A Blau Farmacêutica reportou lucro líquido de R$ 52 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 25% na comparação com os R$ 70 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.
A Receita Líquida do 2T24 cresceu 28% em relação ao 2T23 e atingiu o recorde trimestral de R$ 465 milhões, com contribuição positiva tanto do Segmento Hospitalar, composto pela BU de Onco-Hemato e Especialidades (85% da Receita), quanto do Segmento de Varejo+Estética+Plasma, que ganhou 300bps de participação na Receita do 2T24 vs. 2T23, para aproximadamente 15%. Temos convicção que a segregação da área comercial em BUs foi fundamental para esse desempenho, uma vez que traz gestão focada e soluções mais adequadas para as necessidades específicas em cada um dos mercados.
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O Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 91 milhões, com margem de 19,6%, uma queda após o Ebitda de R$ 94 milhões do segundo trimestre de 2023, com margem de 26%. Em base trimestral, o Ebitda avançou 41%, com alta de 1,6 ponto percentual na margem.
O Lucro Bruto atingiu R$ 170 milhões no 2T24, crescimento de 42% em relação ao 1T24, seguindo a tendência de recuperação sequencial da Margem Bruta, que se elevou em 320 bps no período, para 36,5%.
As vendas cresceram 23% em base anual no segmento hospitalar, que representa 85% do faturamento da empresa. Já as vendas combinadas de varejo, estética e plasma tiveram alta de 62% em base anual. A empresa não divulga o crescimento das unidades separadamente.
As despesas com Vendas atingiram R$ 29 milhões ou 6,2% da Receita Líquida no 2T24, R$ 7 milhões acima do 1T24, mas estável em relação à Receita, com a diluição do custo fixo compensando maior despesa variável pelo aumento das vendas.
As despesas Gerais & Administrativas totalizaram R$ 43 milhões ou 9,1% da Receita no 2T24, aumento de R$ 1 milhões em relação ao 1T24, mas diluição de 250bps em relação à Receita. Excluindo as despesas não recorrentes, o montante recorrente foi de R$ 40 milhões ou 8,3% da Receita, aumento de R$ 1 milhão em relação ao 1T24, mas diluição de 230bps sobre a Receita.
As despesas de PD&I atingiram R$ 6 milhões ou 1,3% da Receita Líquida no 2T24, redução de R$ 1 milhão vs. 1T24 e diluição de 70bps em relação à Receita. O Aumento do número de projetos em fase anterior à submissão para registro fez aumentar a parcela que é capitalizada, e consequentemente, reduzir a parcela na despesa. O total investido em PD&I nos últimos 12 meses, período mais adequado para analisar, incluindo despesa e intangível, foi de R$ 150 milhões, ou 9,5% da Receita.
O CAPEX do 2T24 atingiu R$ 69 milhões, aumento de R$ 22 milhões em relação ao 1T24, explicado principalmente pelo aumento do intangível, que teve um impacto pontual do andamento de projetos de desenvolvimento de produtos relevantes de Imuno-Oncologia, predominantemente biológicos. Apesar da oscilação trimestral, o nível apresentado no semestre é adequado.
A Dívida Bruta totalizou R$ 519 milhões no 2T24, composta por R$ 153 milhões da debênture BLAU13 (CDI+1,10% a.a.), R$ 361 milhões da debênture BLAU16 (CDI+1,68% a.a.) e R$ 5 milhões de outros empréstimos e financiamentos bancários. A redução de R$ 47 milhões no período aconteceu principalmente pela amortização de parcela da BLAU13. Já o montante de Caixa e Aplicações financeiras totalizou R$ 376 milhões no 2T24, redução de R$ 72 milhões em relação ao 1T24, pelos fatores já explicados na seção de fluxo de caixa.
Como resultado das variações acima, a Companhia encerrou o 2T24 com Dívida Líquida de R$ 143 milhões, aumento de R$ 25 milhões em relação ao 1T24. A alavancagem ficou em 0,4x no 2T24, aumento de 0,1x vs. 1T24. No 2T23, a Companhia ainda era caixa líquido, porque ainda não havia realizado o investimento na Prothya, que viria a acontecer no 3T23.
Os resultados da Blau Farmacêutica (BOV:BLAU3) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 07/08/2024.