O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com investidores reagindo a uma serie de balanços corporativos e apoiados na alta do setor financeiro. A queda das ações da Vale e Petrobras amenizou os ganhos do índice, em conjunto com a reação de investidores à mensagem mais dura na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e dados do Índice de Inflação ao Produtor nos Estados Unidos.

O Índice Bovespa (Ibovespa), que reflete o desempenho médio das cotações das principais ações de empresas negociadas na BM&FBOVESPA, é formado pelas ações com maior volume negociado nos últimos meses.

O Ibovespa fechou em alta de 0,28%, aos 128.515 pontos, e com volume de negócios de R$ 23,6 bilhões, acima da média de 50 pregões.

No cenário local, investidores reagiram à divulgação da tão aguardada ata da última reunião de política monetária do Banco Central, que se mostrou mais ‘hawkish’.

A ata abriu detalhes sobre a divisão dos votos entre os membros do BC em relação a magnitude dos cortes, afirmando que o grupo majoritário que votou pela redução de 0,25 ponto percentual considerou que o cenário esperado não se confirmou em função da desancoragem adicional das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica que esperado.

Segundo o documento, para tais membros, “o ‘forward guidance’ indicado na reunião anterior sempre foi condicional e houve alteração no cenário em relação ao que se esperava”.

O grupo que votou pela redução de 0,50 ponto percentual, todos indicados pelo atual presidente, Luiz Inacio Lula da Silva (PT), por sua vez, propôs debate sobre o custo de não seguir a indicação dada na reunião anterior, questionando se o cenário mudou a ponto de valer a mudança do ‘guidance’, “o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do Comitê”.

Apesar da não unanimidade em relação a magnitude do corte, todos os membros defenderam a adoção de uma política monetária mais contracionista, mais cautelosa e sem indicações futuras sobre os próximos movimentos nos juros.

Após a divulgação da ata, diversos bancos divulgaram relatórios alterando projeções para a taxa Selic terminal, e o JP Morgan elevou as projeções para a Selic ao fim do atual ciclo de alívio monetário a 10,50%, nível atual da taxa.

Analistas do JP disseram que a ata indicou uma visão “mais profunda” de divisão entre os membros do colegiado sobre perspectivas, além de mostrar uma visão “unanimemente” mais dura em torno da política monetária a ser conduzida pelo Banco Central, bem como uma aparente divisão mais profunda na avaliação das perspectivas e estratégias de comunicação entre os membros do colegiado. O banco antes estimava o juro ao fim do atual ciclo em 10,0%.

No âmbito corporativo, investidores seguem de olho na temporada de balanços e reagiram a uma série de resultados que foram divulgados na noite de ontem, como Petrobras, Natura, Hypera, Ânima, IRB Brasil, Enjoei, entre outras.

Os principais índices acionários de Wall Street aceleraram os ganhos na reta final do pregão, encerrando em alta, com os investidores avaliando dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) referente a abril, que embora tenha mostrado avanço acima do consenso, exibiu melhor leitura em algumas categorias de preços, desencadeando um alívio antes dos dados da Inflação ao Consumidor, amanhã.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 subiram 0,40%, 0,48% e 0,75%, respectivamente. Ao fim da sessão, os rendimentos das Treasuries de dois anos recuavam 3,4 pontos-base, a 4,823%, e as de dez anos, 3,0 pbs, a 4,451%.

Mais cedo, dados do PPI mostraram alta de 0,5% na base mensal, acima do consenso da Refinitiv, de 0,3%. Já em 12 meses, o índice avançou 2,2%, em linha com o consenso, de acordo com o Departamento de Trabalho dos EUA. No entanto, cateogiras de preço que são usadas no PCE, como atendimento hospitalar e tarifas aéreas, mostraram desaceleração. Houve revisão baixista para dados de março.

Em evento na Holanda, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que os dados do PPI foram mais “mistos” que “quentes” dado a revisão baixista para o dado de março. Ele também reiterou visão de que o próximo movimento do Fed não deve ser de alta, ainda que tenha havido uma alta recente das expectativas inflacionárias.

Os operadores acompanharão, amanhã, os dados referentes à Inflação ao Consumidor (CPI) de março, que podem indicar se a reaceleração dos preços observada no primeiro trimestre foi apenas uma trajetória acidentada, ou uma tendência preocupante para o banco central.

DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

HAPV3: +10,92% a R$ 4,47
EMBR3: +7,41% a R$ 36,81
CPFE3: +2,91% a R$ 34,00
BRKM5: +2,84% a R$ 19,57
B3SA3: +2,32% a R$ 11,49

• BAIXAS IBOVESPA

NTCO3: -8,47% a R$ 15,88
IRBR3: −3,88% a R$ 36,19
PETR3: −2,74% a R$ 42,93
CMIN3: −2,55% a R$ 5,36
RRRP3: −2,40% a R$ 29,63

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Allos (ALOS3)

   A Allos aprovou um plano de desinvestimentos que, no total, pode gerar vendas de ativos no valor de até R$ 1 bilhão. Saiba mais…

   Ânima Educação (ANIM3)

   A Ânima apresentou R$ 97,5 milhões de lucro líquido no primeiro trimestre de 2024 (1T24), de acordo com o balanço divulgado. O valor representa a reversão do prejuízo presente no primeiro trimestre do ano passado, de R$ 41,3 milhões. Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A Azul aprovou o plano de recompra de até 1,3 milhão de ações preferenciais de emissão da companhia, representativas de até 0,3967% das ações preferenciais em circulação no mercado. Saiba mais…

