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Ata do Copom: reflete a complexidade da conjuntura econômica com pressão inflacionária

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(04/02/2025): O Comitê de Política Monetária (Copom) disse, na ata da sua última reunião, que a atividade doméstica surpreendeu positivamente e manteve o dinamismo, apesar da política monetária contracionista. “Em particular, o ritmo de crescimento do consumo das famílias e da formação bruta de capital fixo evidencia uma demanda interna crescendo em ritmo bastante intenso”, destacou o documento.

A avaliação do Copom é de que a conjunção de um mercado de trabalho robusto, política fiscal expansionista e vigor nas concessões de crédito amplo tem dado suporte ao consumo e à demanda agregada. O colegiado também observou que, ao longo dos últimos trimestres, o mercado de trabalho também se mostrou aquecido, e citou as mensurações da taxa de desocupação, do nível de ocupação e do número de desligamentos voluntários. “Os rendimentos nominais crescem em patamar elevado, embora se observe alguma moderação no ritmo de crescimento real de salários”, ponderou.

O Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou, na ata da sua última reunião, que o cenário-base prospectivo envolve uma desaceleração da atividade, considerada uma parte do processo de transmissão da política monetária e como elemento necessário para a convergência da inflação à meta. Como o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, já mostrou, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, diz que há uma compreensão no governo de que é preciso garantir uma desaceleração na economia para evitar um descontrole inflacionário.

O BC observou que os dados mais recentes ainda oferecem sinais incipientes de que alguma moderação do crescimento, em linha com o cenário-base, possa estar se iniciando, em particular no setor de bens e em setores mais sensíveis a crédito. “No entanto, alguns elementos atenuadores sugerem parcimônia nas conclusões. Os dados ainda são de alta frequência, e as dificuldades com sazonalidade e revisões frequentes em tais séries demandam maior cautela na análise. Além disso, relembrou-se que no passado também houve dados que sugeriam desaceleração, percepção que foi revertida em meses subsequentes, refletindo apenas volatilidade nas séries, sem alteração na tendência de crescimento, que mostrou notável resiliência”, destacou a ata.

O colegiado reforçou o alerta sobre o mercado de trabalho aquecido, pontuando que “é difícil avaliar em que medida uma eventual desaceleração refletiria enfraquecimento da demanda ou pressões de oferta, portanto, com impactos diferentes sobre a inflação”.

O Copom reiterou que segue acompanhando a atividade econômica e acrescentou que o arrefecimento da demanda agregada é um elemento essencial do processo de reequilíbrio entre oferta e demanda da economia e convergência da inflação à meta.

O Comitê de Política Monetária (Copom) disse, na ata da sua última reunião, que devido ao cenário adverso para inflação no curto prazo, as projeções no cenário de referência indicam o estouro da meta contínua do IPCA em junho.

“Foi destacado, na análise de curto prazo, que, em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos. Desse modo, com a inflação de junho deste ano, configurar-se-ia descumprimento da meta sob a nova sistemática do regime de metas”, alertou o BC.

 

A trajetória da inflação já ameaçava a gestão de Gabriel Galípolo a ter de se justificar por um eventual descumprimento da meta nos primeiros seis meses. Com a mudança para o sistema de meta contínua de inflação a partir deste ano, o cumprimento da meta é apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido o alvo. A meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

A avaliação do colegiado é de que, no curto prazo, o cenário de inflação é adverso. “Os preços de alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Esse aumento tende a se propagar para o médio prazo em virtude da presença de importantes mecanismos inerciais da economia brasileira”, analisou o Copom.

O Comitê também ponderou que, em relação aos bens industrializados, o movimento recente do câmbio pressiona preços e margens e sugere maior aumento em tais componentes nos próximos meses. “Por fim, a inflação de serviços, que tem maior inércia, segue acima do nível compatível com o cumprimento da meta em contexto de atividade dinâmica e acelerou nas observações mais recentes”, completou a ata.

 

 

 

(bc, estado)

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