As ações da Palo Alto Networks (NASDAQ:PANW) listadas em Nova Iorque sofreram uma queda de 2,7% durante as negociações de terça-feira (21), após a divulgação de seus resultados trimestrais, com as projeções da empresa deixando os investidores desapontados. Embora a empresa tenha atingido ou superado ligeiramente as expectativas do mercado, sua projeção para o próximo trimestre não foi suficiente para impressionar.

A Palo Alto Networks, empresa global de segurança cibernética, também é negociada na B3 através da BDR (BOV:P2AN34).

Resultados do 1T24

No trimestre encerrado em 30 de abril, Palo Alto registrou um aumento de 20% nos lucros ajustados, atingindo US$ 1,32 por ação, e um aumento de 15% na receita, totalizando US$ 2 bilhões, incluindo receitas de aquisições. Embora os analistas esperassem lucro de US$ 1,25 por ação com vendas de US$ 1,97 bilhão, a empresa superou essas expectativas.

No entanto, o crescimento do faturamento ficou um pouco aquém das estimativas, aumentando apenas 3,4% em relação ao período anterior, alcançando US$ 2,334 bilhões, enquanto as projeções esperavam um crescimento de 3,7%.

Perspectivas

Para o ano fiscal de 2023, Palo Alto registrou um aumento de 23% na receita, atingindo US$ 9,2 bilhões.

Para o trimestre atual, encerrado em julho, a empresa previu um lucro de US$ 1,41 por ação, em linha com as expectativas, e uma receita de US$ 2,16 bilhões, também em linha com as estimativas. Para o quarto trimestre fiscal, a projeção de faturamento está na faixa de US$ 3,43 bilhões a US$ 3,48 bilhões, representando um crescimento de 9% a 10%, contra estimativas de US$ 3,45 bilhões.

Embora as vendas de dispositivos de rede firewall tenham desacelerado, Palo Alto está expandindo sua presença com uma plataforma de segurança baseada em nuvem, impulsionando a receita de software em nuvem, que está se tornando uma parte significativa das vendas totais.

Avaliações

As expectativas em relação às previsões da Palo Alto Networks foram revisadas para baixo por alguns analistas, que expressaram preocupação com a possibilidade de as estimativas para o próximo ano estarem em risco. John DiFucci, do Guggenheim, destacou que a empresa ficou aquém das expectativas dos compradores, levantando dúvidas sobre a eficácia de sua estratégia.

Rob Owens, da Piper Sandler, também expressou uma visão cautelosa, ressaltando que um resultado em linha com as expectativas não era o que muitos investidores esperavam após a redução das expectativas no trimestre anterior.

Apesar das preocupações, alguns analistas como Peter Levine, da Evercore ISI, e Jonathan Ho, da William Blair, mantiveram uma visão otimista sobre a Palo Alto Networks, enfatizando a defensabilidade do ciberespaço e o potencial de crescimento futuro da empresa.

Enquanto isso, a Palo Alto Networks sinalizou sinais de progresso com sua abordagem de “platformização”, mas os investidores permanecem cautelosos em meio a incertezas sobre sua execução estratégica e o impacto das mudanças nos termos de pagamento sobre o faturamento futuro.