   B3 (B3SA3)

   O volume financeiro médio negociado na B3 no segmento de ações caiu 0,2% em abril de 2024 na comparação com o registrado no mesmo mês em 2023, ficando em R$ 24,653 bilhões. Em relação a março, houve incremento de 4,1%. Saiba mais…

   Bradespar (BRAP4)

   A holding Bradespar registrou lucro líquido de R$ 343,1 milhões em seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2024. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o número foi de R$ 768,3 milhões, houve uma retração de 55,3%. Saiba mais…

   Brisanet (BRIT3)

   A Brisanet Participações informou sobre a aprovação de uma linha de crédito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. Saiba mais…

   Carrefour (CRFB3)

   O Carrefour Brasil divulgou que foi convocada uma assembleia geral extraordinária (AGE) para 4 de junho de 2024. Saiba mais…

   CSN (CSNA3)

   A Companhia Siderúrgica Nacional informou a substituição da projeção de alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado de um patamar abaixo de 2,00x para um nível de 2,50x no fechamento do balanço anual de 2024. Saiba mais…

   Even (EVEN3)

   A Even teve lucro líquido de R$ 64,9 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), de acordo com o balanço. A cifra é 13,6% superior à reportada no mesmo período do ano passado. Saiba mais…

   Ferbasa (FESA3/FESA4)

   A Ferbasa divulgou seu resultado do primeiro trimestre de 2024, alcançando um lucro de R$ 41,1 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma queda de 68,8% no resultado. Saiba mais…

   Gol (GOLL4)

   A Gol reportou prejuízo líquido recorrente de R$ 130,2 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T24), revertendo lucro líquido recorrente de R$ 136,4 milhões do mesmo intervalo de 2023, informou a companhia. Saiba mais…

   Grupo SBF (SBFG3)

   A SFB registrou lucro líquido ajustado, excluindo os efeitos do IFRS-16, foi de R$ 52,777 milhões, representando um crescimento de 213% em relação ao mesmo período do ano anterior – alta superior a três vezes. O lucro líquido, sem ajustes, somou R$ 37,888 milhões, saltando 25 vezes, frente o R$ 1,512 milhão de um ano antes. Saiba mais…

   Hapvida (HAPV3)

   A Hapvida apresentou lucro líquido ajustado de R$ 506,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 1.433,6% ante o mesmo período de 2023, quando registrou R$ 33,1 milhões. No critério sem ajuste, a companhia teve lucro de R$ 83,3 milhões, revertendo prejuízo de um ano antes, em R$ 341,6 milhões. Saiba mais…

   IRB Re (IRBR3)

   O ressegurador IRB reportou lucro líquido de R$ 79,1 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), montante 825% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023. Saiba mais…

   Itaú Unibanco (ITUB3/ITUB4)

   O Itaú Unibanco anunciou a contratação de Sylvio Castro como responsável pela área de Global Solutions e Fund of Funds. Segundo comunicado do banco, o profissional conta com trajetória de 25 anos de experiência no mercado financeiro, tendo iniciado suas atividades no Itaú no começo de maio, além disso, Castro já teve passagens por em empresas como Goldman Sachs, Credit Suisse e, mais recentemente, Julius Baer. Saiba mais…

   Itaúsa (ITSA4)

   A Itaúsa, holding que controla o banco Itaú, registrou aumento de 38,1% no lucro líquido recorrente no primeiro trimestre de 2024 em relação a igual período de 2023, saindo de R$ 2,595 bilhões para R$ 3,585 bilhões. Saiba mais…

   JHSF (JHSF3)

   A JHSF vendeu participações minoritárias em shoppings ao XP Malls Fundo de Investimento Imobiliário por R$ 443 milhões. Saiba mais…

   Melnick (MELK3)

   A Melnick reportou lucro líquido de R$ 30,3 milhões no primeiro trimestre de 2023 (1T24), montante 50,8% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023, informou a companhia. Saiba mais…

   Minerva (BEEF3)

   A Minerva informou ter recebido habilitação para exportar carne bovina ao Canadá a partir de três unidades localizadas no Paraguai: Frigomerc, San Antonio e Belén. Essas plantas, combinadas, possuem capacidade de abate de aproximadamente 6,3 mil cabeças por dia. Saiba mais…

   Natura (NTCO3)

   A Natura&Co registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 935,126 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), alta de 43,39% contra o prejuízo líquido de R$ 652,154 milhões de igual período do ano anterior. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras lucrou R$ 23,7 bilhões de forma líquida no primeiro trimestre de 2024, com queda de 37,9% na base anual e com recuo de 23,7% na base sequencial. O lucro líquido ainda é menor ao consenso da LSEG, que previa R$ 30,1 bilhões. Saiba mais…

   Raízen (RAIZ4)

   A Raízen registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 178 milhões em seu balanço referente ao primeiro trimestre do ano-safra 2023/2024 (janeiro-março), revertendo lucro líquido ajustado de R$ 2,522 bilhões de um ano antes. Saiba mais…

   Terra Santa (LAND3)

   A Terra Santa Propriedades Agrícolas obteve lucro líquido de R$ 6,4 milhões no primeiro trimestre de 2024, informou a companhia. O resultado representa queda de 21,4% ante os R$ 8,17 milhões apurados em igual intervalo de 2023. Saiba mais…

   Unicasa (UCAS3)

   A Unicasa Indústria de Móveis registrou um lucro líquido de R$ 2,803 milhões, representando uma variação negativa de 20,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Saiba mais…

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)