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Carrefour Brasil: vendas brutas totalizaram R$ 29,5 bilhões no 3T24

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O Carrefour Brasil teve vendas brutas de quase R$ 30 bilhões no terceiro trimestre, impulsionadas pelo crescimento nas vendas de sua principal bandeira, o Atacadão.

O fato relevante foi feito pela companhia (BOV:CRFB3) nesta terça-feira (22).

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O grupo varejista registrou vendas brutas de R$ 29,5 bilhões no período de julho a setembro, em dado que considera vendas de combustíveis, crescimento de 4,8% ante a mesma etapa do ano anterior, conforme dados preliminares de vendas.

Excluindo combustíveis, as vendas consolidadas do grupo totalizaram R$ 28,7 bilhões no período, também um avanço de 4,8% ano a ano, informou a rede de varejo nesta terça-feira.

A divisão de atacarejo do Carrefour Brasil, representada pela bandeira Atacadão, teve receita bruta de R$ 21,4 bilhões, 8,3% acima do registrado um ano antes, com a adição de 13 novas lojas nessa modalidade nos 12 meses anteriores.

“A dinâmica de volumes foi positiva no trimestre, apesar da desaceleração sequencial no consumo, especialmente de clientes B2B (empresariais), em razão do impacto da deflação mês a mês ocorrida em julho e agosto”, afirmou o varejista no relatório.

As vendas no conceito mesmas lojas no Atacadão, desconsiderando o efeito calendário, cresceram 5,6% em base anual, enquanto na linha de varejo, as vendas nesse mesmo conceito subiram 7,1%, excluindo gasolina.

A unidade brasileira do grupo francês Carrefour encerrou setembro com 1.041 lojas, conforme o relatório. A empresa divulga suas informações trimestrais completas em 31 de outubro.

Venda de imóveis

Separadamente, o Carrefour Brasil informou que fechou acordo com um fundo de investimento imobiliário gerido pela Guardian Gestora para venda de 15 imóveis próprios onde estão localizadas lojas Atacadão por R$ 725 milhões.

A operação, segundo o grupo varejista, envolveu a assinatura de contrato de locação no formato de “sale-leaseback”, com prazo inicial de 13 anos renováveis por mais cinco anos.

“As despesas com aluguel desses imóveis serão de aproximadamente R$ 4,8 milhões por mês (cap rate de 8%)”, afirmou o grupo.

A operação está em linha com a estratégia do grupo de “destravar valor de portfólio imobiliário”, disse o Carrefour Brasil, acrescentando que permanece avaliando outras operações envolvendo o restante de seus ativos imobiliários.

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(BOV:CRFB3) tem:

📈 1ª Resistência: 7,59
📉 1° Suporte: 6,75

💲 Cotação no momento: Carrefour 4,67%, negociada a R$ 7,39

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VISÃO DO MERCADO

O Bradesco BBI destacou que já esperava uma reação positiva na sessão de negociação de hoje devido a esses dois eventos: desempenho de vendas melhor do que o esperado no 3T24 e operação de leaseback de vendas menor e positiva de curto prazo. Isso se concretizou, uma vez que os papéis CRFB3 subiam 6,09%, a R$ 7,49, às 10h45 (horário de Brasília); na máxima do dia, os ativos subiram 7,08%, a R$ 7,56.

Os analistas do BBI também ressaltam que a inflação de alimentos mais saudáveis ​​em setembro é um bom presságio não apenas para o Carrefour, mas também para as perspectivas de receita de outros varejistas de alimentos do Brasil antes da temporada do 4T24.

Todos os olhos agora estão em (i) níveis de lucratividade (o banco espera que o Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, consolidado caia 20 pontos-base na comparação anual para 5,2% no 3T24) e (ii) dinâmica de capital de giro, principalmente recebíveis considerando a prática recente de parcelas de 3 meses.

O BBI mantém classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 10 por ação com base na avaliação de 9,1 vezes Preço/ Lucro para 2025.

Para o JPMorgan, o Carrefour Brasil reportou números de receita ligeiramente acima das expectativas, com vendas brutas consolidadas subindo 4,8% ano a ano, totalizando R$ 29,5 bilhões.

Com relação ao contrato de venda e locação, o JPMorgan acredita que deve ajudar marginalmente na alavancagem.

O destaque para analistas do JPMorgan foram as vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) da divisão de varejo, com 6,5% (ajustado para o calendário), puxado também por comparações fracas, enquanto o SSS do Atacadão – a operação mais relevante, responsável por 72% das vendas – foi de 5,6% (ajustado para o calendário), desacelerando em relação ao trimestre anterior, mas ligeiramente acima da inflação de alimentos.

No entanto, o JPMorgan avalia que o SSS geral foi beneficiado pelo bom desempenho das lojas convertidas, o que provavelmente indica que as lojas C&C (cash-and-carry, ou atacarejo) legado apresentaram desempenho um pouco abaixo da inflação de alimentos. O ponto negativo foi o Sam’s Club, com SSS de 3,2% (ajustado para o calendário).

Com as ações sendo negociadas a 9 vezes o P/L estimado para 2025, o JPMorgan mantém classificação neutra para Carrefour.

Já o Morgan Stanley avalia que a prévia do 3T24 apoia a convicção em torno do potencial de crescimento do cash & carry. O banco mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10,50.

A XP Investimentos reforça que o Carrefour Brasil reportou uma prévia de vendas encorajadora para o 3T24. O SSS consolidado (ex-postos de gasolina) ficou em +5,8% na base anual, com o Atacadão surpreendendo positivamente (+5,6%) e o desempenho do varejo acelerando (+7,1% ano a ano).

A empresa observou que o desempenho do C&C foi sustentado principalmente por um setembro sólido e dinâmicas de volume positivas, compensando uma demanda B2B ainda fraca em meio à deflação de alimentos mês a mês.

Na avaliação da XP, o acordo de sale-leaseback foi fechado a uma taxa atraente, o que considera positivo. No entanto, mantém classificação neutra para as ações CRFB3, pois espera que as margens sejam pressionadas, enquanto prefere outros varejistas de alimentos com estratégias mais claras.

Embora relativamente pequeno no contexto geral do grupo, o Goldman Sachs acredita que investidores podem acolher positivamente o anúncio da operação de venda e arrendamento e as notícias de uma possível venda de determinados ativos varejistas adquiridos da BIG.

Informações Reuters

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