O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, reagindo a diversos balanços corporativos, incluindo Petrobras, Suzano e Magazine Luiza, e com operadores repercutindo declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acerca do compromisso da diretoria do BC com a meta após sua saída da instituição, que contribuíram para queda acentuada dos vértices da curva.
O índice Bovespa encerrou com ganhos de 1,52%, aos 130.614 pontos. O volume ficou em R$ 26,5 bilhões, acima da média de 50 pregões. Em termos semanais o Ibovespa acumulou ganhos de 3,78%, no melhor desempenho semanal desde outubro de 2023.
Os juros futuros encerraram a sessão em movimento de ‘Bull Flattening’, com a cauda curta recuando 11 pontos-base e a longa cedendo 25 pontos-base, em movimento que ganhou tração após falas de Campos Neto, na esteira de comentários feitos na véspera pelo diretor de Política Monetária da autarquia, Gabriel Galípolo, considerados “hawkish”.
O dólar à vista fechou em queda de 1,05% a R$5,5151. Desde segunda-feira, o dólar futuro acumula queda superior a 4%, maior recuo semanal desde outubro de 2022. O índice Dólar DXY operava ao fim da tarde em leve alta de 0,09%, aos 103,13 pontos.
O movimento reflete reação positiva do mercado ao discurso mais duro de Galípolo na véspera, compensando dado de inflação acima do esperado, em tom reforçado por Campos Neto nesta sexta, quando RCN afirmou ter confiança no compromisso com a meta de inflação mesmo após sua saída. Também segundo Campos, o BC dirimiu ruídos que pudessem existir em termos de quão técnicas são as decisões monetárias.
Já na véspera, Galípolo afirmou que em sua opinião, o atual balanço de riscos é assimétrico, e que um cenário alternativo para a inflação no primeiro trimestre de 2026 rodando em 3,2% é “desconfortável” para o BC, dado que se encontraria acima da meta de inflação. Ele também disse que o Copom tem todas as possibilidades em aberto, incluindo uma alta de juros, se necessária.
No cenário local, investidores reagem principalmente a balanços corporativos e à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acelerou para 0,38% em julho, acima do consenso, de 0,35%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, também acima do consenso, de 4,47%.
De acordo com analistas do Itaú, apesar de um qualitativo pior do que o esperado e com uma inflação de serviços subjacente mostrando aceleração significativa em relação ao mês passado, o ponto positivo foi a difusão do indicador, de 46,95% em julho, no menor patamar do ano.
No âmbito corporativo, investidores reagem a resultados divulgados ontem à noite e hoje pela manhã, como Petrobras, Suzano, Hapvida, Magazine Luiza, Sabesp, Sanepar, Ambipar e outros.
Magazine Luiza, Lojas Renner, Suzano e Sabesp foram destaques positivos, com balanços vistos como fortes e acima do previsto por analistas. Petrobras foi a surpresa negativa, com resultado operacional abaixo do consenso e prejuízo de R$2,6 bilhões no segundo trimestre, primeira perda líquida da empresa desde o terceiro trimestre de 2020.
A Petrobras ainda anunciou R$ 13,57 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio, R$1,05 por ação, enquanto o mercado aguardava cerca de R$15 bilhões.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as PN do Itaú, as ON da B3 e da Sabesp, que avançaram 2,70%, 5,90% e 5,05%, na sequência.
Os principais índices acionários em Wall Street encerraram em alta, em um dia sem grandes catalisadores, em que operadores seguiam repercutindo falas de membros do Federal Reserve para direcionar seus racionais de investimento, com papéis tecnológicos liderando alta entre segmentos do S&P500.
Os índices Dow Jones, S&P500 e o Nasdaq 100 avançaram 0,13%, 0,47% e 0,51%, respectivamente. Em termos semanais, os índices S&P500, Dow Jones e Nasdaq 100 subiram/recuaram. Treasuries yields de dois anos avançaram 0,7%, a 4,049% e dez anos recuaram 5,2 pbs, a 3,940%.
