Mercado europeu fechou em baixa seguindo a piora dos EUA no setor de tecnologia

Os mercados da Europa encerraram a sessão desta sexta-feira (12/12) em clima de aversão ao risco, com a maioria dos principais índices de ações das bolsas de valores da região terminando em queda, à exceção de Lisboa. O dia foi marcado por volatilidade elevada, pressões externas vindas da bolsa de valores norte-americana, onde o setor de tecnologia pressionou os índices e um quadro de indicadores econômicos mistos, com destaque para a confirmação da inflação da Alemanha e para dados britânicos que surpreenderam em direções opostas. No ambiente europeu, Frankfurt registrou a maior oscilação negativa, enquanto Lisboa se destacou como o único índice em alta.

No Reino Unido, a agenda econômica trouxe um conjunto de dados capazes de influenciar a política monetária do Banco da Inglaterra (BoE). A produção industrial avançou 1,1% no mês, superando a Projeção do mercado, que esperava um desempenho mais moderado, e também o resultado Anterior. Por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) mensal recuou 0,1% em outubro na comparação com setembro, contrariando a Projeção de estabilidade e reforçando riscos de desaceleração no quarto trimestre, segundo avaliações de analistas locais. Em dias como este, o mercado britânico costuma reagir com volatilidade simultânea nos juros futuros, na libra esterlina e no índice acionário, já que oscilações do PIB influenciam as expectativas de política monetária. Ao final do pregão, o FTSE 100 (LSE:UKX) fechou em queda de 0,56%.

Na Alemanha, o indicador mais relevante do dia foi a inflação anual, que permaneceu em 2,3% em novembro, confirmando a leitura preliminar. A manutenção da taxa reforça a percepção de que o Banco Central Europeu (BCE) continuará avaliando cuidadosamente seus próximos passos de política monetária, já que a inflação próxima da meta tende a reduzir a urgência de ações adicionais. Em cenários assim, o DAX (DBI:DAX) costuma registrar oscilações moderadas, com investidores ajustando posições conforme as expectativas sobre juros. O índice encerrou o pregão em queda de 0,34%.

Na França, não houve divulgação de indicadores econômicos no material disponível. Assim, o comportamento do CAC 40 (EU:PX1) refletiu principalmente o ambiente corporativo e o humor global de mercado, encerrando a sexta-feira (12/12) com queda de 0,21%.

Na Itália, sem indicadores econômicos disponíveis no material, o FTSE MIB (BITI:FTSEMIB) foi amplamente influenciado pelo mau humor global e pela sensibilidade do mercado local a movimentos de juros na Europa e nos Estados Unidos. O índice terminou o dia com recuo de 0,43%.

Em Portugal, não houve indicadores econômicos informados. Mesmo assim, o PSI 20 (EU:PSI20) se destacou de forma isolada entre as principais bolsas de valores da Europa ao encerrar em alta de 0,09%, sustentado por ajustes setoriais e fluxo pontual de investidores.

Na Holanda, também sem indicadores econômicos listados no material, o AEX (EU:AEX) acompanhou o sentimento global e fechou o pregão em queda de 0,78%.

Reação a indicadores norte-americanos
Embora o material disponível não traga dados divulgados pelos Estados Unidos ao longo da sexta-feira (12/12), o sentimento negativo observado na bolsa de valores norte-americana – especialmente relacionado ao setor de tecnologia e preocupações com uma possível bolha de inteligência artificial – exerceu influência direta sobre o mercado europeu. Em dias assim, investidores costumam reduzir exposição a ativos de maior risco, pressionando ações cíclicas e aumentando a volatilidade das cotações.

Mercado cambial europeu nas últimas 24 horas
O mercado de moedas também refletiu o clima defensivo. O euro avançou frente à libra esterlina (FX:EURGBP) e ganhou leve tração contra o dólar norte-americano (FX:EURUSD), enquanto a libra esterlina recuou ante o euro (FX:GBPEUR) e também caiu contra o dólar norte-americano (FX:GBPUSD). O movimento revela uma busca por proteção relativa na moeda única europeia, sobretudo em um ambiente de baixa generalizada nas bolsas de valores.

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