A BlackRock, na qualidade de administradora de investimentos, passou a deter mais de 5% das ações ordinárias da Embraer.
O comunicado foi feito pela companhia (BOV:EMBR3) nesta quarta-feira (04).
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A gestora passou a deter em 30 de agosto, de forma agregada, 39.859.270 ações ordinárias e 212.951 ADRs, representativos de 851.804 ações ordinárias, totalizando 40.711.074 ações ordinárias.
Esse volume representa aproximadamente 5,498% do total de ações ordinárias de emissão da Embraer e 331.951 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias com liquidação financeira, representando aproximadamente 0,044% do total de ações ON emitidas pela companhia.
VISÃO DO MERCADO
As ações da Embraer têm uma nova sessão de fortes ganhos e avançam 6,53%, a R$ 49,45, às 12h (horário de Brasília) desta quarta-feira (4), acumulando ganhos de cerca de 120% em 2024.
O movimento ocorre após a fabricante de jatos informar que a BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo com US$ 10 trilhões sob gestão, adquiriu ações da companhia.
“O objetivo das participações societárias acima mencionadas é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”, disse a gestora em carta enviada à Embraer.
Já na véspera, o Itaú BBA atualizou as suas estimativas para a companhia após o Investor Day realizado na semana passada e os resultados do 2T24 (segundo trimestre de 2024). O banco manteve recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 40 para o ADR (recibo de ações negociado na Bolsa de Nova York) ERJ.
Segundo o banco, há potencial de alta para as ações da Embraer, impulsionada por um forte momento operacional e crescimento esperado do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 23% em 2025.
A Embraer está bem posicionada em várias frentes, avalia o BBA:
- Aviação Comercial: Crescimento impulsionado pela substituição de aeronaves antigas e adoção do E2 por companhias de baixo custo.
- Aviação Executiva: Forte potencial de crescimento com uma relação book-to-bill (relação entre as ordens recebidas e o valor faturado) de 1,5 vez.
- Defesa & Segurança: O C-390 está atraindo interesse internacional, com potencial para dobrar a carteira de pedidos.
- Serviço & Suporte: Divisão mais lucrativa com oportunidades de crescimento contínuo.
- Eve: Desenvolvimento avançado do eVTOL (os chamados “carros voadores”) com um voo de protótipo esperado para 2025.