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A saída de Pat Gelsinger como CEO da Intel Corp. (NASDAQ:INTC) marca o fim de uma liderança turbulenta em uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo.
A Intel Corp. também é negociada na B3 através da BDR (BOV:ITLC34).
Gelsinger, que assumiu o cargo em 2021, enfrentou dificuldades para revitalizar a empresa diante da crescente concorrência de gigantes como Nvidia e TSMC. Sua estratégia de apostar na expansão das fábricas e entrar no mercado de fabricação para terceiros mostrou-se custosa e pouco eficaz.
Gelsinger foi pressionado pelo conselho após a empresa perder participação de mercado e reportar resultados financeiros abaixo das expectativas. Sua saída foi anunciada em meio a uma reestruturação estratégica, com David Zinsner e Michelle Johnston Holthaus assumindo como co-CEOs interinos.
Holthaus, veterana da Intel, agora lidera o grupo de produtos, indicando uma mudança de foco para as áreas de computação de clientes e inteligência artificial.
A Intel enfrenta uma posição delicada no mercado de semicondutores. Enquanto a Nvidia domina o segmento de IA, a Intel luta para recuperar sua relevância. A tentativa de competir diretamente com a TSMC e a Samsung no segmento de fabricação exigiu investimentos pesados, incluindo subsídios federais do Chips Act. Apesar disso, os resultados foram insatisfatórios, gerando dúvidas sobre a viabilidade da estratégia.
Além dos desafios operacionais, a Intel sofre pressões políticas e econômicas. A empresa é uma peça central no esforço do governo dos EUA para fortalecer a indústria doméstica de semicondutores, mas suas dificuldades financeiras levantam questões sobre sua capacidade de cumprir os objetivos estipulados. Com a saída de Gelsinger, o conselho sinalizou uma possível reavaliação das operações de fundição e maior foco em produtos principais.
O desempenho das ações da Intel (INTC) durante o mandato de Gelsinger foi desanimador, com queda acumulada de 61%. Em contraste, o crescimento exponencial no mesmo período das ações da Nvidia (NASDAQ:NVDA), rival direta, é uma enorme disparidade, demonstrando uma superioridade técnica da Nvidia, e também as dificuldades da Intel em responder às demandas de um mercado em rápida evolução.
Agora, a Intel enfrenta um momento crucial. Analistas apontam para a necessidade de uma nova estratégia, possivelmente envolvendo parcerias ou até uma separação das unidades de produtos e fundição. O futuro CEO deverá focar em equilibrar a inovação tecnológica, sustentabilidade financeira e expectativas políticas, além de reconquistar a confiança do mercado e investidores.
