A CrowdStrike (NASDAQ:CWRD) apresentou resultados financeiros no segundo trimestre que superaram as expectativas dos analistas, com lucro por ação ajustado de US$ 1,04 e receita de US$ 963,9 milhões. Esse desempenho representou um crescimento de 32% na receita em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, as ações da empresa caíram no pós-mercado devido à redução das projeções para o ano fiscal de 2025.
A CrowdStrike também é negociada na B3 através da BDR (BOV:C2RW34).
A queda nas ações também foi influenciada por uma falha significativa ocorrida em 19 de julho, quando uma atualização defeituosa da CrowdStrike causou travamentos em milhões de computadores que utilizavam o sistema operacional Windows. Essa paralisação resultou em cancelamentos de voos, atrasos em entregas e adiamentos de consultas médicas, o que gerou ações judiciais contra a empresa, inclusive por grandes clientes como a Delta Air Lines.
A direção da CrowdStrike agora projeta lucros ajustados entre US$ 3,61 e US$ 3,65 por ação para o ano fiscal de 2025, abaixo da previsão anterior de até US$ 4,03 por ação. A receita anual esperada também foi revisada para uma faixa entre US$ 3,89 bilhões e US$ 3,90 bilhões, abaixo da estimativa média dos analistas de US$ 3,96 bilhões.
O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, pediu desculpas pelo incidente e garantiu que a empresa está comprometida em evitar problemas futuros. Apesar da gravidade da paralisação, a CrowdStrike destacou que o impacto financeiro foi mitigado por medidas corretivas rápidas e o contínuo comprometimento com seus clientes.
A empresa também afirmou que, apesar do incidente, sua oportunidade de mercado permanece sólida, com a plataforma Falcon continuando a ser uma ferramenta vital para a segurança cibernética em um ambiente de ameaças em rápida evolução. A CrowdStrike confia que sua inovação contínua ajudará a alcançar as metas de longo prazo.
Mesmo com a queda recente nas ações, a CrowdStrike se manteve resiliente, recuperando parte das perdas após a crise. Antes da divulgação do relatório, as ações haviam subido 4% neste ano, embora o desempenho do índice S&P 500 tenha superado esse ganho no mesmo período.
A CrowdStrike enfrentou um trimestre desafiador, com fortes resultados financeiros que foram ofuscados por problemas operacionais e a consequente redução de suas projeções anuais. A resposta da empresa a esses desafios será crucial para determinar sua trajetória futura no mercado de segurança cibernética.