As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) apresentavam alta de 2,7%, na última verificação, durante o último dia de negociação de fevereiro, sexta-feira (28). As ações se recuperam parcialmente de um desempenho mensal negativo de quase 28%, a caminho de ser o segundo pior da sua história, perdendo apenas para dezembro de 2022.
Em dezembro de 2022, a preocupação dos investidores estava relacionada à aquisição do Twitter por Elon Musk, agora renomeado para X, e aos temores de que a atenção do CEO fosse desviada dos negócios automotivos.
As ações da Tesla recuaram em 14 de 19 dias de negociação em fevereiro, com excessão dos dias 4, 12, 13, 19. Investidores buscam um ponto de inflexão que possa mudar esse cenário, mas a ausência de anúncios concretos sobre novos produtos ou avanços tecnológicos tem contribuído para prolongar o clima de cautela.
A associação próxima de Elon Musk ao presidente Donald Trump, bem como o uso intenso do tempo do CEO em Washington, D.C., está novamente sob escrutínio.
Muitos temem que a postura política de Musk afaste a base tradicional de consumidores da Tesla, de pessoas alinhadas a pautas de sustentabilidade e energias renováveis, em geral mais identificadas com o espectro político de esquerda. Analistas alertam que, em Wall Street, a “percepção torna-se realidade” rapidamente.
Outro fator amargo é o desempenho na Europa. Relatórios recentes indicam que as vendas da Tesla nesse mercado tiveram queda drástica, em parte por causa da possível deterioração da imagem da marca junto a consumidores locais. Para alguns especialistas, a pressão aumentará se a perda de relevância na Europa repercutir em outras regiões.
Na visão “copo meio cheio”, a Tesla está apostando em avanços de direção autônoma. A empresa planeja o lançamento de um serviço de robo-táxis até o final de 2025, e há rumores sobre novos pedidos de licença para testes na Califórnia.
No entanto, a legislação estadual e as exigências regulatórias são difíceis, e não há garantia de que a empresa conseguirá implantar, de forma imediata, suas ambições para soluções de condução sem supervisão humana.
Por fim, muitos em Wall Street questionam se a Tesla conseguirá recuperar o status de trilionária em valor de mercado. Embora a companhia já tenha demonstrado capacidade de se recuperar de quedas anteriores, agora enfrenta uma combinação de fatores mais complexos.
Certamente, o caminho de volta ao topo dependerá da habilidade de Musk de lidar com a credibilidade de sua dedicação, competição acirrada, e menor demanda em mercados-chave.
A Tesla também é negociada na B3 através da BDR (BOV:TSLA34), que subiam 3,8% durante as negociações de sexta-feira, com queda semanal de 15,9% e mensal de 27,4%.
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