O sindicato Starbucks Workers United, que representa baristas da Starbucks (NASDAQ:SBUX) em mais de 500 lojas nos EUA, aprovou a possibilidade de uma greve, com 98% dos membros votando a favor. A paralisação, no entanto, será utilizada como último recurso durante as negociações finais do contrato, enquanto a Starbucks e o sindicato tentam chegar a um acordo sobre salários e condições de trabalho.
A Starbucks também é negociada na B3 através da BDR (BOV:SBUB34).
Desde que a primeira loja se sindicalizou em 2021, a relação entre a Starbucks e o sindicato tem sido marcada por disputas acaloradas. Apesar disso, as negociações retomadas em abril resultaram em avanços significativos, incluindo mais de 30 acordos provisórios sobre questões econômicas e operacionais.
O sindicato, porém, critica a empresa por não apresentar uma proposta econômica abrangente e por não resolver acusações de práticas trabalhistas injustas. A Starbucks, por sua vez, afirma estar comprometida em alcançar um acordo justo, mas considera decepcionante a aprovação de uma possível greve neste momento das negociações.
A empresa destacou que ampliou recentemente os benefícios de licença parental e reiterou que seus programas de remuneração e benefícios têm valor médio de US$ 30 por hora para os baristas.
A questão salarial continua sendo um ponto sensível. O sindicato pressiona por maiores investimentos nos trabalhadores, enquanto a Starbucks enfrenta resultados financeiros mais fracos e reduziu os aumentos salariais em comparação ao ano passado. A última sessão de negociações do ano, realizada na terça-feira, foi considerada crucial para definir os próximos passos no relacionamento entre as partes.
Embora greves possam ser comuns em algumas indústrias como estratégia de pressão, o sindicato não organizou paralisações desde fevereiro. Com ambos os lados declarando compromisso em finalizar um contrato, o futuro das negociações determinará se a ameaça de greve se tornará realidade ou se um acordo será alcançado.