Bom dia ADVFN – 11/11/2024 - Plano de estímulo da China decepciona, Bitcoin dispara, Boletim Focus e mais destaques

☕ Esse é o Bom dia, Investidor!  11 de novembro de 2024, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!

Bolsas mundiais:   os índices futuros americanos operam em alta no pré-mercado, estendendo a alta vista na semana anterior impulsionada pela vitória de Trump e a redução de juros pelo Federal Reserve. O mercado de títulos estará fechado nos EUA hoje devido ao feriado nacional do Dia dos Veteranos. Embora seja feriado nacional, as bolsas de valores dos EUA operarão normalmente. O Bitcoin bate recorde e vai a US$ 81.000.

Nos Estados Unidos,  os índices futuros operam em alta, após uma semana marcada por recordes de fechamento dos principais índices em Nova York, impulsionados pelas eleições nos EUA e pelas decisões sobre juros no país, as atenções dos investidores agora se voltam para os dados de inflação.

O S&P 500 encerrou a semana passada com alta de 4,66%, enquanto o Dow subiu 4,61%, ambos registrando seu melhor desempenho semanal desde novembro de 2023. O Nasdaq superou esses resultados, avançando 5,74%.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que refletirá a inflação ao consumidor e fornecerá pistas sobre o rumo da política monetária, será divulgado na quarta-feira (13). Já o Índice de Preços ao Produtor (PPI), previsto para quinta-feira (14), deve indicar pressões inflacionárias vindas do setor produtivo.

Na Europa,  os índices operam em alta, buscando recuperação após uma sequência de perdas, enquanto investidores aguardam dados de inflação locais e dos EUA. O índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 1,07%, a 512,08 pontos.

Na semana passada, o Stoxx 600 amargou sua terceira queda semanal consecutiva, à medida que investidores avaliaram a possibilidade de novas tarifas após Donald Trump reconquistar a presidência dos EUA e se mostraram decepcionados com as últimas medidas de estímulo fiscal na China. O subíndice do setor aeroespacial e de defesa era destaque positivo, com ganho de quase 2%.

Na agenda da semana, a atenção vai se voltar para dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA e da Alemanha. Também estão previstas leituras do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e do Reino Unido.

Na Ásia,  as bolsas encerraram sem direção única, enquanto investidores avaliavam novos estímulos fiscais e dados de inflação da China, que ficaram aquém das expectativas. Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng caiu 1,45% em Hong Kong, a 20.426,93 pontos, pressionado por ações do setor imobiliário, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,15% em Seul, a 2.531,66 pontos, e o Taiex registrou queda marginal de 0,10% em Taiwan, a 23.529,64 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,51%, a 3.470,07 pontos, e o Shenzhen Composto avançou 1,86%, a 2.133,57 pontos, em meio ao bom desempenho de ações de fabricantes de semicondutores como SMIC (+4,7%) e Hygon Information Technology (+1,5%).

No fim da semana passada, a China anunciou planos para ajudar governos locais endividados, decepcionando os mercados, que esperavam medidas de estímulo mais agressivas, principalmente após a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. Os últimos números da inflação chinesa,  vieram mais fracos do que se previa. A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) chinês ficou em 0,3% em outubro, ante previsão de alta de 0,4%.

Em Tóquio, o japonês Nikkei teve ligeiro ganho de 0,08% hoje, a 39.533,32 pontos. Após o encerramento dos negócios, o Parlamento do Japão votou pela manutenção de Shigeru Ishiba como primeiro-ministro do país.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 70,45  (+0,10%).

O Brent  é negociado a US$ 74,05  (+0,26%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 81.236,01  (+2,43%).

Ouro:

Negociado a US$ 2.665,72 a onça-troy (-0,70%).

Minério de ferro:

O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, –2,87%, a 762,00 iuanes (US$ 105,93).

Brasil:

Bolsa:  O mês de novembro tem dois feriados: 15 (Proclamação da República) e 20 (Dia da Consciência Negra).

O dia 15 de novembro, quando é comemorada a Proclamação da República, cairá em uma sexta-feira em 2024. Com isso, no dia, não haverá negociações em bolsa, nem expediente bancário.

Em 2024 será a primeira vez que o dia 20 de novembro será feriado nacional, numa quarta-feira. Por isso, seguirá o mesmo padrão dos outros feriados nacionais em dias úteis, sem operações em Bolsa e agências bancárias.

