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Itaú Unibanco (ITUB4): lucro líquido de R$ 10 bilhões no 2T24, crescimento de 15,2%

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O Itaú Unibanco registrou lucro líquido de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período de 2023. Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 3,1%.

O resultado do maior banco da América Latina foi impulsionado por diferentes fatores. Os índices de inadimplência tiveram queda de 0,3 ponto porcentual em um ano, para 2,7%, considerando os atrasos acima de 90 dias. Com isso, o custo de crédito do Itaú recuou 6,7%, para R$ 8,812 bilhões, ao mesmo tempo que o ritmo de crescimento da carteira acelerou em relação ao primeiro trimestre.

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A carteira de crédito do Itaú subiu 8,9% em um ano, para R$ 1,254 trilhão em junho. Se desconsiderados os efeitos da variação cambial, o crescimento foi de 7,1%, para o mesmo montante. O portfólio de grandes empresas no Brasil foi o de crescimento mais acelerado, com alta de 16,3% em um ano, para R$ 408,5 bilhões. Em pessoas físicas, a alta do crédito foi de 3,2% em um ano, para R$ 418,3 bilhões.

Já no segmento de cartões de crédito, houve um aumento de 2% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 130,9 bilhões no fim de junho. O Itaú é o maior emissor de cartões do Brasil. No crédito pessoal, por outro lado, a alta foi de 9,4%, a maior da carteira pessoa física, chegando a R$ 63,2 bilhões.

As operações para micro, pequenas e médias empresas chegaram a R$ 198,2 bilhões em junho, alta de 12,5% em um ano. Nas operações para pessoas jurídicas, o maior crescimento foi no crédito rural, com avanço de 46,3%, para R$ 21,4 bilhões.

“Estamos bastante satisfeitos com os resultados consistentes deste trimestre, que demonstram a força e a solidez das nossas diferentes linhas de negócios”, diz em nota o presidente do Itaú, Milton Maluhy. “Vemos com muito otimismo o que vem pela frente, impulsionados por uma agenda robusta de inovações totalmente focadas na melhor experiência dos nossos clientes.”

O Itaú encerrou junho com R$ 2,931 trilhões em ativos, com alta 13,4%, em um ano, e de 5,1% em um trimestre. O patrimônio líquido era de R$ 183,788 bilhões, número 8,6% maior que um ano antes, e o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) subiu 1,5 ponto porcentual no mesmo período, chegando a 22,4%.

Receitas

A receita total do Itaú, chamada pelo banco de produto bancário, foi de R$ 41,811 bilhões, um crescimento 7,7%, em um ano, e de 3,6% em três meses. O número soma as margens com juros e as receitas com serviços.

A margem financeira subiu 6,4% em um ano, para R$ 27,665 bilhões. A margem com clientes, que contabiliza os ganhos gerados pelas operações de crédito, teve alta de 5,4%, para R$ 26,263 bilhões.

Na tesouraria, o resultado foi de R$ 1,402 bilhão, alta de 31%, em um ano, e de 32,4% em um trimestre. Além de contabilizar as exposições do Itaú ao mercado brasileiro, o que inclui os juros, a tesouraria do banco também inclui a proteção cambial que o banco faz para o capital que possui nas operações na América Latina.

A receita com serviços teve alta de 9,4% no mesmo período, para R$ 11,333 bilhões. As receitas com administração de recursos, que subiram 12,7%, e as do banco de investimento do conglomerado, que tiveram um salto de 83,5%, alavancaram essas operações.

Os resultados da Itaú Unibanco (BOV:ITUB3) (BOV:ITUB4) referentes às suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 06/08/2024.

Teleconferência

Destaque no balanço do Itaú referente ao segundo trimestre de 2024, o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado (ROE) do banco chegou a 22,4%, com alta anual de 1,5 ponto percentual. Na visão do presidente da instituição financeira, há condições para que o atual patamar de retorno seja mantido.

“Acho que dá para continuar trabalhando com ROE acima de 20%, naturalmente sujeito a desafios de todas as naturezas”, afirmou Milton Maluhy Filho, em coletiva de imprensa sobre os resultados trimestrais. Ele salientou que o banco não tem meta nem dá guidance para o indicador e que a performance depende de condições futuras, do nível de capitalização do banco e, especialmente, do custo de capital.

“O que a gente continua vendo pra frente é uma boa dinâmica em todas as linhas do balanço”, afirmou. “A rentabilidade pode cair, contanto que a gente continue trabalhando no conceito de criação de valor”.

