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IGP-10 sobe 1,45% em novembro de 2024, maior alta desde abril de 2022

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(14/11/2024): O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,45% em novembro, acelerando em relação à alta de 1,34% registrada no mês anterior e maior variação desde os 2,48% de abril de 2022.

Com esse resultado, o índice acumula aumento de 5,41% no ano e de 6,07% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2023, o IGP-10 havia registrado a variação mensal de 0,52%, porém acumulava uma queda de 3,81% no período de 12 meses.

“Apesar da retomada das chuvas em importantes regiões produtoras de alimentos em novembro, o IPA ainda sente os efeitos da seca, sendo os bovinos a principal influência positiva no índice. Nos preços ao consumidor, refeições em bares e restaurantes registraram movimento de aceleração mais forte em relação ao período anterior, indicando uma dinâmica de maior pressão sobre os serviços. O Índice de custos da construção registrou estabilidade, com destaque para a mão de obra, que apresentou alta na margem”, destacou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.

Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta de 1,88%, um avanço em relação à taxa de 1,66% observado no mês anterior. Ao analisar os estágios de processamento com mais detalhe, os preços dos Bens Finais apresentaram variação de 1,14% no mês, um aumento em comparação com a taxa de 1,06% registrada em outubro. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelo subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -3,05% para -0,22%. Já o índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 1,37% em novembro, frente à alta de 1,61% no mês anterior.

No grupo de Bens Intermediários, a taxa recuou de 0,21% em outubro para 0,01% em novembro. Esse comportamento foi impulsionado pela queda nos preços do subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, que passou de 0,94% para -0,01%. Excluindo-se o impacto do subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de Bens Intermediários (ex) registrou aumento de 0,11% em novembro, inferior à alta de 0,62% observada no mês anterior.

A taxa do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 3,94% em outubro para 4,69% em novembro. As principais contribuições para a aceleração desse grupo partiram dos seguintes itens: minério de ferro (1,84% para 7,58%), bovinos (8,36% para 15,20%) e milho em grão (5,89% para 8,24%). Em sentido oposto, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: soja em grão (6,58% para 4,02%)  leite in natura (4,65% para 0,23%) e café em grão (4,57% para 2,05%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,23% em novembro. Em outubro, o índice variara 0,53%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (1,60% para 0,04%), Educação, Leitura e Recreação (0,57% para -0,27%), Despesas Diversas (1,76% para 0,21%), Comunicação (0,30% para 0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,26%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (6,35% para -0,17%), passagem aérea (4,24% para -2,87%), serviços bancários (1,99% para 0,10%), mensalidade para TV por assinatura (3,37% para 0,00%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,22% para 0,06%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (0,08% para 0,74%), Transportes (-0,23% para 0,17%) e Vestuário (-0,03% para 0,26%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (-7,75% para -0,70%), gasolina (-0,78% para 0,21%) e roupas (-0,23% para 0,25%).

Em novembro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou alta de 0,58%, ligeiramente superior à taxa de 0,57% registrada em outubro. Analisando os componentes do INCC, observam-se movimentações distintas entre os grupos. Em novembro, o grupo Materiais e Equipamentos repetiu a taxa de 0,58% que foi observada no mês anterior. Enquanto o grupo Serviços apresentou alta menos significativa, passando de um crescimento de 0,70% em outubro para 0,32% em novembro. Já a Mão de Obra obteve uma aceleração mais expressiva, passando de 0,53% em outubro para 0,62% em novembro.

(fgv)

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