Mais recentemente, membros do Federal Reserve têm demonstrado cautela diante do aumento de expectativas de recessão econômica nos Estados Unidos. Ontem, o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, enfatizou a necessidade de o Fed avaliar cuidadosamente se a economia está normalizando ou se enfrenta uma desaceleração que exigiria intervenção. Ele é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) neste ano.
Pesquisa da Bloomberg com economistas apontou que 80% dos entrevistados crê que o FOMC lançará mão de um corte de 25 pontos-base da taxa-alvo Fed Funds em setembro. Também de acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados crê em um pouso suave da economia norte-americana, enquanto uma minoria, de 22%, aposta em uma recessão. 60% dos entrevistados descreve o mercado de trabalho como “sólido”, ainda que com uma desaceleração.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/08/2024 | -0,20% | 127.395,10 | R$ 23,6 bilhões |
02/08/2024 | -1,21% | 125.854,09 | R$ 23,8 bilhões |
05/08/2024 | -0,46% | 125.269,54 | R$ 25,3 bilhões |
06/08/2024 | 0,80% | 126.266,70 | R$ 22,4 bilhões |
07/08/2024 | 0,99% | 127.513,88 | R$ 21 bilhões |
08/08/2024 | 0,90% | 128.660,88 | R$ 20,3 bilhões |
09/08/2024 | 1,52% | 130.614,59 | R$ 26,5 bilhões |
DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)
- ALTAS IBOVESPA
VIVA3: +7,38% a R$ 26,47
LREN3: +6,41% a R$ 15,43
B3SA3: +5,73% a R$ 12,00
RRP33: +5,17% a R$ 29,32
CYRE3: +5,04% a R$ 21,69
- BAIXAS IBOVESPA
ALPA4: -4,12% a R$ 8,37
YDUQ3: −3,83% a R$ 10,29
HAPV3: −2,67% a R$ 4,38
RAIL3: −1,64% a R$ 23,43
ASAI3: −1,53% a R$ 10,29
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
Alpargatas (ALPA4)
A Alpargatas, dona da marca Havaianas, registrou lucro líquido consolidado de R$ 23,4 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 53,1 milhões registrado em igual período de 2023. Saiba mais…
Alupar (ALUP11)
A Alupar registrou lucro líquido regulatório consolidado de R$ 248,2 milhões no segundo trimestre deste ano, redução de 26,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No semestre, o lucro regulatório da empresa totalizou R$ 514,8 milhões, redução de 12,3% em comparação com o mesmo período de 2023. Saiba mais…
Ambipar (AMBP3)
A Ambipar registrou prejuízo de R$ 140 milhões no segundo trimestre, valor mais de quatro vezes superior ao prejuízo de R$ 33,1 milhões apresentado no mesmo período do ano anterior. Saiba mais…
Ânima (ANIM3)
A Ânima registrou prejuízo atribuível aos acionistas de R$ 14,7 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), valor 85,6% menor ante o 2T24, informou a empresa. Saiba mais…
Assaí (ASAI3)
O Assaí apresentou lucro líquido de R$ 123 milhões no segundo trimestre de 2024, uma queda de 21,2% sobre o mesmo período de 2023. Saiba mais…
B3 (B3SA3)
A B3 informou que está ampliando seu programa de recompra em 110 milhões de ações, para 340 milhões de papéis, após apurar um crescimento de 5% no lucro líquido recorrente do segundo trimestre na comparação ano a ano. Saiba mais…
A B3 reportou lucro líquido de R$ 1,22 bilhão no segundo trimestre deste ano, representando crescimento de 5% ante igual etapa do ano anterior. Saiba mais…
Boa Safra (SOJA3)
A Boa Safra, produtora brasileira de sementes de soja, obteve lucro líquido de R$ 18,1 milhões no segundo trimestre de 2024. O resultado representa queda de 34,92% em comparação a igual período de 2023, quando o lucro foi de R$ 27,8 milhões, informou a companhia. Saiba mais…