  • Apetite do banco não mudou

Questionado sobre a influência da macroeconomia no desempenho do banco, Maluhy Filho disse que “não viu nenhuma razão para recalibrar o apetite”. Também afirmou acreditar em chances “relativamente baixas” de uma recessão nos Estados Unidos. E nota que, apesar da perda de valor dos ativos no começo desta semana, os principais índices de Bolsa estão em território positivo no acumulado do ano e dos últimos 12 meses.

Segundo o executivo, o banco acredita na possibilidade de três cortes de juros nos EUA este ano, com início em setembro. “No cenário base, a gente ainda acha que a economia americana deve crescer 2,5% no ano”, diz.

“No Japão houve um evento muito específico. Uma política mais contracionista do Banco Central japonês gera efeitos em uma economia que há muitos e muitos anos trabalha com nível de juros muito baixo”, disse o CEO do Itaú. “Acho que os impactos no Brasil foram relativamente pequenos, dada essa questão específica”.

No cenário local, destaca o executivo, a dinâmica do câmbio está também atrelada à agenda fiscal “que vai estar presente o tempo todo”.

“O câmbio no patamar mais alto não é necessariamente um problema. O problema é o câmbio mais alto por um prazo mais longo, então é a persistência do nível do câmbio que acaba gerando um efeito inflacionário”, afirma Maluhy.

  • Dividendo extraordinário

O CEO do Itaú afirmou que “certamente haverá um dividendo extraordinário”, mas o tamanho dessa remuneração ainda depende de muitas variáveis.

“A gente continua bastante positivo com esse dividendo extraordinário, sempre preservando o capital do banco para que ele esteja a serviço dos nossos clientes, do crescimento orgânico e inorgânico do banco”, disse.

Maluhy diz que a expectativa é ter alguma definição mais concreta nos resultados do quarto trimestre do Itaú.

“A expectativa é de poder divulgar, ainda no final do ano, o que a gente está imaginando de dividendos extraordinários”.

VISÃO DO MERCADO

A XP Investimentos avalia que o Itaú apresentou outro conjunto de bons resultados, com a carteira de crédito registrando crescimento acelerado em relação ao ano anterior e aproximando-se da faixa mais alta do guidance (9,5%). Já o índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 2,7%, o nível mais baixo em dois anos.

O NII (margem financeira) manteve seu ritmo de crescimento, atingindo R$ 27,7 bilhões no 2T24, com notável crescimento de 31% no NII com o mercado, “impulsionado pelos ganhos na estratégia de trading no Brasil”, destacam analistas. A XP reitera Itaú como uma das suas principais escolhas, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 42.

Apesar do lucro líquido crescente no 2T24 e da qualidade dos ativos sob controle, o Bradesco BBI destaca alguns pontos que chamaram a atenção. Notavelmente, o banco ressalta que a margem do Itaú com clientes registrou seu terceiro trimestre sequencial de contrações, refletindo um mix mais fraco, com crescimento mais forte de grandes empresas.

Enquanto isso, o banco observa que os ganhos de Tesouraria ficaram bem acima das estimativas do BBI e da média dos últimos quatro trimestres de quase R$ 900 milhões. No entanto, analistas reconhecem os fortes resultados de receitas de tarifas e seguros, enquanto as despesas permaneceram sob controle. O banco mantém recomendação de xompra e o preço-alvo de R$ 45,00.

Com mais um trimestre consistente, a Genial Investimentos mantém recomendação de compra para as ações do Itaú, como sua top-pick do setor financeiro, com preço-alvo de R$ 40,60.

Na avaliação, as ações do Itaú estão sendo negociadas com um valuation atraente de 8,0 vezes Preço/Lucro para 2024, 7,2 vezes Preço/Lucro para 2025 e Preço/Valor Patrimonial de 1,8 vez em 2024.

Adicionalmente, a Genial projeta um generoso dividend yield de 7,5% para 2024, dado que o banco deve aumentar o payout esse ano para distribuir o excesso de capital acumulado. Somente neste trimestre, o Itaú adicionou 10 bps em capital Tier 1 organicamente, alcançando 14,6%, enquanto o mínimo gerencial requerido do banco é de 12%.

O Morgan Stanley comenta que Itaú entregou mais um trimestre com retorno sobre patrimônio líquido (ROE) crescente, agora em uma alta de vários anos de 22,4%, e a maioria dos KPIs (Indicadores-Chave de Desempenho) se movendo na direção certa.

No geral, o mercado provavelmente ficará satisfeito com os resultados, mas não vê espaço para que os números de consenso subam com base na impressão do 2T24, especialmente devido ao NII particularmente forte com os mercados, e isso pode limitar o desempenho das ações hoje. O Morgan tem recomendação overweight (equivalente à compra) e preço-alvo de US$ 8 por ADR.

* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão

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