A BlackRock, em nome de alguns de seus clientes, vendeu ações da Azul e agora suas participações representam aproximadamente 4,716% do total das ações preferenciais da companhia aérea.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:AZUL4) nesta quarta-feira (04).
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A Azul afirmou em comunicado na noite de quarta-feira ter sido informada pela maior gestora de recursos do mundo que as participações societárias detidas pela BlackRock passaram a ser, de forma agregada, de 14.841.071 ações PN e 331.819 ADRs, representativos de 995.457 ações PN, totalizando 15.836.528 ações PN.
A BlackRock também detém 590.354 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações preferenciais com liquidação financeira.
De acordo com a carta da BlackRock, o objetivo das participações societárias é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia.
As ações da Azul têm estado sob pressão nos últimos dias, em meio a crescentes preocupações com o nível de alavancagem, diante da depreciação do real frente ao dólar, e eventuais alternativas que a companhia possa optar para lidar com suas dívidas.
O gatilho para o tombo dos papéis foi uma reportagem da Bloomberg News de que a Azul está avaliando opções que vão desde uma oferta de ações até à apresentação de um pedido de recuperação judicial para fazer frente às obrigações de dívida. De acordo com a Azul, a notícia foi “mal interpretada”.
Desde a publicação, os papéis acumularam até a véspera uma queda de mais de 30%.
Na última quinta-feira, o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, afirmou que a companhia aérea está saudável financeiramente, recebendo novas aeronaves, e que não tem planos de fazer um pedido de recuperação judicial. No começo desta semana, a S&P cortou o rating global Azul para “CCC+”.