Br Partners (BRBI11)
O banco de investimento BR Partners conseguiu recordes de lucro e receita em seus resultados financeiros este do ano, ajudado pelo recorde de emissões de renda fixa no mercado e assessoria de fusões e aquisições, além de participar em reestruturação de dívidas de empresas. No segundo trimestre, o lucro liquido foi de R$ 52 milhões, aumento de 34% em relação ao mesmo período de 2023. Saiba mais…
Bradesco (BBDC3/BBDC4)
O Banco Bradesco anunciou que, por meio de sua controlada direta, Bradesco Holding de Investimentos, celebrou um acordo de investimentos com a John Deere Brasil, subsidiária integral da Deere & Company (USA), por meio do qual o Bradesco fará um aporte de capital para deter 50% de participação do Banco John Deere. Saiba mais…
Caixa Seguridade (CXSE3)
A Caixa Seguridade registrou queda de 6,4% no lucro líquido recorrente no segundo trimestre de 2024 em relação a igual período do ano passado, em R$ 770 milhões. Saiba mais…
CPFL Energia (CPFE3)
Em um segundo trimestre marcado por um forte desafio operacional para superar os problemas provocados pelas inundações no Rio Grande do Sul, a CPFL Energia registrou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, o que representa uma queda de 11,8% em relação ao reportado no mesmo período do ano passado. Com isso, no acumulado nos primeiros seis meses deste ano o lucro líquido alcançou R$ 2,855 bilhões, montante 1,5% menor na comparação anual. Saiba mais…
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela Brazil Realty apresentou lucro líquido de R$ 412 milhões no segundo trimestre de 2024, aumento de 47% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com balanço publicado. Saiba mais…
Hapvida (HAPV3)
O lucro líquido ajustado da Hapvida mais que dobrou no segundo trimestre quando comparado com o mesmo período do ano passado, para R$ 490,2 milhões, conforme resultado. Saiba mais…
Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner apresentou lucro líquido de R$ 315 milhões no segundo trimestre de 2024, alta de 37,1% em relação ao mesmo período de 2023. O Ebitda ajustado foi R$ 670,5 milhões, ganho anual de 39,2%. Já a receita líquida foi de R$ 3,079 bilhões, com avanço de 3,2%. Saiba mais…
Magazine Luiza (MGLU3)
A rede varejista Magazine Luiza reverteu prejuízo de R$ 198,8 milhões, reportado no segundo trimestre de 2023, para um lucro líquido recorrente de R$ 37,4 milhões, no período de abril a junho deste ano. Com esse ganho na última linha do balanço, a empresa fechou o seu terceiro trimestre consecutivo no positivo. Saiba mais…
Méliuz (CASH3)
A Méliuz teve prejuízo consolidado de R$ 60,8 milhões, ante o prejuízo de R$ 6,3 milhões do mesmo período do ano passado. Com ajuste, houve lucro líquido consolidado de R$ 22 milhões, ante o prejuízo ajustado de R$ 6,9 milhões. Saiba mais…
A empresa de tecnologia Méliuz vai restituir aos acionistas o valor de R$ 2,52713563580 por ação, em função da redução de capital no valor de R$ 220 milhões aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 28 de junho de 2024. Saiba mais…
Mitre (MTRE3)
A Mitre registrou lucro líquido de R$ 12,3 milhões no segundo trimestre, queda de 78% com o mesmo período do ano passado, quando a incorporadora vendeu participação em um de seus projetos, o Haus Mitre NY, o que inflou o resultado daquele período. Saiba mais…
Mobly (MBLY3)
A varejista de móveis e decoração Mobly comprou o controle da concorrente Tok&Stok. A união entre as duas companhias, que será feita por meio de troca de ações, cria uma gigante do segmento, com receitas anuais de R$ 1,6 bilhão. Saiba mais…
