A Viveo registrou prejuízo líquido de R$ 88 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 55,4 milhões um ano antes.
A receita líquida totalizou R$ 2.753,5 milhões, aumento de 8,7% em relação ao 2T23. O crescimento orgânico1 da Receita Líquida entre os períodos foi de 8,1%. O crescimento foi impulsionado pela venda de medicamentos de alto custo no canal de Hospitais e Clínicas e por vacinas, no canal de Laboratórios e Vacinas. Já os canais de Varejo e Serviços foram impactados pela redução de vendas em algumas categorias e pelas enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram uma das empresas de manipulação inoperante.
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O ebitda Ajustado no 2T24 atingiu R$ 171,3 milhões, o que representa queda de 31,8% na comparação com o 2T23 e Margem EBITDA Ajustada de 6,2% no 2T24. O resultado foi pressionado pela redução da margem bruta e pelas maiores despesas, especialmente fretes.
As Despesas Gerais e Administrativas (ex-depreciação) totalizaram R$ 175,2 milhões, aumento de 15,7% em relação ao 2T23 em função dos maiores gastos com consultorias e TI.
As Despesas com Vendas (ex-depreciação) no 2T24 somaram R$ 102,2 milhões, acréscimo de R$ 33,9 milhões em relação ao 2T23. O crescimento nas Despesas com Vendas foi em função principalmente do maior gasto com frete e despesas de trade no canal de varejo. A Companhia tem trabalhado ao longo do 1S24 junto com consultoria especializada para otimizar e reduzir os gastos com frete, entre as principais ações estão: redução dos fretes “fora de rota”; otimização da malha logística; e implementação de sistemas e automatizações.
O Lucro Bruto da Viveo foi de R$ 397,3 milhões, montante 12,6% inferior na comparação com o Lucro Bruto reportado no 2T23. A Margem Bruta foi de 14,4% no 2T24 vs 17,9% no 2T23.
O Resultado Financeiro Líquido da Companhia no 2T24 foi uma despesa de R$ 166 milhões, R$ 28,2 milhões superior à despesa líquida registrada no 2T23. Os principais fatores que impactaram nesse trimestre foram maior dívida bruta entre os períodos (R$ 3.910,4 milhões no 2T24 vs R$ 3.325,8 milhões no 2T23); atualização monetária decorrente de pagamento de superveniência ativa da Cremer aos ex-acionistas no valor de R$ 23,8 milhões (não recorrente); e fee de pré-pagamento da 3ª emissão de debêntures no valor de R$ 8,8 milhões (não recorrente).
A Companhia apresentou uma geração de caixa livre de R$ 313,8 milhões no 2T24 beneficiada pelas iniciativas de melhoria de capital de giro, principalmente no contas a receber. Adicionalmente, na linha de contas a receber no 2T24 teve o impacto de R$ 36,6 milhões referentes às enchentes no RS. Cabe ressaltar que foram realizados no trimestre aproximadamente R$ 100 milhões de antecipação de recebíveis.
Em 30 de junho de 2024, o endividamento bruto da Companhia, considerando derivativos, era de R$ 3.910,5 milhões, maior em R$ 647,4 milhões em relação à posição registrada em 31 de dezembro de 2023.
No encerramento do 2T24, a Viveo apresentava dívida líquida de R$ 2.453,8 milhões, comparado à posição de dívida líquida de R$ 2.261,6 milhões no encerramento do exercício de 2023. Esse foi o primeiro trimestre, depois de cinco trimestres consecutivos, que houve diminuição da dívida líquida (excluindo a entrada dos recursos do follow on em agosto de 2023), mesmo com o pagamento de R$ 102,0 milhões de M&A.
Os resultados da Viveo (BOV:VVEO3) referente suas operações do segundo trimestre de 2024 foram divulgados no dia 13/08/2024.