A Pfizer (NYSE:PFE) reduziu sua participação na Haleon (LSE:HLN) ao colocar no mercado cerca de 700 milhões de ações ordinárias da companhia, o que equivale a aproximadamente 7,7% do capital social emitido. Com essa operação, a fatia da farmacêutica na empresa britânica de saúde ao consumidor deverá cair de 15% para algo em torno de 7,3%.
De acordo com comunicados recentes, JPMorgan Chase & Co. e Morgan Stanley estão liderando a venda, enquanto BNP Paribas, HSBC, Mizuho Financial e UBS atuam como joint bookrunners.
A Haleon foi criada em 2019 a partir da fusão dos negócios de saúde do consumidor da GSK e da Pfizer. A empresa se tornou independente em 2022, quando foi desmembrada da GSK, e hoje é conhecida por produzir itens populares como o creme dental Sensodyne, além de outros produtos para a saúde bucal e cuidados pessoais.
A decisão da Pfizer faz parte de uma decisão de desinvestimento tomada em 2023, quando enfatizou que pretendia reduzir sua participação acionária de forma “lenta e metódica”. Fontes do mercado indicam que a procura pelos papéis é alta, com a demanda de investidores superando a quantidade de ações ofertadas poucos minutos após o lançamento da operação.
Paralelamente, a Pfizer enfrenta pressões do fundo de hedge Starboard Value, que cobra maior responsabilidade da administração em relação ao desempenho da empresa. Em 2022, a farmacêutica também se desfez de uma porção de ações da Haleon, levantando bilhões de dólares. A GSK, por sua vez, encerrou totalmente sua posição na Haleon em maio do ano passado, completando sua separação do negócio de saúde ao consumidor.
Em outra frente, a Pfizer apresentou recurso contra a decisão de um juiz federal que negou à companhia uma indenização de US$ 75,2 milhões relacionada a um caso de negociação com informações privilegiadas, envolvendo o antigo fundo de hedge SAC Capital Management, do bilionário Steven A. Cohen.
A Pfizer alega que a Wyeth, adquirida pela farmacêutica em 2009, teria sido prejudicada no caso em virtude de um neurologista que atuava como consultor e teria fornecido informações privilegiadas a um operador do SAC.
Embora o juiz distrital em Manhattan tenha considerado que a Wyeth não foi vítima dessas negociações, a Pfizer decidiu levar o caso ao 2º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA.
A Pfizer também é negociada na B3 através da BDR (BOV:PFIZ34).