Bom dia ADVFN – 06/01/2025 – Dados econômicos dos EUA, Boletim Focus projeta alta do juro e inflação e mais

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Bolsas mundiais: Os índices futuros americanos operam em alta, enquanto os investidores aguardam os dados de emprego em uma semana de negociações mais curta. A Bolsa de Valores de Nova York estará fechada na quinta-feira,9, em homenagem ao falecimento do ex-presidente Jimmy Carter. As ações europeias operam em alta, impulsionadas por ganhos do setor de semicondutores, como a ASML Holding, após o anúncio do plano da Microsoft de investir US$ 80 bi em data centers.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam em alta, em semana de negociações mais curta. A Bolsa de Valores de Nova York estará fechada na quinta-feira em homenagem ao falecimento do ex-presidente Jimmy Carter.

A governadora do Federal Reserve, Lisa Cook, falará em uma conferência sobre direito e microeconomia na Universidade de Michigan. Seu colega Tom Barkin, o presidente do Richmond Fed, sugeriu na sexta-feira que sua preferência era manter as taxas restritivas por mais tempo.

Na agenda da semana, os pontos altos vêm dos EUA: ata do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira e o relatório payroll de empregos na sexta-feira.

Na Europa, os índices operam em alta, com o setor de tecnologia em destaque após a Microsoft anunciar investimento bilionário na inteligência artificial. Londres, porém, emerge como uma das exceções no pregão, sob o peso do rebaixamento de importantes ações. O índice Stoxx 600 subia 0,22%, a 509,32 pontos.

O subíndice de techs avançava 2,77%, a 834,32 pontos. O movimento acompanha uma euforia global que também impulsionou os papéis do segmento em Seul e Taiwan, em reação ao anúncio dos planos da Microsoft de investir cerca de US$ 80 bilhões em data centers de IA em todo o mundo este ano. A fabricante de semicondutores STMicroelectronics saltava 4,62% e liderava os ganhos em Paris, onde o índice CAC 40 ascendia 0,42%. Em Frankfurt, a escalada de 0,68% do índice DAX era puxada pelo avanço de 5,61% da Infineon Technologies.

O FTSE 100 recuava 0,16% em Londres. A Unilever caía 1,36%, após a RBC rebaixar para “underperform” a recomendação para o papel. A Rolls-Royce perdia 4,10%, depois que o Citi cortou a ação de “compra” para “neutra”. Entre outras praças importantes, a Bolsa de Milão subia 0,28%, enquanto Lisboa cedia 0,67%. Os negócios acionários responderam pouco à sequência de índices de gerentes de compras (PMI) na região, mas a reação foi notável no câmbio e na renda fixa. Em particular, os PMIs de serviços superaram as leituras prévias na Alemanha e na zona do euro. Assim, o euro acelerou alta e subia a US$ 1,0352. O mesmo indicador no Reino Unido veio ligeiramente abaixo da estimativa inicial.

Na Ásia, as bolsas encerraram sem direção única, à medida que a confluência de incertezas econômicas manteve a pressão sobre os negócios chineses. Na contramão, o anúncio de investimento bilionário da Microsoft em inteligência artificial promoveu um avanço entre ações de tecnologia, que se traduziu em fortes ganhos aos mercados de Seul e Taiwan.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou a sessão em baixa de 0,36%, a 19.688,29 pontos. Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,14%, a 3.206,92 pontos, enquanto o Shenzhen Composto cedeu 0,38%, a 1.849,45 pontos. Segundo a Reuters, as bolsas de Xangai e Shenzhen pediram a alguns fundos mútuos que limitem a venda de ações neste início do ano.

O índice Nikkei, de Tóquio, recuou 1,47%, a 39.307,05 pontos, na volta de feriado prolongado que suspendeu as operações nos últimos pregões. A ação da Nippon Steel caiu 0,75%, após o presidente dos EUA, Joe Biden, ter proibido a e empresa de comprar a americana U.S. Steel na última sexta-feira. O sul-coreano Kospi subiu 1,91%, a 2.488,64 pontos, em Seul. Entre os destaques, a fabricante de chips de memória SK Hynix saltou 9,84% e Samsung Electronics ganhou 2,76%, depois que a Microsoft anunciou planos de investir cerca de US$ 80 bilhões na construção de data centers para treinar modelos de IA e aplicações de nuvem em escala global. A TSMC se elevou 4,65% em Taiwan, onde o índice Taiex avançou 2,79%, a 23.547,71 pontos.

