Ibovespa sobe 1,08%, impulsionado pelas ações de mineradoras e siderúrgicas, após anúncio de novos estímulos à economia chinesa

O Ibovespa encerrou em firme alta o pregão desta quinta-feira, impulsionado pelos papéis da Vale, que saltaram, na maior alta diária desde novembro de 2022, após o Politburo – principal órgão decisório do Partido Comunista – prometer novos esforços para alcançar a meta de crescimento da China neste ano, de 5,0%.

O índice Bovespa fechou com alta de 1,08%, aos 133.009 pontos. O volume ficou em R$ 27 bilhões, acima da média de 50 pregões.

Os juros futuros encerraram em alta, avançando até 9,0 pontos-base, após o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) manter tom consistente com o imprimido na mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), mostrando hiato do produto positivo. O RTI também elevou a estimativa para o hiato do produto a 3,5% no segundo trimestre de 2026, ante 3,2% – horizonte relevante do BC a partir de novembro.

O dólar à vista fechou em queda de 0,59% a R$5,4452 enquanto o índice Dólar DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas, operava ao fim da tarde em queda de 0,37%, aos 100,54 pontos. Em uma cesta de 23 divisas observada pela Mover, o real tinha o quinto melhor desempenho ante o dólar no dia.

No cenário local, os ganhos foram impulsionados pelas ações de mineradoras e siderúrgicas, que deram sequência às recentes altas, após novos estímulos anunciados pela China e promessa de autoridades de prometer novos esforços para alcançar a meta de PIB.

De outro lado, o petróleo registrou uma forte queda com a notícia de que a Arábia Saudita se prepara para aumentar produção no fim do ano, por preocupações em perder participação no mercado ao restringir a oferta. A Petrobras foi a principal detratora do índice com o movimento.

A agência de classificação de riscos Fitch avaliou que a atividade econômica local demonstra força, mas isso não alivia a incerteza fiscal. Também de acordo com a Fitch, a incerteza fiscal é a vulnerabilidade macro que limita o rating do Brasil, e o “forte momento” do PIB não se reflete nas contas públicas.

As bolsas em Wall Street encerraram em alta na sessão, na esteira do apetite ao risco, com os papéis da Micron Technology constituindo principal alta entre tecnológicas, na esteira dos resultados trimestrais da companhia – além de dados econômicos indicando uma atividade econômica resiliente.

Os índices Dow Jones, S&P500 e Nasdaq 100 encerraram em altas de 0,62%, 0,40% e 0,60%, respectivamente. As Treasuries yields de dois e de dez anos subiam 6,6 pbs, 0,7 pbs, a 3,625% e 3,794%, respectivamente.

A leitura final do Produto Interno Bruto no segundo trimestre, de 3,0% – em linha com o consenso – e os pedidos semanais para seguro-desemprego recuando a 218 mil na semana encerrada em 21 de setembro – abaixo do consenso, de 225 mil – favoreceram o viés positivo, às vésperas da divulgação do PCE de agosto.

Ao fim do pregão, os papéis da Micron Technology subiram 14,74%, na maior alta intradiária desde novembro de 2011, após a companhia elevar estimativa para a receita do primeiro trimestre fiscal de 2025, a US$8,7 bilhões, ante estimativa de US$8,32 bilhões.

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DESTAQUES DO IBOVESPA – (pregão à vista)

• ALTAS IBOVESPA

AZUL4: +10,00% a R$ 5,61
CSNA3: +8,95% a R$ 13,27
COGN3: +7,20% a R$ 1,34
CMIN3: +6,67% a R$ 7,20
BRAP4: +6,45% R$ 20,46

• BAIXAS IBOVESPA

BRAV3: -6,54% a R$ 17,01
PRIO3: -4,84% a R$ 42,64
VIVA3: −3,13% a R$ 26,64
BRFS3: −2,49% a R$ 24,64
PETR4: −2,16% a R$ 36,25

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Ambipar (AMBP3)

   A Ambipar estabeleceu uma parceria com a SAP para oferecer ‘Net Zero as a Service’ aos clientes e apoiar o combate às mudanças climáticas. Saiba mais…

   Americanas (AMER3)

