O Ibovespa encerrou em queda a sessão desta quinta-feira, pressionado pelos papéis de Bradesco e Ambev, na esteira da divulgação de resultados trimestrais, e de Vale, com queda do minério de ferro na China. Operadores seguiam monitorando também balanços corporativos nos Estados Unidos e fortes dados econômicos americanos, que reforçam crença na desaceleração do ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve.
O índice Bovespa terminou com baixa de 0,71%, aos 129.713 pontos. O volume ficou em R$16 bilhões, considerado mediano. Em termos mensais o Ibovespa acumulou uma queda de 1,60% em outubro, registrando a segunda perda consecutiva.
Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 10 pontos-base, em uma sessão de leilão do Tesouro – com certame de LTNs, colocado parcialmente – enquanto Treasuries yields viraram para queda, às vésperas do relatório Payroll de outubro, que deve mostrar desaceleração na geração líquida de postos de trabalho.
O dólar à vista fechou com avanço de 0,30% a R$5,7815 e o índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em queda de 0,17%, aos 103,91 pontos.
O iene japonês, por outro lado, era a divisa com melhor performance ante o dólar, após o Banco do Japão (BoJ) manter a taxa básica de juro inalterada em 0,25%, mas seu governador, Kazuo Ueda, assegurar que a autarquia pode elevar a taxa básica de juro caso a inflação e a atividade econômica sigam performando em linha com o cenário projetado.
No cenário local, o mercado reagiu à divulgação da taxa de desemprego no Brasil, que caiu para 6,4% no trimestre terminado em setembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado marcou a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, o que sugere um mercado de trabalho extremamente aquecido.
No cenário político, o imbróglio em torno do fiscal persiste, com operadores à espera de medidas concretas sobre o pacote de corte de gastos prometido por membros do governo. Hoje de acordo com coluna de Lauro Jardim, em O Globo, o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, prometeu ao ministro Fernando Haddad trabalhar para aprovar até o fim do ano as PECs necessárias para entregar o corte de gastos que mantém o arcabouço fiscal de pé. A promessa foi feita em meio a um pedido de apoio do ministro da Fazenda a Hugo Motta, candidato de Lira para a sucessão na presidência da Câmara.
No âmbito corporativo, destaque para os resultados de Bradesco, que reportou pela manhã lucro líquido recorrente de R$5,2 bilhões no terceiro trimestre, alta de 13,1% na comparação ao mesmo período de 2023, e ligeiramente acima do consenso da Refinitiv, de R$5,14 bilhões. O Retorno sobre o Patrimônio Médio (ROAE) atingiu 12,4% no terceiro trimestre, ante 11,4% no trimestre anterior e 11,3% no terceiro trimestre de 2023.
Ambev também reportou, mais cedo, menor lucro líquido ajustado no terceiro trimestre, de R$3,58 bilhões – queda de 11,4% A/A – com resultado afetado, parcialmente, por aumento das despesas de imposto de renda no Brasil. As despesas de IR e contribuição social avançaram a R$1,1 bilhão, ante R$44,7 milhões um ano antes, com alíquota efetiva de impostos indo a 23,9%.
As bolsas em Wall Street fecharam em queda, com o índice Nasdaq 100 liderando as perdas, na esteira de resultados trimestrais de Meta e Microsoft, que levantaram questionamentos, por parte de operadores, sobre a sustentabilidade de ritmo de alta dos lucros com investimentos crescentes em inteligência artificial e serviços de nuvem.
Os índices Dow Jones, S&P500 e o Nasdaq 100 encerraram com perdas de 0,90%, 1,86% e 2,76%, respectivamente. No mês, os índices acumularam quedas de 1,34%, 0,99% e 0,41%, na mesma ordem.
As Treasuries yields de dois anos e dez anos recuaram 2,7 pbs e 1,8 pbs, a 4,156% e 4,282%, na sequência.
