O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, pressionado pelas ações da Petrobras e da Vale, em uma sessão de perdas para commodities nos mercados internacionais, na véspera das decisões de juros do Federal Reserve e do Banco Central. Nos Estados Unidos, papéis tecnológicos viveram um “selloff”.
O índice Bovespa encerrou com queda de 0,64%, aos 126.139 pontos. O volume ficou em R$ 16,9 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. Os papéis da Petrobras e da Vale ficaram entre as principais baixas do dia, de olho no recuo do petróleo e do minério.
Os juros futuros encerraram a sessão em queda de até 7,5 pontos-base, em linha com as Treasuries yields, às vésperas da decisão de juros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). O dólar à vista fechou em queda de 0,10% a R$5,6197, enquanto o índice Dólar DXY operava ao fim da tarde em leve queda de 0,02%, aos 104,55 pontos.
No cenário local, operadores calibraram expectativas em relação à decisão de juros pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que deve amanhã manter o juro inalterado, em 10,50% ao ano, em decisão unânime – embora com um pano de fundo para os mercados locais que se tornou mais complexo desde a última reunião do colegiado, em junho, que poderá se refletir em uma piora do balanço de riscos e a possibilidade de um tom mais duro na comunicação.
Durante a tarde, operadores avaliaram a divulgação pelo Ministério do Trabalho e Emprego de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou a abertura de 201.705 vagas formais de trabalho em junho, acima da expectativa de economistas, que apontava para a criação de 160 mil vagas. O saldo de junho foi o maior para o mês desde 2022.
O mercado também avaliou a divulgação dos preços ao produtor, que aceleraram com força e subiram 1,28% em junho, ante alta de 0,36% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o quinto mês seguido de avanço para o indicador, que levou o PPI acumulado em 12 meses a uma alta de 4,19%.
Os principais índices acionários em Wall Street encerraram sem direção definida, com destaque para o Nasdaq 100, que foi pressionado pela queda das ações de tecnologia, enquanto investidores se prepararam para a divulgação de resultados da Microsoft após o fechamento. Além disso, operadores também calibram apostas para a decisão de juros pelo Federal Reserve amanhã.
Os índices S&P500 e o Nasdaq 100 recuaram 0,50% e 1,28%, respectivamente, enquanto o Dow Jones avançou 0,50%. Os Treasuries yields de dois anos cederam 4,1 pbs e 3,3 pbs, a 4,363% e 4,143%, respectivamente.
O Federal Reserve deverá manter os juros inalterados no atual patamar de 5,25% a 5,50% na decisão desta quarta-feira, pela oitava vez consecutiva, mas devendo sinalizar que o progresso no processo de desinflação foi retomado.
Investidores se dividem, no entanto, sobre se o FOMC sinalizaria, explicitamente, na decisão desta quarta um potencial corte de juro na reunião de setembro, conforme precificado majoritariamente pelos operadores, de acordo com dados da Chicago Mercantile Exchange (CME).
O foco de operadores e analistas estará no comunicado sobre a decisão e nas falas do chair do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa, de olho em quaisquer pistas sobre quando exatamente poderia ocorrer um primeiro corte nas Fed Funds.
Logo após o encerramento do pregão de hoje, a Microsoft irá divulgar seus resultados trimestrais e investidores estão atentos principalmente para os guidances que a companhia vai divulgar para os próximos trimestres, além de novas avaliações sobre retornos financeiros oriundos do frenesi em torno de Inteligência Artificial.
As ações da Meta, Amazon e Apple, com divulgações de resultados programadas para o final desta semana, também sofreram pressão vendedora, e a Nvidia liderou as perdas percentuais entre as big techs, recuando 7,08%, a US$103,69, na maior queda percentual desde 24 de julho.
A temporada de balanços corporativos nos EUA apresentou lucros sólidos até agora. Dos mais de 230 nomes do S&P500 que reportaram, cerca de 80% superaram as expectativas de lucros, de acordo com dados da FactSet.