Oi (OIBR3/OIBR4)
A empresa de telefonia Oi celebrou instrumentos para financiamento e reestruturação de dívida previstos em seu plano de recuperação judicial. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras divulgou resultado do segundo trimestre de 2024, com números que surpreenderam negativamente, ficando abaixo do consenso esperado. Esse foi o primeiro prejuízo trimestral da empresa desde o terceiro trimestre de 2020. Saiba mais…
Petrorecôncavo (RECV3)
A PetroReconcavo reportou lucro líquido de R$ 136,2 milhões no segundo trimestre deste ano, avanço de 24% versus um ano antes, conforme relatório de resultados. Saiba mais…
Sabesp (SBSP3)
A Sabesp reportou lucro líquido de R$ 1,209 bilhão no segundo trimestre de 2024. O montante representa uma alta de 62,6% em relação ao mesmo período de 2023. Saiba mais…
Simpar (SIMH3)
A Simpar registrou lucro líquido de R$ 159 milhões, com crescimento de 59% em relação ao observado no mesmo período de 2023. Com ajuste, o lucro seria de R$ 185 milhões, revertendo prejuízo de R$ 55,6 milhões do 2T23. Saiba mais…
Suzano (SUZB3)
A Suzano registrou prejuízo líquido no segundo trimestre de 2024 de R$ 3,766 bilhões, uma inversão ante o resultado positivo de R$ 5,078 bilhões do mesmo período de 2023, informou a companhia. Também houve inversão de desempenho no resultado trimestral, visto que no intervalo de janeiro a março a companhia apurou R$ 220 milhões de lucro. Saiba mais…
O conselho de administração da Suzano aprovou um novo programa de recompra de ações. Saiba mais…
Tupy (TUPY3)
A Tupy informou que sua subsidiária MWM-Tupy do Brasil, assinou Memorando de Entendimento para desenvolvimento de novo projeto com a Seara Alimentos, empresa líder na produção de alimentos e parte do Grupo JBS, para uma bioplanta destinada à produção de fertilizante organomineral, biometano e dióxido de carbono (CO₂) a partir de resíduos da suinocultura e avicultura. Saiba mais…
Unipar (UNIP3/UNIP6)
A Unipar, maior produtora de cloro e soda da América do Sul e segunda maior em PVC, registrou lucro líquido de R$ 89 milhões no segundo trimestre de 2024, o valor representa uma queda de 52% na comparação com igual período do ano anterior, segundo o balanço da empresa divulgado na noite desta quinta-feira, 8. No comparativo trimestral, o resultado da empresa foi 59% maior. Saiba mais…
Vale (VALE3)
A Vale esclareceu que a barragem Forquilha V, localizada na mina de Fábrica, em Ouro Preto (MG), permanece com condições de estabilidade adequadas e inalteradas. Saiba mais…
Vivara (VIVA3)
A Vivara registrou lucro líquido de R$ 210,96 milhões no segundo trimestre de 2024, um avanço de 91,8% frente os R$ 109,98 milhões do 2T23. Saiba mais…
Wiz (WIZC3)
O Grupo Wiz Co reportou lucro líquido ajustado de R$ 99,8 milhões no segundo trimestre de 2024, 37,9% a mais do que os R$ 72,4 milhões do mesmo período de 2023. Saiba mais…
Yduqs (YDUQ3)
O lucro líquido da Yduqs somou R$ 24,8 milhões no segundo trimestre de 2024, queda de 22,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. No critério ajustado, contudo, o lucro líquido apresentou alta de 9,1% na mesma base de comparação, para R$ 56,2 milhões. Saiba mais…
Zamp (ZAMP3)
A Zamp informou que foi declarada vencedora do processo competitivo para adquirir “determinados bens e direitos” que integram as operações das lojas Starbucks no Brasil. Saiba mais…
(Com informações da TC Mover e Momento B3)