A Azul encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões, alta de 31,3% sobre a perda de um ano antes, com queda no resultado operacional e forte impacto de variação cambial, divulgou a companhia aérea.
A empresa ainda cortou projeções de desempenho para este ano, revisando para baixo a perspectiva de crescimento de oferta e de Ebitda e ampliando a projeção de alavancagem.
Já o resultado operacional caiu 25,5% na mesma base comparativa, para R$ 441,2 milhões.
O Ebitda, por sua vez, atingiu R$ 1,052 bilhão, recuo anual de 9%. Com isso, a margem Ebitda ficou em 25,2%, 1,9 ponto porcentual menor do que no segundo trimestre de 2023.
A receita líquida total totalizou R$ 4,172 bilhões, 2,3% abaixo do mesmo período do ano passado.
O resultado reflete, principalmente, o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul na operação e a redução temporária de capacidade internacional, que caiu 8,0% ano contra ano, segundo o release de resultados.
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“Sem esses impactos, estimamos que nossas receitas líquidas teriam ficado acima do segundo trimestre de 2023”, diz a companhia.
O CASK no 2T24 foi de R$ 34,18 centavos, uma redução de 1,8% comparado com o 2T23, como resultado de ganhos de eficiência operacional e maior utilização de aeronaves de última geração, parcialmente compensado pela desvalorização média do real em relação ao dólar americano em 5,3%, com preços de combustíveis 1,4% mais elevados e à inflação de 4,2% nos últimos 12 meses.
O tráfego de passageiros (RPK) cresceu 3,9% em relação a um crescimento de capacidade de 3,4%, resultando em uma taxa de ocupação de 80,3%.
As despesas operacionais foram de R$ 3,7 bilhões, 1,5% maior em comparação com 2T23 explicado principalmente pelo aumento na capacidade total de 3,4%, a depreciação de 5,3% do real em relação ao dólar norte-americano e pelo aumento de 1,4% no preço do combustível, parcialmente compensados pela nossa maior produtividade e pelas iniciativas de redução de custo.
Em 30 de junho de 2024, a Azul tinha uma frota operacional de 182 aeronaves de passageiros e uma frota contratual de 183 aeronaves de passageiros, com uma idade média de 7,2 anos excluindo aeronaves Cessna.
Ao final do 2T24, a aeronave não incluída em nossa frota operacional de passageiros consistia em 1 Embraer E1s subarrendado para a Breeze. A Azul terminou o 2T24 com aproximadamente 83% de sua capacidade proveniente de aeronaves de nova geração, consideravelmente superior a qualquer competidor na região.
Os investimentos líquidos totalizaram R$ 305,5 milhões no 2T24 principalmente devido à capitalização de eventos de manutenção de motores e à aquisição de peças de reposição no trimestre.
A dívida bruta aumentou R$ 3.722,6 milhões para R$ 28.106,7 milhões, principalmente devido à depreciação de 11,7% no final do período do real em relação ao dólar americano no trimestre, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira, além da emissão de debêntures locais, parcialmente compensados pelo nosso processo contínuo de desalavancagem com R$ 1,5 bilhão em amortização de dívidas e arrendamento.
Os resultados da Azul (BOV:AZUL4) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 12/08/2024.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão