Os trabalhadores da Boeing (NYSE:BA) entraram em greve pela primeira vez em 16 anos, após 94,6% dos membros do sindicato rejeitarem a oferta de contrato. A paralisação envolve mais de 33.000 funcionários da fábrica de Renton, perto de Seattle, responsável pela produção do popular 737 Max. A ação interrompe a fabricação e afeta a extensa rede de fornecedores.
A Boeing também é negociada na B3 através da BDR (BOV:BOEI34).
As ações da Boeing estão em queda de 0,5% no momento que este artigo foi escrito , uma melhora de uma queda mais acentuada no pré-mercado.
A greve aumenta as dificuldades financeiras da empresa, que já enfrentava desafios com lapsos de qualidade e investigações recentes. A greve gera pressão adicional sobre a Boeing, que busca equilibrar suas operações com uma dívida de US$ 45 bilhões.
Os líderes sindicais justificaram a greve com base em 16 anos de salários estagnados, aumento dos custos de saúde e eliminação de bônus anuais. Mesmo com a oferta de um aumento salarial de 25%, os trabalhadores esperavam melhores termos, o que agravou a insatisfação.
Apesar da greve, a Boeing sinalizou estar disposta a retornar à mesa de negociações para chegar a um novo acordo. A empresa tenta redefinir seu relacionamento com os trabalhadores, mas o sindicato se mantém firme na busca por melhores condições, prometendo piquetes em 30 locais.
A paralisação pode impactar significativamente as finanças da Boeing, com analistas estimando uma redução de até US$ 3,5 bilhões no fluxo de caixa caso a greve dure 50 dias. Isso agrava a situação da fabricante, que possui milhares de encomendas de jatos 737 MAX de grandes clientes como Southwest e United Airlines.
A situação marca mais um capítulo na complicada relação trabalhista da Boeing, que precisa rapidamente encontrar uma solução para evitar danos prolongados à produção e às entregas.