Na segunda-feira (6), o Bitcoin (COIN:BTCUSD) voltou a superar a marca de US$ 100.000, alcançando o maior valor desde 19 de dezembro de 2024. Com valorização de 3,8% nas últimas 24 horas, o Bitcoin variou entre a mínima de US$ 97.900,00 e a máxima diária de US$ 102.500,00.

O cenário é otimista para o mercado de criptomoedas, acompanhado por aumentos significativos no preço de outras moedas digitais, como o Ether (COIN:ETHUSD), que atingiu US$ 3.700, e o Solana (COIN:SOLUSD), negociado acima de US$ 219.

Analistas associam o rali recente do Bitcoin ao aumento nas taxas de financiamento de futuros perpétuos, que atingiram 0,0113% nas principais bolsas, segundo os dados da Coinglass. A métrica aponta para um otimismo sustentado antes da posse presidencial de Donald Trump em 20 de janeiro.

Embora o mercado apresente volatilidade moderada no curto prazo, especialistas da QCP Capital descartam catalisadores marcantes relacionados a Trump até após sua posse, e destacam que os níveis de financiamento permanecem saudáveis, o que reduz o risco de correções abruptas.

A dinâmica do mercado de derivativos também chama atenção: O trader Gordon Grant ressaltou um fluxo atípico de calls de curto prazo para o Bitcoin, sugerindo um possível padrão de alta semelhante ao observado em eventos passados. Comparando ao início de 2023 e janeiro de 2024, atividades especulativas similares impulsionaram grandes valorizações.

Grant também aponta para o impacto de liquidações no mercado, com US$ 175 milhões em posições encerradas nas últimas 24 horas, das quais mais de US$ 36 milhões envolveram Bitcoin, criando uma pressão de compra e elevando os preços.

Em outras notícias relacionadas ao Bitcoin, a grande detentora MicroStrategy (NASDAQ:MSTR) segue consolidando sua estratégia de acumulação de Bitcoin. A empresa adquiriu recentemente mais 1.070 BTC, elevando seu total para 447.470 unidades, avaliadas atualmente em US$ 44,3 bilhões.

Contudo, a estratégia agressiva de compra traz riscos elevados, como a dependência de financiamentos de dívida e a exposição à volatilidade dos preços da criptomoeda. Na última sexta-feira, a empresa revelou planos para emitir US$ 2 bilhões em ações preferenciais para levantar os fundos necessários para comprar mais bitcoins.

Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, expressou interesse em atuar como consultor de políticas digitais no segundo mandato de Trump. Com a posse no horizonte, o mercado especula sobre as possíveis mudanças regulatórias prometidas e os impactos no setor de criptomoedas.