O Ibovespa encerrou em alta nesta sexta-feira, impulsionado pelas ações da Vale, diante de dados de crescimento econômico da China acima das expectativas no quarto trimestre, alcançando meta traçada pelas autoridades econômicas, de avanço de 5% em 2024. Falas politizadas por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pressionaram a curva de juros e o dólar na tarde de hoje.
O Índice Bovespa terminou com alta de 0,92%, aos 122.350 pontos. O volume ficou em R$ 22,6 bilhões, abaixo da média de 50 pregões. Na semana, o Ibovespa avançou 2,94%, melhor desempenho desde a semana encerrada em 9 de agosto. Operadores também monitoraram na sessão telefonema entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping.
Os vértices da curva de juros encerraram em alta de até 20 pontos-base, com ênfase na cauda longa. O dólar à vista fechou em alta de 0,16%, a R$5,0650. O índice Dólar DXY, que mede o desempenho deste ante outras moedas, operava ao fim da tarde em queda de %, aos 109, pontos.
No cenário local, o dólar e a curva de juros foram pressionados durante a tarde após as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que concedeu uma entrevista à CNN com tom extremamente politizado, de acordo com operadores ouvidos pela Mover.
Haddad disse acreditar que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro pode estar por trás das notícias falsas sobre uma suposta taxação de transações por Pix após ele e sua família terem sido alvo de fiscalizações da Receita Federal, e defendeu o governo de críticas sobre sua comunicação.
Quando questionado sobre a trajetória da dívida pública, disse estar preocupado, e defendeu que o governo vem perseverando em trajetórias importantes para reduzir o déficit, como conter as despesas e os gastos tributários. Sobre o câmbio, Haddad pontuou que o dólar acima de R$5,70 está “caro” para os fundamentos do Brasil, e que também não compraria a divisa americana a R$6,0.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores contribuidoras do índice foram as ON da Vale, da Sabesp e da Suzano, que subiram 3,46%, 2,15% e 3,18%, respectivamente.
Entre as principais altas do Ibovespa, destaque para as ON da CSN Mineração, da IRB Brasil e da CSN, que avançaram 5,13%, 4,21% e 4,10%, respectivamente.
Na ponta negativa, destaque para as ON da Yduqs, da Hapvida e da Cosan, que recuaram 5,71%, 5,49% e 4,98%, nesta ordem.
As ações da Yduqs recuaram após relatório do JPMorgan sobre o setor educacional em que os analistas reduziram estimativas para empresas, embora avaliando que, em níveis absolutos, é um setor que está “altamente descontado”. O JPM rebaixou recomendação de Yduqs para “neutra”.
No front corporativo, UBS elevou Itaú para “compra”, com base em “lucratividade decente” e valuation já ajustado ao cenário mais duro do Brasil, de acordo com relatório.
Em carta a cotistas referente a dezembro, Adam Capital mostrou-se cética, e disse que Banco Central não irá “sancionar” todas as altas previstas na curva de juros em 2025. Também na visão da asset, país enfrentará “recessão leve” no segundo semestre, e governo deve adotar “medidas criativas” para fazer frente a isso.
No mercado de commodities, os futuros do petróleo Brent operavam em queda de 0,59% a US$80,81 ao fim do dia, com a notícia de que o gabinete de segurança de Israel aprovou o acordo de cessar-fogo em Gaza. Apesar da queda no dia, os futuros do Brent registravam a quarta semana consecutiva de ganhos, ao acumularem alta de 1,30%. Operadores repercutiram, ao longo dos dias, as últimas sanções dos EUA ao comércio de energia da Rússia, e riscos para oferta da commodity.
Os preços futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian para entrega em maio avançaram 1,71%, na última madrugada, a US$109,65 a tonelada, tocando maior nível em mais de quatro semanas, com dados positivos de crescimento. O Produto Interno Bruto (PIB) da China do quarto trimestre cresceu 5,4% na base anual, acima do consenso, e com crescimento no ano fechado de 5,0% – em linha com meta do governo.
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Data | Variação | Pontuação | Volume Financeiro |
02/01/2025 | -0,13% | 120.125,39 | R$ 19,2 bilhões |
03/01/2025 | -1,33% | 118.532,68 | R$ 20,3 bilhões |
06/01/2025 | 1,26% | 120.021,52 | R$ 19,0 bilhões |
07/01/2025 | 0,95% | 121.162,66 | R$ 21,0 bilhões |
08/01/2025 | 1,27% | 119.624,51 | R$ 19,4 bilhões |
09/01/2025 | 0,13% | 119.780,56 | R$ 13 bilhões |
13/01/2025 | 0,13% | 119.006,93 | R$ 16,4 bilhões |
14/01/2025 | 0,25% | 119.298,67 | R$ 19,1 bilhões |
15/01/2025 | 2,81% | 122.650,20 | R$ 19,2 bilhões |
16/01/2025 | 1,15% | 121.234,14 | R$ 30,1 bilhões |
17/01/2025 | 0,92% | 122.350,38 | R$ 22,6 bilhões |
Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.
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💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥
3Tentos (TTEN3)
A 3tentos iniciará o fomento ao cultivo de canola no Rio Grande do Sul a partir da safra de inverno de 2026, informou a empresa em nota. A companhia oferecerá sementes e realizará operações de barter, com a produção destinada à fabricação de biodiesel na fábrica de Ijuí (RS). Saiba mais…
Aeris (AERI3)
A agência de classificação de risco Fitch removeu a observação “negativa” e rebaixou os Ratings Nacionais de Longo Prazo da Aeris e de suas primeira e segunda emissões de debêntures quirografárias para ‘C(bra)’, de ‘BBB(bra)’.
Braskem (BRKM5)
A Braskem anunciou a execução de sete projetos, no valor estimado de aproximadamente R$ 614 milhões. Saiba mais…
BRF (BRFS3)
A China reabilitou frigorífico da BRF em Rio Verde (GO) para exportação de carne de frango, informa o Broadcast. Saiba mais…
Cogna (COGN3)
A Cogna aprovou a criação de um programa de aquisição de ações ordinárias de sua própria emissão. Saiba mais…
Cruzeiro do Sul (CSED3)
A Cruzeiro do Sul informou a renúncia de Fabio Fossen ao cargo de Diretor Presidente, o qual seguirá exercendo a função até 14 de fevereiro de 2025. Saiba mais…
Direcional (DIRR3)
A construtora Direcional informou que as vendas líquidas somaram R$ 1,6 bilhão (R$ 1,2 bilhão % companhia) no quarto trimestre de 2024 (4T24), representando um crescimento de 29% em comparação ao 4T23. Saiba mais…
Petrobras (PETR3/PETR4)
A Petrobras informou que as produções de gasolina e de diesel S-10 da companhia superaram, em 2024, recordes históricos de anos anteriores. O volume total de gasolina produzida chegou a 24,4 bilhões de litros, superando o recorde anterior de 2014 (24,2 bilhões de litros). Já na produção de diesel S-10, em 2024, a marca bateu o recorde anterior de 2023, atingindo 26,3 bilhões de litros. Saiba mais…
Totvs (TOTS3)
O Conselho de Administração da Totvs elegeu, Gustavo Augusto Silva Avelar ao cargo de Diretor Vice-Presidente de Business Performance, frente à apresentação da carta de renúncia do Juliano de Miranda Tubino ao referido cargo. Saiba mais…
Vibra (VBBR3)
A Vibra informou que, foi consumado o fechamento da operação de aquisição pela companhia de ações de emissão da Comerc Energia. Saiba mais…
(Com informações da TCMover e Momento B3)