O núcleo da inflação do PCE de setembro – que exclui itens voláteis como alimentação e energia – avançou 0,3% na base mensal, em linha com consenso. Na base anual, a leitura veio ligeiramente acima do consenso, em 2,7%, ante 2,6%, no maior ritmo de alta desde abril deste ano, impulsionando as apostas para uma redução do ritmo de cortes pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC).
Já os pedidos semanais de seguro-desemprego para a semana encerrada em 26 de outubro recuaram a 216 mil, ante 228 mil na semana prévia, denotando um mercado de trabalho sólido e resiliente na atividade norte-americana. Amanhã, o relatório Payroll deve reportar desaceleração na geração líquida de postos de trabalho em outubro, criando 113 mil vagas, ante dado anterior, de 254 mil.
Autoridades e economistas anteveem desaceleração significativa da geração líquida de postos de trabalho diante da ocorrência de furacões nos EUA no período, além de uma greve da Boeing. A taxa de desemprego deve permanecer em 4,1%. Já o ganho médio por hora trabalhada deve desacelerar ritmo de alta, a 0,3%, ante 0,4% vistos em setembro. Na base anual, deve se manter em 4%.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
01/10/2024 | 0,51% | 132.495,16 | R$ 23,4 bilhões |
02/10/2024 | 0,77% | 133.514,94 | R$ 21,2 bilhões |
03/10/2024 | -1,38% | 131.671,51 | R$ 22,9 bilhões |
04/10/2024 | 0,09% | 131,791,55 | R$ 16,1 bilhões |
07/10/2024 | 0,17% | 132.017,84 | R$ 17,8 bilhões |
08/10/2024 | -0,38% | 131.511,73 | R$ 19,9 bilhões |
09/10/2024 | -1,18% | 129.962,06 | R$ 20,6 bilhões |
10/10/2024 | 0,30% | 130.352,86 | R$ 17 bilhões |
11/10/2024 | -0,28% | 129.992,29 | R$ 17,8 bilhões |
14/10/2024 | 0,78% | 131.005,25 | R$ 19,3 bilhões |
15/10/2024 | 0,03% | 131.043,27 | R$ 20,1 bilhões |
16/10/2024 | 0,54% | 131.749,72 | R$ 24,7 bilhões |
17/10/2024 | -0,73% | 130.793,41 | R$ 17,7 bilhões |
18/10/2024 | -0,22% | 130.499,26 | R$ 22,0 bilhões |
21/10/2024 | -0,11% | 130.361,56 | R$ 18,2 bilhões |
22/10/2024 | -0,31% | 129.951,37 | R$ 18,1 bilhões |
23/10/2024 | -0,55% | 129.233,11 | R$ 17,5 bilhões |
24/10/2024 | 0,65% | 130.066,95 | R$ 18,1 bilhões |
25/10/2024 | -0,13% | 129.893,32 | R$ 19,8 bilhões |
28/10/2024 | 1,02% | 131.212,58 | R$ 16,3 bilhões |
29/10/2024 | -0,37% | 130.729,93 | R$ 17,0 bilhões |
30/10/2024 | -0,07% | 130.639,33 | R$ 16,8 bilhões |
31/10/2024 | -0,71% | 129.713,33 | R$ 20,8 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
AES Brasil (AESB3)
A AES Brasil registrou prejuízo líquido de R$ 73,6 milhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o lucro líquido de R$ 124,4 milhões obtido no mesmo período do ano passado. Saiba mais…
Ambev (ABEV3)
A Ambev apresentou lucro líquido de R$ 3,566 bilhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 11,2% na comparação com o mesmo período de 2023. Saiba mais…
Auren (AURE3)
A Auren Energia reportou lucro líquido de R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 838,1 milhões de igual intervalo de 2023. A diferença entre os resultados se deve principalmente à contabilização, no terceiro trimestre do ano passado, de impostos relativos à indenização por ativos não amortizados da hidrelétrica Três Irmãos. Saiba mais…
Bradesco (BBDC3/BBDC4)
O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre deste ano, resultado 13,1% maior que o do mesmo intervalo do ano passado, e 10,8% superior ao do segundo trimestre deste ano. Saiba mais…