   A Americanas ofereceu um pacote de benefícios a dois executivos que colaboraram com as investigações sobre o escândalo da varejista: Flávia Carneiro e Marcelo Nunes. O acordo, que inclui dez anos de salário, mensalidade da educação dos filhos e plano de saúde, também cobre os honorários advocatícios dos delatores. Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A companhia aérea Azul, que teve sua nota de crédito rebaixada, teria alcançado a um acordo com 90% de seus arrendadores com o objetivo de renegociar seu instrumento conversível em ações para uma diluição no intervalo de 20 a 22%, segundo notícia da Exame. Saiba mais…

   Banco do Brasil (BBAS3)

   O Banco do Brasil, segundo maior banco do país em ativos totais, iniciou em junho uma campanha para evitar pedidos de recuperação judicial, disse um executivo sênior na quarta-feira (25), sob a leitura de que o processo, que ganhou impulso recente, é danoso para o setor. Saiba mais…

   Brava Energia (BRAV3)

   A petrolífera Enauta, que foi recentemente incorporada pela 3R, criando a Brava, vai assumir 100% dos blocos de petróleo da Bacia de Sergipe-Alagoas nos quais já tinha participação de 30%. Saiba mais…

   Cogna (COGN3)

   A empresa de educação Cogna informou que “não há informações a serem divulgadas ao mercado” sobre qualquer transação envolvendo a companhia ou a rival Yduqs. Saiba mais…

   Cogna (COGN3) e Yduqs (YDUQ3) 

   As gigantes do ramo de educação Cogna e Yduqs retomaram as discussões sobre uma eventual fusão, após vários anos de uma tentativa frustada de combinação de negócios, segundo reportagem do jornal Valor Econômico. Saiba mais…

   Ecorodovias (ECOR3)

   A EcoRodovias informou que tomou conhecimento de que o Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU), aprovou a proposta de Termo de Autocomposição para a otimização e modernização do Contrato de Concessão da BR-101/ES/BA. Saiba mais…

   Eneva (ENEV3)

   A Eneva prevê lançar ainda neste mês uma oferta pública subsequente de novas ações ordinárias (follow-on) de até R$ 4,2 bilhões, como parte de acordos anunciados em julho junto ao BTG Pactual, seu principal acionista, disse o presidente Lino Cançado. Saiba mais…

   Marfrig (MRFG3)

   A Marfrig deve consolidar sua estratégia de focar em alimentos processados e marcas de alto valor agregado após a aprovação da venda de ativos para a Minerva, indicou o CEO Rui Mendonça em entrevista, logo após a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Nosso foco é em alimentos de valor agregado e operações em complexos industriais”, afirmou Mendonça. Saiba mais…

   MRV (MRVE3)

   A MRV anunciou uma oferta de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) de, inicialmente, R$ 600 milhões, mas que poderá chegar a R$ 750 milhões com lote adicional. Saiba mais…

   Oncoclínicas (ONCO3)

   O empresário Nelson Tanure, controlador do grupo de medicina diagnóstica Alliança e de outros negócios, negou ter feito uma proposta de aquisição pela Oncoclínicas, informa o Broadcast. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, garantiu há pouco que o Brasil terá gás, e que a Petrobras está fazendo de tudo para aumentar a produção do insumo no País, uma das prioridades do atual governo para tentar reduzir o preço do gás natural no Brasil. Saiba mais…

   A Petrobras vai reduzir o preço do querosene de aviação (QAV) em 9,1% a partir de outubro, informou a empresa. Saiba mais…

   Um avanço da atuação da Petrobras para o continente africano não vai tirar o foco da estatal no Brasil, sua prioridade número 1, disse a diretora de Exploração e Produção da petroleira brasileira, Sylvia dos Anjos, em entrevista à Reuters. Saiba mais…

   Vale (VALE3)

   A Vale informou, em nota à imprensa que empenhou equipes de emergência e demais recursos, como caminhões pipas e caminhões de combate ao fogo, para conter um incêndio que atinge uma composição de carga na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), próximo a Antônio Dias (MG). Saiba mais…

   Weg (WEGE3) 

   A Weg investirá aproximadamente R$ 543 milhões para aumentar a capacidade de produção de transformadores no Brasil. Saiba mais…

   

   (Com informações da TC Mover e Momento B3)