A Superintendência-Geral do Cade aprovou, sem restrições, a compra de quatro geradoras termelétricas do BTG pela Eneva. A operação inclui a estruturação de uma oferta pública primária de ações (follow-on) com garantia de compra pelo BTG Pactual.
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A Eneva (BOV:ENEV3) informou no anúncio da operação que a oferta conjunta à aquisição visa a reduzir a alavancagem da companhia. No valor base da operação, de R$ 14,00 por ação, o follow-on será de R$ 3,2 bilhões, podendo chegar a R$ 4,2 bilhões a depender da demanda, disse a empresa em julho. A operação também precisa receber o aval do Banco Central.
Ao todo, foram negociadas térmicas totalizando 3,3 GW de potência:
- 100% da Tevisa, que controla a UTE Viana (174,6 MW), a óleo, e a UTE Viana I (37,5 MW), a gás natural, ambas localizadas em Viana (ES);
- 100% da Povoação, detentora da UTE Povoação I (75 MW), que opera a gás em Linhares (ES);
- 50% da Gera Maranhão, que detém a UTE Geramar I e UTE Geramar II, ambas a diesel e localizadas em Miranda do Norte (MA), com capacidade total de 332 MW;
- e 100% da Linhares Geração, que opera a UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo e UTE Linhares I (240 MW total), a gás natural.
A SG/Cade afastou, portanto, riscos de concentração prejudiciais ao mercado. Ao órgão antitruste, a Eneva afirmou que a aquisição das térmicas oferecerá sinergias, ganhos de eficiência e upsides adicionais de crescimento.
Já o BTG (BOV:BPAC11), que a operação permitirá a monetização de parte de seus ativos, além de aumentar sua participação no capital social da Eneva. A companhia mira oportunidades no próximo leilão de reserva de capacidade, previsto para este ano.