No quarto trimestre de 2024, a Tesla (NASDAQ:TSLA) reportou 495.570 entregas de veículos, enquanto a produção atingiu 459.445 unidades. Esses resultados levaram o total anual de entregas para 1.789.226, uma queda em relação ao número de 1,81 milhão do ano anterior.

É a primeira vez que a Tesla registra queda anual em suas entregas, fator que impactou as ações da empresa, com uma desvalorização de 4,9% durante as negociações de quinta-feira (2), na última verificação.

A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34).

Analistas consultados pela StreetAccount esperavam entregas de até 504.770 veículos, enquanto outro consenso apontava para pouco mais de 506 mil. A Tesla também havia enviado seus próprios números de previsão para alguns investidores, mas o balanço final ficou abaixo dessas estimativas.

O desempenho abaixo da previsão gerou dúvidas no mercado sobre a capacidade da empresa de manter um ritmo de crescimento constante.

A companhia viu suas ações passarem por uma forte oscilação ao longo de 2024, incluindo uma queda expressiva no primeiro trimestre, seguida por uma alta de 63% até o fim do ano.

Paralelamente, Elon Musk, que além da Tesla lidera a SpaceX e a xAI, envolveu-se ativamente na cena política dos Estados Unidos, financiando a campanha do agora presidente eleito Donald Trump. Esse foco político levantou questionamentos sobre quanto tempo e energia Musk ainda dedica às operações da Tesla.

No mercado global, a montadora enfrenta concorrência crescente: fabricantes como General Motors, Ford, Rivian e BYD, bem como marcas europeias e asiáticas, disputam participação em um setor que cresce em ritmo acelerado. Para muitos analistas, a rede de carregamento da Tesla continua sendo uma das principais vantagens competitivas da empresa, mas problemas como excesso de estoque e o alto valor do Cybertruck (cujo preço inicial gira em torno de US$ 80.000) mostram que os desafios operacionais continuam.

Para 2025, Elon Musk aponta uma possível expansão de 20% a 30% nas vendas, principalmente graças ao lançamento de novos projetos, como robotáxis dedicados e avanços em veículos autônomos de menor custo.

Analistas e investidores aguardam agora o próximo relatório de lucros, previsto para 29 de janeiro.