A Vale concluiu captação de R$ 6 bilhões com debêntures, após nove anos sem acessar o mercado interno de dívida. O volume foi o terceiro maior deste ano.
A taxa dos papéis ficou abaixo da remuneração de um título público equivalente. “Isso é algo realmente incomum no mercado, porque geralmente os emissores não fazem com a taxa abaixo da NTN-B. O mercado mostrou apetite por uma empresa que tem um risco superbaixo”, diz Ivie Moura Alves, sócia de mercado de capitais do escritório Pinheiro Guimarães, que assessorou a Vale (BOV:VALE3) na operação. Os bancos, porém, ficaram com a maior parte dos papéis, cerca de 62%.
Dos R$ 6 bilhões emitidos, R$ 2,4 bilhões ficaram nas mãos de pessoas físicas, jurídicas e fundos de investimento. Os papéis foram divididos em três séries. Na primeira, que vence em dez anos, a mineradora vai pagar o equivalente a NTN-B 2035 menos 0,3% ao ano.
Na segunda, de 12 anos, o equivalente a Tesouro IPCA 2035 menos 0,25% ao ano. No último grupo, IPCA 2040 menos 0,2% ao ano.