A Engie Brasil Energia reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,060 bilhão no quarto trimestre do ano passado, aumento de 29,4% em relação ao mesmo período de 2023. Sem ajustes, o lucro líquido da companhia totalizou R$ 1,090 bilhão, alta de 15,0%, na mesma base de comparação.
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No consolidado de 2024, o lucro ajustado da companhia somou R$ 3,372 bilhões, montante 1,4% menor do que o registrado um ano antes. Desconsiderando o ajuste, a empresa lucrou R$ 4,303 bilhões em 2024, alta de 25,5%, na mesma base de comparação.
O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) ajustado alcançou R$ 1,934 bilhão no quarto trimestre de 2024, elevação de 18,1% frente ao apurado no mesmo período de 2023. Sem os ajustes, o Ebitda da empresa de outubro a dezembro foi de R$ 1,973 bilhão, alta de 9,4% em base anual de comparação.
No ano, o Ebitda ajustado da empresa é de R$ 7,367 bilhões, crescimento de 1,3% em relação a igual período do ano anterior. Já o Ebitda sem ajustes foi de R$ 8,754 bilhões, aumento de 20,2%.
A receita líquida da Engie no quarto trimestre foi de R$ 3,271 bilhões, crescimento de 20,7% frente ao registrado um ano antes. Em 12 meses, a empresa teve receita de R$ 11,219 bilhões, avanço de 4,4%.
Os resultados da empresa refletem o desinvestimento da TAG, concluído no início do ano passado, explica o diretor-presidente da empresa, Eduardo Sattamini. “Sem esse efeito não-recorrente, obtivemos um Ebitda e um lucro líquido ajustados 1,3% superior a 2023 e 1,4% inferior, respectivamente, mesmo num cenário muito desafiador”.
Ao final de 2024, a dívida líquida da Engie estava em R$ 20,126 bilhões, crescimento de 31,2% frente ao apurado um ano antes.
Os resultados da Engie Brasil (BOV:EGIE3) referentes às suas operações do quarto trimestre de 2024 foram divulgados no dia 20/02/2025.
Teleconferência
A Engie Brasil Energia avalia que os cortes de geração renovável impostos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devem se situar em 2025 em níveis próximos aos de 2024, com uma média de 10% da produção total.
“Estruturalmente, fisicamente, não tem como ser diferente. Você tem novas adições de transmissão (de energia) modestas, nada relevante no radar aqui. Por outro lado, você continua tendo um crescimento importante de oferta, compensado pela demanda”, afirmou o diretor financeiro e de RI da Engie Brasil Energia, Eduardo Takamori, durante teleconferência de resultados.
“Um nível de 10% médio do ano, deve ser aquilo, não colocaria nada muito diferente daquilo na projeção”, acrescentou.
As geradoras de energia têm sido afetadas por cortes da produção de suas usinas eólicas e solares, um problema que reflete limitações no escoamento pela rede de transmissão e também um baixo crescimento do consumo para absorver a oferta cada vez maior de energia.
Parte dessas perdas, que podem tornar projetos inteiros inviáveis e impactar a decisão de investimentos futuros, são passíveis de ressarcimento. Porém há uma disputa judicial entre os geradores e a agência reguladora Aneel em torno dos valores a serem compensados.
Já sobre comercialização de energia no mercado livre, Takamori afirmou que o setor tem visto uma subida dos preços de energia, além de maior volatilidade, o que pode motivar consumidores descontratados a buscar contratos do insumo para os próximos anos.
Segundo ele, depois de um período de chuvas abundantes, que trouxe os preços de energia para baixo, o mercado já tem reagido à possibilidade de menos afluências nos próximos meses, com os preços subindo “significativamente”.
“Agora tem uma reversão, quase de consenso, que a partir de agora vai ter menos água chovendo onde precisa no Brasil… eventualmente antecipe o fim do período úmido. Aliado ao fato de o modelo de formação de preço estar mais avesso a risco, despachando mais termelétricas… você tende a gerar preços bastante interessantes”.
O gerente de RI, Rafael Bosio, ressaltou que a companhia tem grande parte da energia de seu portfólio já contratada junto a clientes para os próximos anos, de forma que a geradora está mais interessada nos potenciais efeitos dessa tendência de alta dos preços para o médio e longo prazo.
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Valor, Infomoney, Estadão
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