considerar o progresso da inflação, neste ano, “decepcionante”. Segundo ela, se as expectativas de longo prazo começarem a aumentar, o Fed pode ter de elevar juro.

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

BEEF3: +7,77% a R$ 6,80
JBSS3: +4,76% a R$ 28,40
MRFG3: +4,63% a R$ 11,31
VAMO3: +3,46% a R$ 8,38
RAIL3: +2,59% a R$ 20,98

• BAIXAS IBOVESPA

CVCB3: -7,48% a R$ 1,98
AZUL4: −6,26% a R$ 10,18
YDUQ3: −4,87% a R$ 13,10
PETR4: −3,01% a R$ 37,32
LWSA3: −2,95% a R$ 4,61

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Alliança Saúde (AALR3)

   A Alliança Saúde registrou prejuízo líquido de R$ 70,8 milhões frente a R$ 32 milhões do mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Auren (AURE3) e AES Brasil (AESB3)

   A Auren e a AES Brasil anunciaram combinação de negócios entre as companhias elétricas, que resultará na conversão da AES em subsidiária integral da Auren e na unificação das bases acionárias. Saiba mais…

   BMG (BMGB4)

   O banco BMG registrou lucro líquido de R$ 94 milhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 312,2% na comparação com os primeiros três meses de 2023.

   Brisanet (BRIT3)

   A Brisanet divulgou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre de 2024, com um lucro líquido de R$ 20,1 milhões, uma queda de 20,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esta redução reflete os desafios e investimentos associados à expansão das operações móveis da empresa. Saiba mais…

   Dasa (DASA3)

   A Dasa reportou prejuízo líquido de R$ 176 milhões no primeiro trimestre de 2024, de acordo com o balanço. A companhia teve uma piora de R$ 8 milhões em relação ao dado do primeiro trimestre de 2023. Saiba mais…

   O conselho de administração da Dasa aprovou um instrumento (adiantamento para futuro aumento de capital, ou AFAC), no qual os acionistas controladores injetarão R$1,5 bilhão até o dia 14 de junho. Saiba mais…

   Enauta (ENAT3)

   A Enauta informou que, conforme previsto, em 11 de maio de 2024, o FPSO Atlanta chegou à locação no Campo de Atlanta, na Bacia de Santos. Em seguida, a plataforma foi inspecionada e liberada pela imigração da Polícia Federal e pela Receita Federal, iniciando imediatamente a campanha para ancoragem. Saiba mais…

   Equatorial (EQTL3)

   A Equatorial Energia anunciou a criação de um novo programa de recompra de ações ordinárias. Saiba mais…

   A Equatorial Energia teve lucro líquido ajustado de R$ 384 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 41% sobre o ganho de R$ 273 milhões no mesmo período de 2023, segundo demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira. Saiba mais…

   Fertilizantes Heringer (FHER3)

   A Fertilizantes Heringer apresentou prejuízo líquido no primeiro trimestre de R$ 144,1 milhões, aumento de 9,6%. Já o Ebitda no primeiro trimestre foi negativo em R$ 52,1 milhões, mas com melhora de 62,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   Gafisa (GFSA3)

   A Gafisa apresentou um lucro líquido de R$ 20 milhões no primeiro trimestre de 2024, marcando um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado representa uma melhoria de R$ 54 milhões frente ao prejuízo do mesmo período do ano passado, de R$ 34 milhões. Saiba mais…

   GetNinjas (NINJ3)

   A GetNinjas registrou um lucro líquido de R$ 2,907 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo prejuízo de R$ 2,1 milhões do mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   IMC (MEAL3)

   A IMC registrou queda de 51,3% no prejuízo líquido no primeiro trimestre de 2024 em relação a igual período de 2023, saindo de R$ 57,3 milhões para R$ 27,9 milhões. Saiba mais…

   Itaú Unibanco (ITUB3/ITUB4)

   O Banco Central aprovou a cisão total do patrimônio do Banco Itaú BBA, informou o Itaú. Saiba mais…

   Light (LIGT3)

   A Light, em recuperação judicial, reportou prejuízo líquido de R$ 357,3 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T24), revertendo lucro de R$ 107,1 milhões de um ano antes, informou a companhia elétrica. Saiba mais…

   A Light, em recuperação judicial, a Light Serviços de Eletricidade (Light SESA) e a Light Energia informaram na noite de ontem que assinaram um acordo preliminar com detentores de títulos de dívida emitidos no mercado internacional. Saiba mais…

   Lupatech (LUPA3)

   A Lupatech registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 7,399 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), o que representa uma redução de 26,6% das perdas em comparação ao 1T23, quando apresentou um prejuízo de R$ 10,08 milhões. Saiba mais…

   Marfrig (MRFG3)

   A Marfrig fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 62,6 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 634 milhões no mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Orizon (ORVR3)

   A Orizon reportou um lucro de R$ 30,2 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 43,2 milhões apresentado um ano antes. Saiba mais…

   Panvel (PNVL3)

   A rede de farmácias Panvel registrou um lucro líquido de R$ 20,3 milhões no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 73,6% na comparação com igual período de 2023. Já o lucro líquido ajustado ficou em R$ 22,6 milhões, alta de 17,3%.

   Rossi (RSID3)

   A Rossi Residencial apresentou prejuízo líquido de R$ 26,1 milhões no período e Ebitda ajustado de R$ 0,8 milhões (em recuperação aos R$ 23 milhões negativos do 1T23).

   Sabesp (SBSP3)

   A Sabesp convocou, para 24 de maio, uma Assembleia Geral de Debenturistas das 1ª e 2ª séries emitidas na 24ª emissão pública. Saiba mais…

   Ser (SEER3)

   A Ser Educacional aprovou a emissão de R$ 150 milhões em debêntures, em série única e com prazo de vencimento de cinco anos. Saiba mais…

   T4F Entretenimento (SHOW3)

   A T4F Entretenimento elegeu Francesca Brown Alterio para o cargo de Diretora Presidente e Angela Aparecida Ferrante para o cargo de Diretora Financeira e de Relações com Investidores da Companhia.

   TC (TRAD3)

   O TC teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 5,379 milhões no primeiro trimestre de 2024, o que representa uma redução de 79,6% das perdas em comparação ao 1TRI23, quando apresentou um prejuízo de R$ 26,332 milhões. Saiba mais…

   Unifique (FIQE3)

   A Unifique reportou lucro líquido de R$ 37,4 milhões (+42,5%) e Ebitda de R$ 123 milhões (+21,7%). A margem Ebitda ficou em 49,5% e a receita bruta ficou em R$ 309 milhões (+18,8%).

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)