Braskem (BRKM5)
A Braskem informou que deu início as suas próprias operações de cabotagem na Bahia, prevendo economizar cerca de R$ 10 milhões anuais com as operações marítimas. A empresa também espera diminuir a emissão de 1.800 toneladas de CO2 com o primeiro navio, otimizando o tempo de ociosidade. Saiba mais…
Caixa Seguridade (CXSE3) e Wiz (WIZC3)
A Caixa Seguridade informou que o conselho de administração da sua investida CNP Seguros Holding Brasil (CSH) aprovou o desinvestimento integral da participação da CSH no capital social da Wiz Co Participações e Corretagem de Seguros para a empresa Integra Participações. Saiba mais…
Casas Bahia (BHIA3)
O Grupo Casas Bahia informou que está unificando suas operações logísticas sob a nova marca CB Full. Assim, a varejista integrará suas operações logísticas de fulfillment, transportes e de operador logístico. Saiba mais…
CCR (CCRO3)
O Grupo CCR venceu o leilão para a concessão da Rota Sorocabana com uma oferta de R$ 1,6 bilhão, superando outros três concorrentes (Pátria, EPR e EcoRodovias). Saiba mais…
A Câmara de Arbitragem do Mercado da B3 rejeitou um pedido de indenização feito por um acionista minoritário, o Fundo Toro Bravo, contra o antigo bloco de controle da CCR (Mover, Andrade Gutierrez e Soares Penido). Saiba mais…
Embraer (EMBR3)
A Eve Air Mobility informou que a Embraer-CAE Training Services (ECTS) foi escolhida como a provedora de treinamento para os pilotos, técnicos de manutenção e equipe de solo da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve. Saiba mais…
Hypera (HYPE3)
A EMS formalizou a retirada da proposta de oferta pública de aquisição de ações e de combinação de negócios apresentada à Hypera em 21 de outubro de 2024, após Conselho de Administração da farmacêutica rejeitar a proposta. Saiba mais…
Itaú Unibanco (ITUB3/ITUB4)
O Itaú realizou emissões de Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas, no montante total de R$ 2,8 bilhões em negociações com investidores profissionais. Saiba mais…
Isa Cteep (TRPL4)
A Isa Cteep, concessionária paulista de transmissão de energia, registrou lucro líquido regulatório de R$ 431,6 milhões no terceiro trimestre de 2024. A cifra é 9% menor que a registrada um ano antes. Saiba mais…
Kepler Weber (KEPL3)
A Kepler Weber registrou queda de 10,4% no lucro líquido do terceiro trimestre de 2024, totalizando R$ 59,6 milhões, em comparação com R$ 66,6 milhões em igual período do ano anterior. Saiba mais…
Log (LOGG3)
A Log Commercial Properties, que desenvolve, loca e administra galpões logísticos, teve lucro líquido de R$ 97 milhões no terceiro trimestre, com apoio de menores despesas operacionais e crescimento na receita líquida. Saiba mais…
Magazine Luiza (MGLU3)
O Grupo Magazine Luiza anunciou o lançamento da Magalog, uma empresa de logística. Formada pela consolidação dos ativos logísticos do grupo e suas aquisições, a Magalog, que conta com um faturamento inicial acima de R$ 3 bilhões e uma carteira de 70 clientes, incluindo o próprio Magazine Luiza. Saiba mais…
Multiplan (MULT3)
A Multiplan concluiu a venda do terreno na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, de 128.642 m2 , localizado a 8,5 km do Shopping Santa Úrsula e 11,5 km do Ribeirão Shopping.
(Com informações da TC Mover e Momento B3)