Economia:

A temporada de resultados das companhias brasileiras no terceiro trimestre de 2024 (3T24) começou no dia 22 de outubro e se estenderá até 15 de novembro.  [ Calendário aqui ]

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, disparou 1,02% na primeira quadrissemana de novembro, ganhando força ante o acréscimo de 0,80% observado em outubro, segundo dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta segunda-feira, 11.

Imóveis: Apesar da alta na renda e no financiamento imobiliário, a classe média brasileira sente que está mais difícil comprar um imóvel. O aumento no preço dos imóveis tem superado a inflação e o crescimento da renda. O preço dos imóveis subiu 12,42% em 12 meses, acima da inflação (4,42%).

A alta nos juros e as condições mais rígidas para obter crédito imobiliário estão excluindo muitos da possibilidade de compra. Isso afeta principalmente a classe média, que enfrenta dificuldades para financiar imóveis, mesmo com o aumento do crédito para as faixas de renda mais baixas.

A Caixa Econômica Federal aumentou a entrada mínima exigida para o financiamento de imóveis. O crédito está mais restrito, com bancos exigindo maior entrada e sendo mais seletivos na concessão de crédito. Em um cenário de juros mais altos e crédito mais restrito, o mercado imobiliário tende a desacelerar, impactando a decisão de compra de muitas famílias, especialmente na classe média.

A Crescera Capital está em fase de captação para seu sexto fundo de private equity, com meta de US$ 500 milhões. Com planos de captar investidores brasileiros inicialmente e explorar plataformas como Itaú, BTG Pactual e XP, a gestora espera fazer o primeiro fechamento até o início de 2025, mantendo sua estratégia de investimentos em middle market nos setores de educação, saúde, tecnologia e varejo.

Bitcoin: O bitcoin, criptomoeda que está sendo fortemente impulsionada pela vitória de Donald Trump, acaba de atingir uma nova máxima histórica em dólares no domingo (10): US$ 80 mil (R$ 456 mil). O motivo para a alta está na expectativa de que o segundo governo de Donald Trump seja marcado por um forte avanço no uso de criptomoedas de forma institucional. Em um de seus discursos, Trump chegou a afirmar que gostaria de transformar os Estados Unidos na capital mundial das criptomoedas. Vale lembrar que o republicano tem ao seu lado Elon Musk, ávido entusiasta do mundo cripto, e outros bilionários do setor. Desde a semana passada, a criptomoeda acumula ganhos na casa dos 20% em dólar.

Além de questões macroeconômicas — como queda dos juros americanos e a incerteza sobre o impacto fiscal do próximo governo (o que tende a desvalorizar o dólar) —, os investidores também estão de olho na possibilidade de uma reserva nacional feita de bitcoin. Se a promessa de campanha se cumprir, a medida colocaria a maior criptomoeda do mundo em um “novo patamar”.

O Bitcoin Act, apresentado pela senadora dos Cynthia Lummis neste ano, propõe a criação de uma reserva estratégica de bitcoin para reduzir a crescente dívida nacional dos EUA, que se aproxima de US$ 36 trilhões (R$ 205 trilhões), comprando 1 milhão de bitcoins ao longo de cinco anos. Ao longo da campanha, Trump endossou o seu apoio a uma reserva do tipo. A ideia inicial de Trump é iniciar a reserva com criptomoedas que foram apreendidas de criminosos. Hoje, os EUA possuem pouco mais de 200 mil bitcoins, avaliados em cerca de US$ 15 bilhões (R$ 85,5 bilhões). O valor é suficiente para colocar o país como o segundo maior governamental de bitcoin, atrás apenas da China.

Agenda Econômica:

🇧🇷 05h00 – Brasil/Fipe: IPC 1ª quadrissemana de novembro
🇧🇷 08h25 – Brasil/BC: Boletim Focus⚠️
🇧🇷 08h30 – Brasil/BC: Resultado primário do setor público consolidado em setembro
🇧🇷 15h00 – Brasil/Mdic: Balança comercial semanal
🇺🇸 Feriado do Dia dos Veteranos nos EUA mantém o mercado de Treasuries fechado⚠️

Balanços⚠️
📈 Brasil/noite: Sabesp, São Martinho, Even, JSL, Localiza e Track&Field

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em queda de 1,43%, aos 127.829 pontos. O volume ficou em R$ 29,9 bilhões.

Maiores altas do Ibovespa

O dólar fechou em alta de 1,07%, a R$ 5,7359.

IFIX:

O índice fechou em  alta de 0,37%, aos 3.195,85 pontos. A mínima chegou a 3.183,20.

Siga-nos nas redes sociais

Fonte:  CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney.  atualização: 7h30 (horário Brasília)