As ações da Meta Platforms (NASDAQ:META) subiam 2,4% no pré-mercado de quinta-feira, 30 de janeiro de 2025, depois que apresentou resultados financeiros no quarto trimestre de 2024 após o fechamento do mercado na véspera. A Meta também é negociada na B3 através da BDR (BOV:M1TA34).
A dona do Whatsapp, Instagram e Facebook revelou vendas de US$ 48,4 bilhões, um aumento de 21% ano a ano, e superando a expectativa de Wall Street de US$ 47 bilhões. O lucro por ação foi de US$ 8,02, superando os US$ 6,77 estimados pela LSEG. O lucro líquido cresceu 49% em relação ao ano passado, para US$ 20,8 bilhões.
Apesar disso, a previsão de receita para o primeiro trimestre de 2025, na faixa de US$ 39,5 bilhões a US$ 41,8 bilhões, ficou abaixo da estimativa mediana de US$ 41,7 bilhões, o que inicialmente gerou reações mistas no mercado. Ainda assim, o otimismo do CEO Mark Zuckerberg em relação às iniciativas de inteligência artificial estimulou novamente as ações.
Zuckerberg acredita que 2025 será um ano realmente grande para a Meta, impulsionado pela expansão de um assistente de IA capaz de atingir mais de um bilhão de pessoas. Esse projeto requer investimentos que pode chegar a dezenas de bilhões de dólares anuais em infraestrutura de IA, mas com uma abordagem que inclui a adoção das melhores práticas do mercado, sejam elas originadas de concorrentes americanos ou da startup chinesa DeepSeek, cuja tecnologia de código aberto surpreendeu o mundo ao ser desenvolvida a um custo bem menor do que outros modelos tradicionais.
Apesar da competição, a Meta tem reforçado a convicção de que manter seus modelos de linguagem abertos, como a família Llama, oferece vantagens de inovação e escalabilidade. Com isso, também existe a possibilidade de monetizar o futuro assistente de IA com respostas patrocinadas ou assinaturas, embora a companhia reforce que ainda não há planos imediatos para essa receita adicional.
O chatbot Meta AI da empresa ultrapassou 700 milhões de usuários ativos mensais, um aumento em relação aos US$ 600 milhões divulgados no mês anterior. O número de pessoas ativas diariamente de 3,35 bilhões, representa um aumento de 5% em relação a 2023 e mostra a força do negócio principal de anúncios no Facebook, Instagram e outras plataformas do ecossistema Meta.
Na unidade Reality Labs, a Meta segue investindo em realidade aumentada e virtual. Embora apresente prejuízos contínuos, é vista internamente como uma aposta de longo prazo. Os óculos inteligentes em desenvolvimento, os dispositivos vestíveis e os projetos de realidade imersiva têm riscos associados, que a empresa assegura que a receita sólida de publicidade tem fôlego suficiente para bancar esses projetos de ponta.
A Reality Labs teve prejuízo de US$ 5 bilhões, mas gerou US$ 1,1 bilhão em vendas. As despesas totais do quarto trimestre foram de US$ 25,02 bilhões, 5% a mais que um ano antes.
Abrangendo gastos com infraestrutura, monetização, IA generativa, regulamentação e conformidade, a previsão da Meta é que as despesas totais cheguem a um total entre US$ 114 bilhões e US$ 119 bilhões em 2025. A Meta confirmou planos de investir de US$ 60 bilhões a US$ 65 bilhões em 2025 somente para ampliar sua infraestrutura de inteligência artificial.
No campo político, Zuckerberg promoveu mudanças internas na empresa, como a nomeação de Dana White para o conselho e a ampliação de funções para Joel Kaplan, republicano de longa data. Apesar da controvérsia em torno do relaxamento de políticas de conteúdo e conduta, a empresa diz não ter registrado efeitos adversos significativos na receita de publicidade.
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