No mercado de câmbio, o iene japonês avançava ante o dólar americano, após relatos da mídia japonesa indicarem que o Banco do Japão estaria considerando uma alta da taxa básica de juros, a 0,25%, na decisão monetária desta noite, enquanto também avaliará a velocidade com que realizaria a redução das compras mensais de títulos japoneses.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/07/2024 | 0,65% | 124,718,07 | R$ 20,51 bilhões |
02/07/2024 | 0,06% | 124.787,08 | R$ 19,8 bilhões |
03/07/2024 | 0,70% | 125.661,89 | R$ 21,4 bilhões |
04/07/2024 | 0,40% | 126.163,98 | R$ 16,3 bilhões |
05/07/2024 | 0,08% | 126.267,05 | R$ 19,8 bilhões |
08/07/2024 | 0,22% | 126.548,34 | R$ 19,2 bilhões |
09/07/2024 | 0,44% | 127.108,22 | R$ 16,2 bilhões |
10/07/2024 | 0,09% | 127.218,24 | R$ 20,0 bilhões |
11/07/2024 | 0,85% | 128.293,61 | R$ 19,7 bilhões |
12/07/2024 | 0,47% | 128.896,98 | R$ 17,4 bilhões |
15/07/2024 | 0,33% | 129.320,96 | R$ 15,3 bilhões |
16/07/2024 | -0,16% | 129.110,38 | R$ 17,8 bilhões |
17/07/2024 | 0,26% | 129.450,32 | R$ 18,1 bilhões |
18/07/2024 | -1,39% | 127.652,06 | R$ 20 bilhões |
19/07/2024 | -0,03% | 127.616,46 | R$ 21,9 bilhões |
22/07/2024 | 0,19% | 127.859,63 | R$ 17 bilhões |
23/07/2024 | -0,99% | 126.589,84 | R$ 18,9 bilhões |
24/07/2024 | -0,13% | 126.422,73 | R$ 18,2 bilhões |
25/07/2024 | -0,37% | 125.954,09 | R$ 17,4 bilhões |
26/07/2024 | 1,22% | 127.492,49 | R$ 22,5 bilhões |
29/07/2024 | -0,42% | 126.953,86 | R$ 17,5 bilhões |
30/07/2024 | -0,64% | 126.139,21 | R$ 16,9 bilhões |
DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)
- ALTAS IBOVESPA
USIM5: +4,63% a R$ 6,33
EMBR3: +4,26% a R$ 42,85
MRFG3: +2,95% a R$ 11,53
JBSS3: +2,92% a R$ 34,56
AZUL4: +2,26% a R$ 8,15
- BAIXAS IBOVESPA
SMTO3: -4,41% a R$ 28,42
LREN3: −3,55% a R$ 13,03
COGN3: −3,21% a R$ 1,51
NTCO3: −2,94% a R$ 14,86
EZTC3: −2,61% a R$ 13,08
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Americanas (AMER3)
A Americanas, em recuperação judicial, divulgou o detalhamento dos pagamentos aos credores com a quantidade de novas ações ordinárias e dos bônus de subscrição distribuídos. Saiba mais…
Boa Safra (SOJA3)
A Boa Safra Sementes informou a conclusão da construção do centro de distribuição em Ribeirão Cascalheira, no Estado do Mato Grosso. Saiba mais…
Casas Bahia (BHIA3)
O Grupo Casas Bahia prepara sua 10ª emissão de debêntures simples, em três séries, sendo a 1ª e a 3ª séries simples, não conversíveis em ações e a 2ª série conversível em ações, no valor de R$ 4,079 bilhões. Saiba mais…
CCR (CCRO3)
A CCR, empresa de concessões de infraestrutura, reportou um aumento no lucro líquido ajustado do segundo trimestre de 2024, alcançando R$ 411 milhões, cifra 102,1% superior em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado, segundo a empresa, foi marcado por um aumento no tráfego nas rodovias sob seu controle e por uma melhoria na sua eficiência operacional. O lucro líquido sem ajustes ficou em R$ 267,93 milhões. Saiba mais…
CSN (CSNA3)
A CSN afirmou que não está descumprindo decisão judicial envolvendo a venda de ações da Usiminas, argumentando que não houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação dos papéis. Saiba mais…
Enauta (ENAT3)
A Enauta informou a finalização das conexões do sistema submarino e das linhas com o FPSO Atlanta, o que marca a conclusão para o início da extração de petróleo. Saiba mais…
Equatorial (EQTL3)
A Equatorial informou que no dia 27 de julho de 2024 se iniciou a operação comercial total da Usina Fotovoltaica Barreiras I (UFV Barreiras 1). Saiba mais…
Klabin (KLBN11)
A Klabin registrou lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 68% ante o mesmo período do ano anterior. Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, o resultado foi 31% menor, segundo balanço divulgado pela companhia. Saiba mais…
Kora Saúde (KRSA3)
A Kora Saúde informou que os acionistas controladores da companhia, Fuji Brasil Partners IC e Viso Advantage, não irão prosseguir com o lançamento da oferta pública de aquisição de ações (OPA). Saiba mais…
Log CP (LOGG3)
A Log CP submeteu ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a análise de uma potencial transação de venda do ativo LOG Goiânia I, prevista em um Memorando de Entendimentos (MoU) celebrado com o Pátria LOG – Fundo de Investimento Imobiliário. O valor da operação é de R$ 135 milhões. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. Saiba mais…
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, assinaram na segunda-feira, 29, um acordo para prevenir e combater a corrupção. A parceria partiu da própria estatal, que procurou o governo a fim de gerar informações estratégicas para prevenir, detectar e combater irregularidades. Saiba mais…
Telefônica Brasil (VIVT3)
O lucro líquido da Telefônica Brasil, dona da Vivo, cresceu 8,9% no segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, chegando a R$ 1,222 bilhão, de acordo com balanço. Saiba mais…
(Com informações da TC Mover e Momento B3)