Petróleo:

Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 73,64 (-0,43%).

O Brent é negociado a US$ 76,18 (-0,44%).

Bitcoin:

Negociado a US$ 99.038,12 (+0,76%).

Ouro:

Negociado a US$ 2.642,89 a onça-troy (+0,04%).

Minério de ferro:

Negociado na bolsa de Dalian, -2,21%, a 751,50 iuanes (US$ 102,53).

Brasil:

Leilão: Com mais de 90 leilões planejados, o Brasil busca dobrar os investimentos em infraestrutura para 4% do PIB. Projetos em rodovias, portos, aeroportos e saneamento ganham destaque, enquanto desafios macroeconômicos e a proteção de agências reguladoras seguem no radar do setor.

Economia:

Ouro: Após o metal ter disparado 27% em 2024, quando atingiu máximas históricas ao chegar perto de US$ 2.800, os investidores e gestores de fundos seguem otimistas. Compras por bancos centrais e flexibilização do Fed contribuíram para a alta.

Imposto: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas compras internacionais feitas com cartão de crédito está menor desde a quinta-feira, dia 2. A redução decorre de um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, que determinou a extinção gradual da alíquota até 2028. O IOF é cobrado no uso do cartão de crédito em compras internacionais (inclusive online), no cheque especial, em empréstimos, no resgate de valores mobiliários, em seguros e na compra e venda de moedas estrangeiras. O tributo também incide em compras nacionais, transferências para o exterior e saques internacionais. A alíquota, que era de 6,38% até 2022, caiu para 5,38% em 2023, a 4,38% em 2024, e agora foi a 3,38%. O valor cairá um ponto porcentual por ano até ser zerado em 2 de janeiro de 2028. A extinção do IOF sobre operações cambiais foi uma exigência da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para viabilizar a entrada do Brasil no grupo.

Receita: A Receita Federal publicou uma portaria que diminui os critérios para classificar pessoas físicas como grandes contribuintes, reduzindo os limites de rendimentos, bens e operações em renda variável. A medida sinaliza um aumento da fiscalização, especialmente sobre o topo da pirâmide, e está alinhada às novas tributações voltadas para contribuintes de alta renda.

Emprego: O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil caiu em dezembro e encerrou 2024 no nível mais fraco desde janeiro do ano passado, mostrando sinais de desaceleração para o mercado de trabalho, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Boletim Focus: os economistas projetaram inflação mais alta neste ano, assim como uma maior taxa de juros.

IPCA:
IPCA para 2024: 4,89% de 4,90%
IPCA para 2025: 4,99% de 4,96%

Selic:
Selic para 2025: 15% de 14,75% do relatório anterior
Selic para 2026: 12% de 12% do boletim passado

Dólar:
Dólar para 2025: R$ 6,00 (de R$ 5,96 da semana passada)
Dólar para 2026: R$ 5,90 (sem mudanças)

PIB:
PIB para 2024: 3,49% (sem alterações)
PIB para 2025: 2,02% (de 2,01% da semana passada)

Agenda Econômica:

🇩🇪 05h55 – Alemanha/S&P Global: PMI Composto (final) – dez
🇪🇺 06h00 – Zona do euro/S&P Global: PMI Composto (final) – dez
🇬🇧 06h30 – Reino Unido/S&P Global: PMI Composto (final) – dez
🇧🇷 08h00 – Brasil/FGV: Indicador Antecedente de Emprego – dez
🇧🇷 08h25 – Brasil/BC: Boletim Focus ⚠️
🇩🇪 10h00 – Alemanha/Destatis: CPI de dezembro (preliminar)
🇺🇸 11h45 – EUA/S&P Global: PMI Composto (final) – dez
🇺🇸 12h00 – EUA: Encomendas à indústria – novembro
🇧🇷 15h00 – Brasil/Mdic: Balança comercial dez e acumulado 2024

Eventos Fed
🇺🇸 11h45 – EUA: Diretora do Fed Lisa Cook discursa ⚠️

Ibovespa e dólar no último pregão:

Ibovespa:

Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 1,33%, aos 118.532 pontos, com o mercado ponderando também relatório do HSBC que rebaixou recomendação de ações no Brasil para “venda”, citando possível “armadilha de valor” no país e cenário negativo devido à perspectiva de juros elevados. O volume de negócios foi de R$ 20,3 bilhões, abaixo da média móvel dos últimos 50 pregões.

Maiores altas do Ibovespa