As ações da Micron Technology (NASDAQ:MU) negociadas nos Estados Unidos fecharam em baixa de 4,44% na segunda-feira (16) após um padrão gráfico de baixa aparecer pela primeira vez em mais de dois anos, indicando possíveis perdas aceleradas. A queda foi desencadeada por uma avaliação negativa do Morgan Stanley sobre o mercado de chips de memória. Os analistas preveem que o crescimento dos lucros atingirá o pico e, em seguida, reverterá, causando uma contração significativa no setor.

A Micron Technology também é negociada na B3 através da BDR (BOV:MUTC34). As ações MUTC34 fecharam em baixa de 5,09% na segunda-feira, a um preço de R$ 80,12 reais.

O Morgan Stanley manteve a classificação de equal weight para as ações da Micron, mas reduziu seu preço-alvo de US$ 140 para US$ 100. O pessimismo reflete a previsão de que os preços médios de venda dos chips de memória devem cair no próximo ano, o que impactará diretamente o desempenho da empresa.

Ações de semicondutores acompanharam a liquidação das ações da Micron. Um padrão técnico conhecido como “cruz da morte” foi detectado, o que indica que as recentes quedas podem ser mais duradouras. O interesse a descoberto nas ações atingiu o nível mais alto desde 2020, o que indica uma visão negativa dos investidores.

Apesar do aumento das apostas contra as ações, os analistas do Morgan Stanley destacaram que isso pode gerar pressão para cobrir essas apostas em um curto prazo. No entanto, a perspectiva geral para o setor permanece sombria, com um possível declínio nas margens de lucro.

A última vez que a “cruz da morte” apareceu, as ações da Micron caíram 30% nos meses seguintes, o que cria expectativas negativas para o futuro próximo. Com isso, a tendência de baixa pode continuar até que o mercado apresente sinais claros de recuperação.

A perspectiva técnica negativa, somada à avaliação fundamentalista desfavorável, coloca a Micron em uma situação delicada. O setor de chips de memória pode enfrentar desafios ainda maiores nos próximos trimestres, exigindo cautela por parte dos investidores.

A Micron sofreu uma queda de 38,8% nos últimos três meses, enquanto o índice de semicondutores PHLX caiu 13,1%. Em contraste, o S&P 500 apresentou uma alta de 17,8% no mesmo período, evidenciando a pressão sobre o setor de semicondutores.